terça-feira, janeiro 22, 2013

Eu, pecadora, me confesso. E para que não pensem que isto é uma crise de falsa modéstia ou de infundadas culpabilizações, mostro-vos o fruto do meu pecado (... saldos para todos os gostos!!!)






Se alguém aqui pensa que sou perfeita ou a caminho disso, saiba que não. Estou carregadinha de defeitos. 

Um deles é que sou consumista. Se vejo saldos, promoções e outros chamarizes fico logo de orelha arrebitada. E gosto de ver o preço anterior para aquietar a minha consciência, para me convencer que estou a fazer um bom negócio. 

O que mais me faz perder a cabeça são blusinhas, casaquinhos, écharpes, colares, pulseiras, brincos, perfumes. E livros, claro.

Sou coquette, sempre fui. Desde adolescente que me maquilho, que me enfeito, que me cuido. Quando era miúda, catorze, quinze anos, o meu pai, mais conservador, passava-se comigo, não queria, dizia que eu assim dava nas vistas. Dar nas vistas, eu dava e sentia-o, mas não me importava nada. Depois, com o tempo, e porque isso causava ciúmes aos meus namorados, passei a ter cuidado mas, ainda assim, não conseguia sair de casa sem me arranjar. Usava então o cabelo comprido e, sendo farta a cabeleira, para que não ficasse pesada demais, gostava de acentuar o ondulado. Depois, porque as sobrancelhas eram claras, para que os olhos não passassem despercebidos, gostava de lhes passar uma sombra, de desenhar um risco discreto na pálpebra superior. Coisas assim. Um perfumezinho atrás da orelha, no pulso, no decote. Um brinquinho. Um sapatinho bonito. O costume.

O que eu sou hoje, não é portanto de agora. Claro que sempre tive um certo cuidado com o que considero ser o adequado à idade. Se antes não apanhava o cabelo de uma forma que me fizesse parecer mais mais velha, hoje também não o faço de uma forma que pretenda fazer-me parecer mais nova. Quero e sempre quis parecer ter a idade que tenho, assim como faço questão que, em qualquer circunstância, eu pareça eu (excepção para o dia, único - já aqui contado - quando fiz quarenta anos e em que usei lentes de contacto azul vivo).

Quando era adolescente vestia-me muito na Lanidor (que, na altura, dava os seus primeiros passos) e nos Porfírios que tinham uma oferta muito ao meu gosto e em conta. Mais tarde, os Porfírios perderam qualidade, vulgarizaram-se mas, quando eu era adolescente, tudo aquilo era uma novidade. Usava também tshirts justinhas e decotadas, tinha uma de cada cor, que comprava numa loja de desporto que havia, creio, na Rua Nova do Almada, talvez fosse a Loja Senna mas não estou certa. Por vezes, comprava vestidinhos bonitos nas lojas  do Centro Comercial Castil e lembro-me de um em particular, verde (o meu marido também se lembra dele, deve ser o único de que se lembra, eu usava-o quando ele me viu pela primeira vez). Mais tarde, passei a comprar quase tudo nas Amoreiras. Mas nunca gastei muito dinheiro. Não vou atrás de marcas e não consigo comprar peças muito caras.

Contudo, se vejo alguma coisa que faça o meu género e que seja 'em conta', não resisto.

Agora sou cliente preferencial da Zara e, então, nos saldos, que perdição...

Mostro-vos as minhas compras destes saldos de inverno. Tirei as fotografias agora, à pressa (claro), pelo que não tive tempo para grandes produções. Foi pôr num cabide, prender o cabide numa porta e zás.




Uma camisa fininha, muito leve, a meio caminho de ser transparente, com uma espécie de folho à frente, branca. E um casaquinho macio, branco, com a parte da frente em renda. Fica bem com tudo.

Faz um conjunto muito bonito (eu acho). Tudo por metade do preço...!

Depois uma blusa compridinha, de tipo túnica mas com elástico leve em baixo o que faz com que fique com um belo cair.




Ao vivo, o azul não é tão aberto como parece aqui. Tive que lhe dar com flash e isso aclarou um bocado o azul. Mas, dá para se ficar com uma ideia.

O tecido é o melhor dela, é muito macio, entre a renda e o veludo leve, muito bonita. Fica lindamente com umas calças pretas ou azuis escuras justinhas. Mais para o verão, ficará também  bem com calças brancas. Esta foi a mais cara pois era 45€ e agora ficou em 19€ ou 22€, não me lembro.

Depois passamos para as écharpes, a eterna perdição, tudo a 9,9€ e lindas, irresistíveis. No canto inferior esquerdo não é uma écharpe, é uma blusinha fininha às fllores. De resto são écharpes, umas de seda, outras de lã. Adoro écharpes.




Em cima delas coloquei alguns dos livros em saldos. Na ordem dos ponteiros do relógio, a começar no de José Gomes Ferreira:

- José Gomes Ferreira,Ttempo Escandinavo, Contos, D. Quixote

- Catherine Blackledge, A História da V, Lua de Papel (já falei neste no outro dia)

- Oscar Wilde, O livro das Tentações, Edições Coisas de Ler

- Mary Buffett e David Clark, O Tao de Warren Buffett, Actual Editora

- Ha Jin, destroços de Guerra, Gradiva (Prémio Pen/Faulkner)

- Ha Jin, Os Alienados, Gradiva


No meio dos livros, duas preciosidades: Wood, She, da DSquared 2, dois perfumes daqueles de que gosto e uso, a marca que uso em alternativa a Chanel. Como a divulgação em Portugal é quase nula, não se devem ter vendido e, então, encontrei-os em saldo, a metade do preço. Um achado. Fiquei contente como se tivesse ganho o dia (e podem franzir o sobrolho à vontade, a pensar, ui... que fútil... que eu encolho os ombros e confesso: pois sou).

Falta ainda mostrar os colares. Aqui coloquei-os em cima de uma écharpe/quase manta de lã macia em tom de coral ligeiro que usei no domingo.




São todos da Parfois excepto o encarnadinho e dourado que não se percebe na fotografia como é bonito. Este é da Natura. Também tudo a metade do preço. Uns a 4 e tal, outros a 5 euros. Não dá para resistir. Como ainda não recebi o ordenado amputado pelo Gaspar, alienadamente abstraio-me da crise e delicio-me com estas perdições.

Comprei também um casaco curto de fazenda com grandes flores coloridas, bordadas, uma graça. A 15€, numa boutique aqui ao pé de casa. Nem dá para acreditar que custou tão pouco. Não o mostro porque, como é preto, não consegui uma única fotografia de jeito e agora é tarde para estar com mais tentativas.

Agora, se conseguir, não vou comprar nada nos próximos tempos, vou tentar esperar pelos próximos saldos. Sou uma consumista poupadinha...


*

A música, até escusava de dizer, mas é 'Você é linda' de Caetano Veloso - porque eu e todas as mulheres, quando nos arranjamos, o que queremos é que nos achem lindas, e o resto é conversa.

*

Bom, e agora, se ainda estiverem para isso, é tempo de viagem até ao meu Ginjal (que está a votos...!). Hoje as minhas palavras são de saudade e amor por alguém em cujo corpo entrei um dia como um pássaro - e, com isto, estou a usar as palavras de Alice Vieira que tão bem fala de amor e outros crimes em vias de perdão. A música é um outro momento feliz, Rui Veloso e Os Azeitonas. O prometido é devido.

*

E, nada mais. A ver se amanhã me dá para falar de um tema mais profundo. E, ok, aceito que os leitores-homens façam um sorrisinho superior e digam entredentes: mulheres...! 
(Aceito porque confirmo: sou mesmo muito mulher, para o melhor e para o pior.)

E o que vos desejo, meus Caros Leitores, é que sejam felizes, que aproveitem bem cada pequeno instante. E que tenham uma bela terça feira!

14 comentários:

Olinda Melo disse...


Olá, UJM

E eu gostei muito deste tema, uma ode à coqueteria, muito bom mesmo, e quem de nós (mulheres) poderá atirar a primeira pedra? Adoro esta época que traz solicitações e estímulos a que, também eu, resisto dificilmente... Juntando livros bons e em conta fica então uma coisa do outro mundo.

Andei pelo Aventar durante uns dias a votar no UJM e Ginjal,:) só não sei se consegui fazer a coisa como deve ser. As votações ainda estão abertas? Pensei que era até o dia 19.

Beijinhos

Olinda

Bartolomeu disse...

Aquilo que mais admiro nas mulheres, para além do efeito que nelas fazem, as roupas e os adereços, é a paciência para percorrer ruas de centros comerciais, entrar e sair de lojas, provar e decidir se as peças lhes ficam bem, ou mal.
Nessa matéria, acho-me nos antípodas. Compro tudo nas lojas do Giovanni Galli, que apesar do nome italiano, é uma confecção nacional. Eles mandam-me uma mensagem para o tm e o catálogo pelo correio, quando vou à loja, sei antecipadamente aquilo que quero comprar.
Das escolhas que tão simpáticamente partilhas com os leitores do blog, saliento somente os livros, que me parece serem capazes de te oferecer belos momentos de leitura, e que revelam possuires um gosto literário... refinado.
Interessou-me especialmente o título: Mary Buffett e David Clark, O Tao de Warren Buffett. Quando leres, dá-me a tua opinião pf.
Et voilá!
;))

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara Jeitinho
Até me ri com este seu post pois andei pelos mesmos sítios ou semelhantes...
Uma dica : se gosta de verniz nas unhas a Parfois tem uns excelentes a 2,99€, com uns castanhos acinzentados e dois vermelhos lindos. Eu uso sempre top coat por cima da Dior e duram imenso. Mas sou eu que arranjo as minhas mãos...
Eu sou mais velha do que você e ainda tenho, felizmente, razões para me querer janota...

Anónimo disse...

Hei-de morrer sem nunca entender a filosofia das mulheres no respeitante a este tema, de compras, de entrar e sair de lojas, de provar e não comprar, ou de comprar, de ver inúmeras coisas, peças, sei lá, etc. Por mim, sou demasiado prático e procedo deste modo: “preciso de umas calças? de uma camisa? de um casaco? Uns sapatos? camisola?” Bom, então, um dia, vou a um sítio qualquer que pode ser ou não num shopping, sei mais ou menos onde quero ir, vou lá directo, entro, vejo, escolho e, se tiver gostado, ou melhor, se for o que quero, provo e compro e pago. E pisgo-me de seguida e nunca mais penso no assunto, só quando voltar a precisar do mesmo, daqui a uns anitos. Demoro ao todo, uns 15 m entre entrar na loja que julgo me satisfará, escolher, provar, comprar e pagar. E ala! Se não encontro ali, entro noutra. Mas se nem nessa encontro o que quero, só a custo vou a uma terceira, caso contrário adio, sine die. Isto tudo leva-me outros tantos 15 m (nas outras 2 lojas), o que para mim é já uma eternidade! Esgotou-se-me a paciência e preciso de recarregar baterias, o que comigo, para esses caso, demora tempo! Não quero saber igualmente de marcas e nunca gasto muito. Para quê? Importa a qualidade, para durar. Agora, se nesse dia vou acompanhado de minha Mulher, então é o desastre! Mesmo entrando, nesses dias de infelicidade, nas tais 3 lojas, ela ainda só viu uma ou duas e ainda nem sequer começou a pensar no que quer comprar, quanto mais se quer comprar e muito menos se já provou, para nem falar em ter comprado! É uma verdadeira tortura para mim! Aquilo é um sofrimento! Ás vezes ainda a tento apressar, com jeito, com uma conversa a puxar para o lógico, mas nah! Nestas coisas, as mulheres, que me desculpem, não se interessam por lógica. Uma mulher ás compras é como um náufrago no meio do oceano, que anda ali ao sabor da corrente. Elas andam ao sabor do que vão vendo, de loja em loja. Um dia disse-lhe: “olha, um dia destes dá-me uma crise de choro e ainda vão pensar que me agrediste, o melhor é despacharmo-nos!” – Que não, que eu tenha paciência e calma. “Olha, se quiseres vai a outro sítio e depois encontramo-nos!” Lá vou. Terminei, já nada mais ali tenho a fazer. Telefono-lhe: “que não, ainda está por ali a navegar, de loja, em loja, que viu uma blusa linda, uns sapatos que tu vais gostar, que isto e aquilo!”. Lá volto, já com o cabelo a cair ou a ficar branco. Só entrou ainda em 7 lojas, faltam mais 10 – pelo menos! Peço ajuda ao Altíssimo. Nada, o malandro está do lado dela. Sempre que regresso de um dia de compras com minha Mulher sinto-me como se tivesse ido a pé de Cascais até ao Porto! Venho exausto. Se um dia, uma polícia secreta qualquer, para me fazer confessar coisas, me obrigasse a acompanhar mulheres ás compras durante, digamos, uma semana – seguida – eu já tinha confessado o impensável, inventado a idade, o número de mulheres com quem me deitei e não deitei, sei lá! Se fosse 1 mês, estava em tratamento psíquico, se fosse mais, estava debaixo de terra, no jardim das tabuletas!Quando ouço aquela frase fatal: “hoje vamos ás compras?” é como me obrigassem a comer língua, que detesto! Mas como sou bonzinho, vou – e sempre me arrependo. Felizmente, que a crise ajudou, nesse aspecto, pois compras, agora, só quando o diabo faz anos! Como dizia uma minha avó: “olha, menino que nem tudo é mau. Há sempre uma coisa boa”. É o caso da Crise do Passos/Gaspar/Moedas. Ainda um dia lhes mando um ramo de flores, só por isto!
P.Rufino

jrd disse...

Ola,
Nada percebo de saldos mas era capaz de me vestir para o "tempo escandinavo" do qual tenho muitas saudades.
Brrr.

Abraço

Irene Alves disse...

Fiz alguns dos seus percursos
(para compras). Também vou
com alguma frequência à Zara,
e também adoro Chanel nº.5
mas é muito caro, para a reforma
que recebo.
Engraçado este seu post.
Gostei de saber os seus gostos.
Beijinhos e vou ao outro blogue.
Irene Alves

Um Jeito Manso disse...

Olá Olinda,

Gostei da solidariedade. Isto é uma tentação... Nestas alturas passo pelas lojas farejando as pechinchas. Entro nas livrarias e ali ando revirando os livros. 4 euros, 5 euros... que pena deixar lá alguns...

O meu marido não tem paciência nenhuma, abandona-me à minha sorte... e eu agradeço para poder andar à vontade.

Quanto às votações, decorre agora a fase final, até dia 26 inclusivé. É aqui:

http://aventar.eu/blogs-do-ano-2012/blogs-do-ano-2012-votacoes-2a-fase/

e o Ginjal está em Língua Portuguesa (o UJM não passou à final). Não tenho hipóteses mas, ainda assim, aqui fica a indicação.

Um beijinho, Olinda, e muito obrigada!


Um Jeito Manso disse...

Olá Bartolomeu,

Acabei de escrever um post sobre a diferença entre homens e mulheres no que se refere a irem às compras. Há mesmo diferenças abissais... e a economia agradece (às mulheres).

O meu marido é tal e qual. Entra numa loja, se da porta não vê o que procura, por vontade dele nem entra, pois só de pôr o pé nas lojas já fica farto.

Quando eu ia às compras com o meu filho era um castigo (para ele e para mim). Ele não queria que eu lhe desse sugestões nem que eu o fizesse perder tempo e eu ficava frustrada porque ele, mal entrava, já ficava mal disposto, a querer despachar-se, prestes a desistir.

Quanto ao Tao de Warren Buffett, um dos mais ricos e influentes investidores do mundo, o livro reúne uma série de citações dele sobre o tema.

Transcrevo umas bem pequenas:

"Não será a economia a arruinar os investidores; serão eles próprios que o fazem"

"Só quando a maré desce é que se sabe quem esteve a tomar banho nu"

"Quando as ideias falham, as palavras são muito úteis"

Mas a este livro voltarei um dia destes.

Um abraço, Bartolomeu!



Um Jeito Manso disse...

Olá Helena,

Janota é pouco... janotésima, se faz favor!

Quando a vejo, fico sempre admirada com a sua permanentemente óptima aparência. Conjuga tudo sempre muito bem e tudo tem bom ar, fica-lhe bem, e condiz com a forma como sorri. A jovialidade tem muito a ver com a alegria de viver e, daí, vem o resto.

Também sou eu que arranjo as mãos e acho que é um dos meus pontos mais fracos pois não consigo manter as unhas grandes, como deve ser. E não tenho grande paciência (nem tempo) para pôr os dedos em água morna, para limar cuidadosamente, para eliminar pequenas peles. Quase me limito a pintar e despintar e a pôr um cremezinho (que isso, para mim, é fundamental). Mas ando sempre com elas pintadas.

Eu agora uso L'Oreal que compro no supermercado e é bom e barato. No outro dia comprei a marca branca do Continente, o Mylabel, num tom framboesa que é bonito mas, não sei se é da piscina (onde ando a fazer fisioterapia), não me aguenta muito.

Não sabia que a Parfois também tem mas vou pôr-me já em cima do acontecimento. Tudo o que é bom, bonito e barato não me escapa...

Um abraço, Bela Helena, e obrigada pela dica!

Um Jeito Manso disse...

Olá P. Rufino,

Fartei-me de rir com o que escreveu! Acho que o Tom Peters que é um excelente orador, super eloquente e engraçado, deveria convidá-lo para descrever tão vivamente a sua experiência como comprador e como acompanhante de uma mulher às compras.

O meu marido é assim tal e qual, odeia andar comigo às compras. Mas a impaciência dele faz com que eu me desconcentre, às tantas perco ainda mais tempo pois fico quase incapaz de raciocinar. Qualquer coisa que eu lhe pergunte, diz que sim, que me despache. Ou se me v~e a olhar para uma coisa diz que é uma porcaria, mesmo sem ver, só para me dissuadir. Também prefiro que vá dar uma volta enquanto eu ando às compras só que ele não gosta de dar voltas. Sai e passado um bocado já me está a telefonar a perguntar se ainda demoro. Em Madrid, na Calle Serrano, sítio onde gosto de fazer compras, há uns bancos na rua, e ele senta-se ali. Aliás tem a mania de dizer que já se sentou em todos os bancos da Calle Serrano...

Mas, enfim, nada a fazer, é o cérebro das mulheres que é mais complexo que o dos homens (e não estou a dizer que tem mais neurónios... apenas a dizer que a ligação entre os neurónios se processa de maneira diferente).

Já escrevi agora um post que aflora isso.

E, assim sendo, poderia despedir-me desejando-lhe boas compras mas, dad a sua aversão, não o farei... e não sabe o que perde, porque, fazer compras a metade do preço é uma destas alegrias... :)))

Um Jeito Manso disse...

Olá jrd,

Tem mesmo razão com essa do tempo escandinavo. Hoje passei pela minha filha depois do trabalho e, por isso, cheguei a casa já tarde. Quando saí do carro estava um destes frios... um vento gelado, credo. Dava mesmo vontade de vestir uma roupa escandinava e ir passear num parque cheio de neve numa das cidades do norte onde o frio tem consequências brancas e civilizadas.

Acredito que tenha saudades (... que o skype apenas ligeiramente atenua, não é?)

Um abraço, jrd!

Um Jeito Manso disse...

Olá Irene,

Eu já conhecia a Zara de Espanha e depois ela veio para Portugal. Quando os meus filhos eram miúdos só havia Zara no Porto e eu arranjava programas culturais que incluíam sempre uma ida à R. de Sta Catarina.

Felizmente depois veio para a Guerra Junqueiro e rapidamente se espalhou. Tem coisas boas, de bom design e em conta.

O Chanel é caro, sim. Recebo de presente pelo Natal, a minha mãe abastece-me sempre. A senhora da perfumaria já a conhece muito bem e já sabe que, para mim, a minha mãe traz sempre do mesmo, o Nº5. Eu compro o Chance, também Chanel. Mas como bastam umas gotinhas, aquilo rende, rende.

E depois vou aos saldos e descubro sempre uns achados que vou intercalando e fazendo a festa.

Um beijinho, Irene!

Bartolomeu disse...

Quando fiz especial referência ao livro «Mary Buffett e David Clark, O Tao de Warren Buffett», estava a pensar precisamente na forma de transpor para a economia e a finança, as "máximas" dos mestres Taoistas.
Lembrou-me o filme velhinho "Being There" com o actor Peter Sellers, o jardineiro que não sabia mais nada deste mundo para além de cultivar e tratar plantas e de como esse conhecimento foi interpretado pelo seu mentor, outro Warren Bouffett e ainda pelo presidente americano.
A principal máxima de Warren, fundamentava-se na forma de "ver" para além dos limites. Aliás, uma fórmula de sucesso em quase todas as áreas em que a necessidade de inovação são vitais.
Enquanto que, a filosofia Taoista conduz à regeneração da alma, por forma a torna-la leve e apta a "descolar-se" do lamaçal em que habita, a limpar-se enquanto se eleva pelo tronco do "T" até atingir, leve e pura a trave do "T", o céu, ou o paraíso.
Fernando Dacosta, hironisa o conceito, colocando duas grossas traves formando um "T" e na sua base, um chiqueiro, onde alguns porcos fussam, de focinho enterrado na lama. Na interpretação dada à "alegoria", os porcos representam a humanidade que submissa, se recusa a olhar para cima, mantendo o nariz enfiado na lama, assim, muitos não chegam a perceber que existem sempre caminhos alternativos.
;)

Um Jeito Manso disse...

Bartolomeu,

Este taoismo é um taoísmo entre aspas, quer-me parecer. São opiniões dele, ensinamentos práticos, observações cruas, mas parecem-me ter muito pouco de profundo...

mas direi quando ler com atenção.

Quanto a esse filme que não vi, fiquei com muita vontade de o ver. Vou tentar encontrar o dvd.

Obrigada!