terça-feira, setembro 20, 2011

Elīna Garanča interpreta Ave Maria (Mascagni) - para ver se elevamos o espírito

Vem pela mão do Pirata-Vermelho a excelsa Elina Garanca, nascida em Riga em 1976, uma bela mulher com uma belíssima voz.

Apresentou-ma assim, o Pirata: "A música é uma das mais elevadas manifestações do espírito humano civilizado e, se é para ouvir senhoras loiras de raça, ouça Elina de Riga".

Com uma apresentação tão convincente, só poderia mesmo abrir a porta desta minha casa a tão ilustre companhia. Espero que ela também se sinta bem por aqui pois espero tê-la de volta muitas e boas vezes. E já estou a preparar um bolo de chocolate com especiarias para acompanhar o chá, mas isso é a seguir.

Bem-vindos! E fiquem bem. A seguir, se quiserem, sigam até à sala de baixo que a mesa está posta.
 

Chocolate para os meus amigos. Para vos fazer companhia, a Juliette Binoche e o Johny Depp. Entrem, por favor

O chocolate é um alimento muito saudável. Como tudo o que é bom, pouco basta. Se for comido em excesso terá contraindicações, como acontece com tudo nesta vida, nomeadamente o seu elevado valor calórico manifestar-se-á (dado que tem elevados teores de gordura e açúcar). O mais indicado é o chocolate negro, amargo, isto é, sem leite, com pouco açúcar, com cerca de 75 a 85% de cacau.

Estimula o funcionamento cerebral, evita o envelhecimento celular, favorece o bom funcionamento do sistema circulatório e, sobretudo, tem um potente efeito antioxidante.


Sobretudo, sabe bem, é óptimo. Adoro chocolate (e quando começo a comer, tenho que me controlar ferozmente para conseguir parar).

Quanto aos propalados efeitos afrodisíacos, que eu tenha visto, não existem evidências científicas. Mas, dado que é tão bom, é natural que predisponha para as coisas boas.

Um dos filmes bonitos, carinhosos, bem interpretados e que tem como título e motivo o Chocolate é este que aqui vos deixo, com a bela e saudável Juliete Binoche e o versátil e sedutor Johny Depp. A qualidade da imagem não é grande coisa, mas queiram desculpar e queiram, por favor, adoçar a vossa existência. Enjoyez.

Dúvidas sobre o estranho caso do desvio colossal da Madeira. Que descobrirá o PGR? E que terão decidido Cacaco Silva e Passos Coelho?

Nisto da Madeira há coisas para se perceber porque não estão nada claras.


Quando se tenta comparar o que aconteceu na Madeira, e que eu ainda não percebi exactamente o que foi, com o que aconteceu no cont’nente gerido por Sócrates, penso que se está a perceber mal o que se passou (ou então sou eu que não estou a perceber, o que também não admira: vivendo na grande lisboa sou quase cubana, além disso sou rural, gosto de poesia, sou mulher, e só não digo que sou loura para não me acusarem de pleonasmo).

No Expresso de sábado passado, o Martim Avillez, insuspeita criatura, em seu tempo crítico de Sócrates e apoiante da alternativa ganhadora, refere uma interessante história que reflecte o que é a economia a funcionar.

Conta ele que um sujeito foi a um hotel para reservar um quarto, deixou uma nota de 100 euros no balcão (não me recordo bem nem deste nem dos pormenores seguintes - e não estou com tempo para ir à procura do jornal -  mas imaginemos que estes 100 euros seriam tipo caução) e pediu para ir ver o quarto.

O funcionário que estava no balcão, admitindo que ele ficaria mesno com o quarto, pegou na nota e foi a correr pagar ao sapateiro a quem devia dinheiro. Este, face a isso, foi a correr com essa nota, pagar ao alfaiate a quem devia 100 euros, este foi a correr pagar à prostituta a quem devia 100 euros; esta foi a correr pagar ao hotel a quem devia 100 euros e deixou o dinheiro no balcão. Entretanto chegou o potencial cliente, resolve não ficar no quarto, pega na nota e vai-se embora.

Esta história exemplifica bem o que é a economia e qual a importância de a manter a rodar. Os mesmos 100 euros - e que, no fim do ciclo, acabaram por permanecer no local de origem, isto é, com o potencial cliente do hotel - enquanto estiveram a circular, permitiram a uma porção de pessoas pagar as suas dívidas, permitindo com isso que outros fizessem o mesmo. No fim os 100 euros não estavam já lá, mas uma porção de gente honrou compromissos.

Injectar recursos na economia é isto. Não é despejar dinheiro em cima de tudo e todos. É, tão só, criar as condições para que a moeda de troca circule (mesmo quando a moeda de troca não passa de números registados nas contas de uns e outros - quando você recebe um pagamento, o que vê é uma parcela a somar na sua conta. Quando você paga por cartão, o que vê são parcelas a abater. Dinheiro físico nem o cheira. Mas não tem mal. É preciso é que esse ciclo não se interrompa).

Quando Sócrates tentou fazer crer que não se estava tão mal quanto já se estava, o que queria era que os agentes económicos não deixassem de investir, e criou vários programas, como o tão injustamente criticado Parque Escolar, pois era isso mesmo que ele pretendia: manter a economia a funcionar. Um paga a outro, que paga a outro, que paga a outro e por aí fora e tudo registado para que todos pagassem impostos, impostos esses indispensáveis a manter a máquina em funcionamento.

In extremis ele tentou que o ciclo não se interrompesse.

(Para que não me acusem de ser tendenciosa, repito uma vez mais que acho que nem tudo o que ele fez foi bem feito. Por exemplo, aumentar a função pública numa altura de evidente desequilíbrio foi estúpido e incompreensível; tal como o voluntarismo e a firme determinação com que pretendeu manter a máquina a rolar o impediu de ver, a tempo e horas, que a máquina estava a ficar sem óleo, com o motor em sérios riscos de gripar. Mas que lutou como um leão, lá isso lutou.)

Agora o que o Alberto João fez é bem diferente embora, na génese, a ideia possa ter sido basicamente a mesma: manter a economia a rolar. Mas fê-lo em tão grande escala e tão desorçamentadamente, tão grosseiramente, e de forma tão caciquenta, e tão fora de articulação com as finanças do país, que teve que o fazer à sorrelfa, clandestinamente, ilegalmente. E aí entramos num outro domínio. Aí ele está nos antípodas de Sócrates.


Mas temo que a coisa não se fique apenas por aqui; não sei, posso estar a ser pessimista mas há aqui aspectos que me estão a fazer muita espécie. Vou tentar exprimir-me de forma o mais simplista possível, os especialistas que me perdoem.

Se ele incorreu em despesa não ‘escrita’ na ordem de mil e seiscentos milhões de euros (que parece que afinal, com outro buraco escondido de mais de duzentos milhões entretanto descobertos, afinal já vai quase em 1.900.000.000 euros!!!!!), ou seja, se escondeu compras que fez nesta ordem de grandeza, então os fornecedores, ao longo destes anos, aceitaram ficar a 'arder' com tanto dinheiro durante tanto tempo?

(E note-se que isto não é a despesa total – não: isto apenas o desvio encoberto)

Custa a crer que haja fornecedores tão beneméritos que aceitem trabalhar para aquecer e em montantes desta ordem, não é? Com a falta de liquidez a que assistimos por todo o lado, há fornecedores que financiam gratuitamente o governo da Madeira?

Acho estranho.

Além disso, o que parece que levantou as suspeitas e que, do que percebi, já vinha sendo objecto de referências por parte do Tribunal de Contas, é que haveria, da parte do Governo Regional, pedidos de empréstimos aos bancos para despesas maiores que as contabilizadas.

Pergunto eu: em completo desrespeito pelas boas práticas contabilísticas, em vez de contabilizarem as facturas quando as recebiam, guardavam-nas na gaveta para as lançarem só quando fossem ser pagas?

Do que depreendi das palavras do competente e seriíssimo Dr. Oliveira Martins, do Tribunal de Contas, passar-se-ia isso mesmo, ou seja esconderiam as facturas, não as registando, até que tivessem dinheiro para as pagar (ou seja, contabilizá-las-iam no acto do pagamento e não no acto da sua recepção). Foi isto?

(Espero que seja isso, que já é grave em si - e não que fossem feitos ‘pagamentos por fora’. Porque, se fosse isso, seria mesmo o fim da macacada. Mas isso não creio, seria too much.)



Mas, mesmo que isto configure apenas uma ocultação temporal de verbas (ao longo de anos!), será que os fornecedores emitiram as facturas a tempo e horas e pagaram o IVA devido ou também atrasavam todo esse processo?

É que, por lei, os fornecedores devem emitir facturas num determinado prazo após o fornecimento, e nessa altura, apura-se o IVA a pagar.

Ora, temo bem que com todo este jogo, os próprios fornecedores tenham atrasado a emissão das facturas para não pagarem o IVA, uma vez que só iriam receber o dinheiro do fornecimento mais tarde. Ou seja, a ser isto, nem é o caso de o Governo esconder facturas pois elas eventualmente nem existiriam ainda. Ou seja, ter-se-ia um conluio, uma ocultação de compromissos, uma subversão de contas mas também, a ser isso, a não cobrança de IVA relativo a essas facturas.

Mas enfim, isto sou eu a raciocinar, são meras conjecturas. Se calhar estou a ser pessimista e, se assim for, aqui virei pedir desculpa pela má impressão que tenho àcerca desta forma de governação. Mas o PGR vai investigar e logo saberemos se há ou não matéria criminal. E a ver se desta vez chegam a alguma conclusão (esperemos que, à semelhança de vezes anteriores, os procurdaores não se empecilham uns nos outros e em vez de investigarem os potenciais prevaricadores, acabem a investigar-se uns aos outros)

Entretanto, o Alberto João, em estado já de incontinência verbal e de aparente desvario total, depois de ter explicado, preto no branco, porque decidiu enganar o Teixeira dos Santos, veio agora dizer que foi um lapsus linguae no calor do discurso e nem quis ouvir os jornalistas, mandou dizer isto por comunicado.

Uma vergonha tudo isto e que nos faz parecer uma ridícula república das bananas. Só espero que Cavaco Silva e Passos Coelho actuem de forma exemplar. Quem nos anda a emprestar dinheiro espera isso. O País espera isso.

segunda-feira, setembro 19, 2011

História e Memória em felizes momentos do Presente com olhos postos no Futuro


<> Pormenor da Igreja da Memória <>

Situada entre Belém e a Ajuda, numa zona residencial, a Igreja da Memória é uma pequena Igreja, muito bonita. Foi mandada construir em 1760 como agradecimento de D. José por, naquele local, dois anos antes, ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato num certo dia em que regressava de um encontro furtivo com uma Távora.

Sebastião José, rapaz que não era de modas, aproveitou o pretexto para se livrar da família toda, acusando-os de conspiração e tentativa de regicídio. Perseguiu-os, torturou-os, acabou com a espécie.

Mas ele, homem poderoso, prepotente, homem de larga visão e absolutista, um líder forte e um empreendedor que deixou obra e a quem Portugal muito deve, viria a cair em desgraça junto da filha de D. José e foi afastado de todos os cargos públicos. Mais: foi afastado de cargos públicos e dela própria, pois dele ela só quis distância, obrigando-o a manter-se a não menos de 20 milhas dela. Diz-se que D. Maria rangia os dentes de raiva só de ouvir o nome do Sebastião José. Ele tinha o seu feitio, ela tinha o seu feitiozinho e os santos de ambos não cruzavam. A história ensina-nos que os grandes líderes também congregam, em torno de si, grandes ódios. C'est la vie.

O Marquês de Pombal viveu até 1782, retirado na sua propriedade em Pombal. Os seus restos mortais repousam agora na tranquila Igreja da Memória.

Igreja da Memória

Nesta Igreja, com memória e história, onde temos estado noutros momentos floridos e radiosos, voltei a estar hoje com descendentes, ascendentes, restante família e colaterais. Momentos felizes.

Pormenor de bolo

O grande amizade do fantástico chefe de gabinete do primeiro ministro pelo dito


Sorry... It's Sebastian time, dears!


(Queriam fofoca, queriam, escusam de dizer que não. Mas não, nada disso: não me refiro a Passos Coelho, não senhor.

Let's fly to Little Britain.

Melody Gardot interpreta Les Etoiles

Melody Gardot tem lugar cativo no Um Jeito Manso.

Por favor, venham ver as estrelas.

sábado, setembro 17, 2011

Alberto João Jardim, Pedro Passos Coelho, Nicolas Sarkozy, Angela Merkel, Silvio Berlusconi, Sarah Palin - mas isto é o quê? Um filme série B? Um filme cómico para adolescentes? O quê, senhores?!


Quando há tempos o inteligente Passos Coelho dizia que esperava não encontrar esqueletos no armário já sabia o que o esperava, não sabia? Quando falava de desvio colossal também já sabia, não sabia? Deixou-nos fazer crer que se referia a Sócrates mas já sabia que não tinha nada a ver com o pobre filósofo errante em Paris. Sonso, este PPC.

O segredo afinal tinha outra vez a ver com o seu correligionário Alberto João… Só que se o travar lá se perdem os votos da Madeira, não é?


Os meus amigos já devem estar fartinhos de saber do que estou a falar porque ontem não se falou de outra coisa - transcrevo das notas que foram divulgadas:

O défice orçamental de Portugal de 2008, 2009 e 2010 vai ter de ser revisto devido a um buraco nas contas da Madeira descoberto apenas nas últimas semanas pelo INE e Banco de Portugal.

De acordo com uma nota do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal (BdP), estes responsáveis por apurar as contas nacionais receberam informação nas últimas semanas que dão conta de vários encargos da Madeira por registar desde 2003, e acordos de regularização de dívidas que a Administração Regional da Madeira não enviou, como é obrigada, às duas entidades.

O impacto estimado no défice de 2008 é de 139,7 milhões de euros (0,08 por cento do PIB), em 2009 de 58,3 milhões de euros (0,03 por cento) e em 2010 915,3 milhões de euros (0,053 por cento).

Para cima de mil e cem milhões de euros escondidos! A acrescer aos outros quinhentos milhões. Ou seja, no total um desvio superior a mil e seiscentos milhões de euros. Uma vergonha. Os media internacionais já em cima de nós, e com razão. Enganámos as contas - aquilo que de criticávamos os Gregos.

E volto a questionar-me. E se eu, dizendo que o faço como forma de resistência a Passos Coelho, resolver não pagar impostos, ninguém me chateia? E se eu contrair dívidas brutais, uma coisa que obrigue todos os portugueses a viverem pior para pagar a dívida que eu contraí, também não me acontece nada?

Não vou presa? Não me acontece nada? E, na volta, ainda me elegem para o cargo que eu usei como cobertura para poder estragar ainda mais a vida dos cubanos do cont’nente?

E Passos Coelho limita-se a dizer que os eleitores da Madeira é que devem ajuizar...?. Mas então ele como responsável máximo do PSD deixa que um sujeito destes seja o representante do seu partido na Madeira? Acha ele que o Alberto João que, com esta habilidade, nos coloca ao nível de credibilidade da Grécia e que nos empobrece a todos, representa os valores do PSD? 


Tão valentão que é e não vai fazer nada? Tão valentão e não vai tirar o tapete ao Alberto João?

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E quando digo valentão, não o digo à toa. Não senhor. Hoje soube-se esta coisa extraordinária: Passos Coelho foi a Paris tomar explicações de Sarkozy. Tal e qual.

Concretizando: O marido da D. Laura, de vez em quando esquece a sua faceta de doce, ou melhor de doceiro, mais concretamente de farofiano e queijadeiro, e arma-se em valentão. Ontem foi um desses dias: disse que esperava que na sua reunião, em Paris, com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, "fosse possível ter uma leitura mais rigorosa" da evolução da crise europeia nos últimos dias.

Então, não é de homem?


Agarrem-me senão eu dou-lhe uma tareia. Eu vou lá e ele tem que se explicar e tudo bem explicadinho, que é isso de andar a combinar coisinhas com a Angela, ná, nada disso, vai ter que me dizer a mim como é que é! 

(Claro que, com esta bronca da Madeira, deve ter pertido o élan e já lá o vimos a entrar todo sorrisinhos.)

Mas antes, estava assim, valentão. Pelos vistos quando vai ter reuniões com homens baixinhos, sente-se poderoso, arreganha o dente, rosna, todo mauzão.
 

Em contrapartida, quando vai ter reuniões com gordas assusta-se todo, fica com voz fininha, mete o rabo entre as pernas, e, qual papagaio, à saída, repete o que as ditas gordas o mandam dizer.


Vem isto a propósito de quê? Que conversa de gordas vem a ser esta? Querem lá ver que ela se acha uma Irina Aveiro? – dirão os meus amigos que não me deixam pôr o pé em ramo verde.

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Nada disso, meus Caros, estou apenas a referir-me a outra notícia do dia. Então não é que o maluco do Sílvio fez mais uma das deles?

Segundo leio nos media, o inimitável Silvio Berlusconi terá sido escutado a insultar a chanceler alemã durante uma conversa telefónica com um editor de um jornal. Os meios de comunicação social italianos decidiram não publicar o que ouviram mas a expressão está a ser amplamente divulgada por vários sites.

Referindo-se à formosa e assertiva Angela, o primeiro-ministro italiano disse «essa gorda mal f...».

Eu cá para mim penso: gorda ainda vá que não vá, agora mal fod.., isso já não me parece bem.

Aquele tipo não tem maneiras! Como é que agora vai ser quando estiverem os dois reunidos? 


Safado como é, já o estou a ver a dizer segredinhos ao ouvido dela, ‘Oh Angela, pardon my french, it was a misconfusion, não foi isso que eu disse, amore mio, foi o contrário: que não és nada gorda e que acho que até fazem bicha para fo… contigo, minha linda, amore mio.’, até que alguém lhe dê uma canelada para se calar, para não estragar ainda mais as coisas.

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Mas as notícias surpreendentes do dia não se ficaram por aqui. Uma biografia de Sarah Palin, escrita por Joe McGinniss, sugere que a candidata a vice-presidente dos EUA pelo Partido Republicano, conservadora e puritana, membro do movimento conservador Tea Party, terá consumido drogas, como cocaína e marijuana. 


O livro "The Rogue: Searching for the Real Sarah Palin", que será lançado na próxima semana, refere também que Sarah Palin manteve um caso extraconjugal com um colega de trabalho do marido, em meados dos anos 1990.

Como se isso não bastasse, também o o National Enquirer divulga que Sarah Palin e Glen Rice, antigo jogador da NBA, também tiveram um caso de uma noite em 1987, sete meses antes do seu casamento com o actual marido.

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Pode uma coisa destas?! Este mundo está virado do avesso.

A Europa entregue a gente peculiar: 

> Em Portugal, um pasteleiro com dotes de papagaio ou camaleão, nem sei bem (o Daniel Oliveira no Expresso escreve um artigo intitulado ‘Zelig Coelho encontra-se com Merkel e fica alemão' - mas, atenção!, eu já em Maio lhe tinha atribuído essa característica: Passos Coelho, o africano, será o novo Zelig? - ora confiram por favor e vejam, nesse post, o trailer do Zelig do Woody Allen para verem se não é mesmo).

> Em Itália, um sujeito todo esticado e repuxado, sempre carregadinho de base, que só gosta de meninas novinhas e que trata por gordas mal-f… as senhoras respeitáveis que adoram f… (os outros países).

> Nos EUA, a paladina da moral e dos bons costumes agora exposta como uma drogada, adúltera.


Assim não dá. Qualquer dia ficamos sem referências, sem modelos, ficamos sem saber em que acreditar. 


Em que é que a gente há-de acreditar, alguém nos diz?

Já não há estadistas a sério? Nem mulheres bem comportadas, senhores?! Será que nem virgens?!

sexta-feira, setembro 16, 2011

A Vizinha Modista - o meu tributo a quem contribuíu para a minha formação


Muito perto da casa de uma das minhas avós, morava uma senhora que era modista. Era uma senhora com um timbre de voz diferente, que eu achava distinto. E todo o seu porte me parecia distinto.

Era uma senhora forte, de alguma imponência, apesar de agora achar que não deveria ser muito alta; tinha algum problema nas pernas de tipo artrítico porque me recordo que parecia deslocar-se com alguma lentidão, o que na altura ainda me parecia mais majestático; e tinha o cabelo muito preto, certamente pintado, porque já não era nova, mas não me lembro de reparar que às vezes tivesse raízes brancas. O marido, em contrapartida, era alto e magro, pessoa discreta mas mais faladora. Ela não, ela era muito reservada, impunha algum respeito.

Na parte de trás da casa havia um anexo muito grande, com uma das paredes toda em janelas. No lado de fora, abaixo das janelas, havia vasos sempre floridos e, do lado de dentro, também abaixo das janelas havia uns bancos compridos também com vasos de flores. A entrada era pela parede de topo e ao lado da porta havia também janelas. Lá dentro havia sol, flores e alegria e como tinha toda uma grande superfície de janelas, estava sempre quentinho, agradável, lembro-me que o ambiente era particularmente acolhedor.


A vizinha modista tinha a seu cargo várias costureiras. Eram mulheres bem dispostas, risonhas, ouviam rádio, às vezes cantavam quando tocava alguma canção da moda. Lembro-me de haver um cheiro muito feminino, a mulheres, a tecidos, a flores. E conversas às vezes cúmplices, outras vezes brejeiras. Eu não percebia o que diziam mas percebia pelos risos, pelas vozes ciciadas, pelos olhares, que havia ali qualquer coisa de vagamente interdito e que hoje reconheço como um ambiente tipicamente feminino. Que me lembre nunca o marido da vizinha modista ali entrou.

Regularmente ia lá o carteiro entregar pacotes que continham revistas de moda, revistas estrangeiras, com moldes ou figurinos.


Tento recordar-me do nome mas não estou certa (entre elas estaria a Vogue? Tenho essa ideia mas, a ser, era de maiores dimensões do que é hoje).

Ao meio do atelier havia uma mesa muito grande, onde se encontravam frequentemente os figurinos, que tinham contornos distintos consoante a medida. Estava sempre lá, também, um metro de madeira, fitas métricas, paus de giz, uma grande tesoura preta e outras mais pequenas, uma que cortava o tecido aos biquinhos (penso que para não se desfiar), almofadas com alfinetes. Era aí que a vizinha modista talhava as peças de vestuário.

As costureiras estavam sentadas ao longo da parede do fundo, umas à máquina, outra em banquinhos mais baixos, com cestas ao lado; e, no canto oposto à porta, separado por uma armação onde tenho ideia que havia também vasos com flores, havia o recanto para as provas, com cabides de pé e dois grandes espelhos.

A vizinha modista era tratada pelas outras mulheres com alguma solenidade e tolerava com condescendência e indiferença o seu bulício. Não me lembro de a ver participar nas alegres conversas delas mas também não me lembro de a ouvir alguma vez falar mais rispidamente com alguma.

À casa da vizinha modista vinham senhoras distintas da cidade e vinham, sobretudo, a dona da fábrica, as suas filhas e as suas netas, e uma senhora condessa e família, e todas estas vinham nos seus grandes carros pretos com motorista.

Eram também os motoristas que transportavam as peças de tecido, as boas fazendas, as cashemiras, os feltros, as sedas, as popelinas, a mousse de seda, a organza, o chiffon, a mousseline, os veludos.


Depois era já ela que, face aos tecidos e aos trabalhos em concreto, com umas amostrinhas que cortava da ponta dos tecidos, ia às lojas e comprava o tafetá, a entretela, galões, fechos, colchetes e demais acessórios e, depois de validar com as clientes, mandava forrar os botões.

Depois das aulas na escola infantil e na primária, eu ia muitas vezes para casa desta avó e, nas férias, muitas vezes também. Gostava essencialmente de andar na rua, a correr, a brincar pelos campos da redondeza mas, muitas vezes, antes de regressar a casa da minha avó, ou nas férias, de manhã e a seguir ao almoço, antes de me juntar aos meus amigos para a vadiagem, eu gostava de ir à casa, ou melhor, ao atelier da vizinha modista. A minha avó não queria, dizia que a vizinha modista não gostava de ser perturbada, que as senhoras não queriam lá crianças quando estavam nas provas mas eu nunca notei nada disso, eram todas muito simpáticas e eu acho que me portava bem. Adorava estar ali. Era o perfeito gineceu.


E eu gostava de ajudar e elas, percebendo isso, punham-me a apanhar os alfinetes, a fazer rolinhos com as fitas métricas, a regar as flores, a encher o borrifador, a separar os botões por cores, a organizar os carrinhos de linhas e eu sentia-me ali perfeitamente integrada.

Quando iam levar os tecidos, as senhoras sentavam-se com ela a debater os modelos, viam revistas, às vezes traziam elas próprias revistas, olhavam pensativas para os tecidos, depois para os modelos, hesitavam, a vizinha modista fazia esboços, propunha algumas alterações, as bandas maiores, o decote mais subido, um encaixe, pregas em vez de machos. Depois, quando chegavam a um consenso, a vizinha tirava-lhes as medidas, na cintura, na anca, no peito, abaixo do peito, aos ombros, depois esticava-se para tirar do ombro até à orla da bainha e as senhoras quase não respiravam não fosse o peito inflado distorcer as medições. E a vizinha tinha um caderninho para cada uma, e de cada vez que fazia uma nova peça, confirmava as medidas.

Depois das senhoras saírem, ela sentava-se e pensava, estudava, passava a limpo o desenho final, anotava no desenho as medidas que tinha tirado, via-se que continuava a pensar, via a largura do tecido, ensaiava.

Só então dava início à fase seguinte.

E eu, por ali, acompanhando tudo, sempre expectante por ver o que se ia seguir. Adorava, então, ver o modo profissional com que ela abria as peças de tecido, como ela olhava à transparência para ver o efeito, como deixava cair o tecido para ver como caía, como o agitava ao de leve para ver o movimento, como ela olhava cuidadosamente para ver qual o direito e qual o avesso nos casos em que mal se distinguia. Adorava ver como marcava as medidas no tecido, passando depois o giz com mão firme, depois o barulho da tesoura a roçar na mesa de madeira enquanto cortava. Algumas vezes havia trabalhos que ela fazia com muita atenção, estudando bem antes de cortar: uma saia em viés, uma de godés, por exemplo.


Muitas vezes ensaiava sobre um manequim de madeira, olhava, ajeitava, via de longe. Parecia que estava quase pronto mas não, era apenas um ensaio.

Depois, então, armava as peças e dava-lhes a primeira forma antes de as passar às costureiras.

A obra a tomar forma. E eu, menina pequena entre mulheres, por ali cirandando e tudo observando, fascinada coma perícia, com a competência, com a disciplina.

Eram cerca de seis ou sete mulheres, não me lembro bem, mas havia ali uma hierarquia. Havia as que estavam à máquina e faziam os trabalhos mais complicados; destas, uma era especialista em plissar, a Senhora (como elas lhe chamavam) dava-lhe as peças para plissar, para uma gola, para uma saia, trabalhos de grande perfeição e tecnicismo.


Outras tratavam de chulear, fazer bainhas, casas dos botões, ou seja, trabalhos manuais; depois havia uma ou duas, não me lembro, que penso que seriam as ajudantes, que tiravam alinhavos, coziam botões, abriam as costuras, passavam a ferro, por vezes engomavam mesmo (um caldo de goma, segundo me lembro), penso que era quando queriam enrijar as entretelas, limpavam o chão, recolhiam as peças de umas para outras, penduravam nos cabides, tudo muito perfeito e profissional.

E gostava de ver quando as clientes vinham e a Senhora fazia as provas, tarefa da qual exclusivamente ela se ocupava, e havia um cerimonial, e uma intimidade, a peça a ajustar-se ao corpo: fazer uma pinças, realçar os seios, fazer pinças da cintura para cima - duas nas costas, duas à frente - acertar o decote e por vezes cortava o tecido rente ao pescoço (e eu ficava atenta, não fosse resvalar-lhe a mão, parecia-me aquilo muito arriscado).


Ia pondo alfinetes ou alinhavava directamente no corpo, e depois, única excepção, chamava uma ‘rapariga’ para marcar a bainha porque custava-lhe dobrar-se, era aquele problema talvez dos joelhos (mas agora que estou a escrever tenho ideia que, às vezes, andava também aflita de uma anca, chegava a coxear, mas também pouco falava disso).

Enquanto as clientes lá estavam nas provas não havia música, nem conversetas, nem risotas. Era apenas o som do pedal e da roda das máquinas, o som suave dos tecidos, um banco que se arrastava ao de leve no soalho e a voz timbrada dela conversando com as senhoras.

Mas, mal as clientes saíam, as raparigas descomprimiam e era uma conversa pegada, falavam alto, riam, diziam piadas. Comentavam o que elas tinham dito, o que traziam vestido, calçado, uma excitação. A Senhora não. Deixava-as falar mas não se metia na conversa.

Sentava-se á grande mesa e analisava as alterações, as marcações, tomava notas no caderninho, ajeitava, ajustava, aferia, tirava alfinetes, fazia novos alinhavos e volta a dar o trabalho às ‘raparigas’.

Finalmente, quando as peças ficavam concluídas, eram sacudidas não fossem ter ficado algumas linhas e, finalmente, cuidadosamente engomadas. Depois eram colocadas num cabide que era suspenso num varão, e eram cobertas. Na altura eu pensava que eram cobertas com lençóis mas se calhar eram apenas panos que estavam sempre muito lavados e engomados.

Nessa altura a vizinha modista sentava-se, juntava uns papelinhos e fazia as contas. Depois passava os números para o caderninho da cliente e fazia outro papelinho com tudo muito explicado que lho entregava, explicando verbalmente as contas.


Por vezes vinham as senhoras buscar o trabalho e faziam a prova final só para confirmarem que o trabalho estava impecável, e pagar. Outras vezes, naquelas que tinham motoristas, eram eles que vinham buscar as peças que iam nos cabides, cobertas com os panos. Se eram camisas, blusas, saias, então iam cuidadosamente dobradas e embrulhadas nos panos. Quando vinham de novo, para novos trabalhos, traziam os cabides e os panos. Quando as senhoras ou os motoristas pagavam, depois de saírem, ela ia ao caderninho e anotava.

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Passado tanto tempo, quando penso nas pessoas que contribuíram para a minha formação, para além dos meus pais (claro!), avós, família chegada, professores, é na Vizinha Modista, no Ti Luís que era sapateiro, pessoas assim - íntegras, boas, organizadas, trabalhadoras, dignas – que me lembro.

Muito do que sou devo-lhes a eles.

quinta-feira, setembro 15, 2011

Irina Shayk, que o clã Aveiro parece que não aprova como noiva de Cristiano Ronaldo, a mostrar a lingerie Rampage 2011/2012 - é pr'a menina e pr'o menino!

Fiquei outra desde que no outro dia fui à cabeleireira. Pelos vistos, sem eu dar por isso, fizeram um buraquito, fiquei open minded.

Instruí-me de tal forma que, o que ali aprendi, ficou a fazer caminho dentro do meu cérebro. De vez em quando, vêm-me à ideia factos relevantíssimos que desconhecia e que li, naquele dia, como autênticas revelações. Uma epifania, é o que vos digo.

Fiquei a relativizar o resto. Por exemplo o Passos Coelho, o Miguel Relvas, o Vítor Gaspar, o Álvaro  - que em vez de estar a dinamizar a economia anda feito concièrge lá no ministério, senão mesmo a fazer a ménage - agora tendem a passar para secundaríssimo plano.

Pois bem, encurtando razões. Uma das coisas que fiquei a saber é que Cristiano Ronaldo e Irina Shayk andam a tratar do noivado às escondidas porque o designado clã Aveiro não aprova esta relação.


A mãe, D. Dolores, e as manas, Elma e Cátia (ou Kátia ou Ronalda, nome artístico), não gostam da Irina, talvez até o cunhado e o padrasto não gostem mas disso já não estou certa, queriam outra coisa para ele, para o Cristiano. Menina mais prendada, não esta russa grandona que não pára em casa.

Hoje tive conhecimento que a campanha publicitária da Rampage, 2011/2012 já aí está e, claro, aí temos a sensualíssima Irina numa fantástica lingerie.

Será que o que elas têm, especialmente a Kátia e a Elma, são ciúmes? Mesmo a D. Dolores - que, fiquei também a saber, é shopping addicted. É que com a Irina por perto, ninguém mais terá olhos para elas, mas isso de certezinha.

Mas eu não quero saber de amores contrariados e, por isso, aqui vos deixo, meus Caros, a futura Irina Ronaldo.

Mas o filme vale também para as minhas Caras Amigas - aliás destina-se, penso eu, ao público feminino. Vamos lá a rever se a lingerie que têm em casa é fashion como esta. É que deve ser...!

Depois, se me permitem a sugestão, a seguir deixem-se ir na onda, e descaiam até ao post seguinte para espreitarem pelo buraco da fechadura: são os bastidores desta sessão fotográfica. É útil para as minhas Caras Leitoras aprenderem como é que se posa para a câmara e para os meus Caros Leitores aprenderem a produzir uma sessão fotográfica. Vão por mim.

Mas, aos meus Leitores e Leitoras cujo intelecto esteja uns furos acima do meu e do de quem se interessa por temas destes, sugiro que não fiquem aí a invectivar-me: desçam um pouco mais e passem para Passos Coelho e para os portugueses do menino Fernandinho.

Vale?

E, é verdade: tenham um bom dia! Enjoy!

Irina Shayk para a Rampage (Backstage) - é mais engraçado ainda este making of do que o anúncio em si

Depois de terem visto a short story acima, mostro-vos agora como correu a sessão da namorada do Cristiano Ronaldo para a Rampage. Gosto de ver os bastidores das sessões fotográficas.

Eu até acho que, com o jeitinho que a Irina tem, podia dar umas aulas às manas Cátia (ou Kátia) e Elma, quiçá até à Srª D. Maria Dolores Aveiro. Irina namora com câmara, isso não se duvida.

PS: Depois, se me permitem, avancem para o post abaixo, para a redução de mais de 1.700 dirigentes da Função Pública. Gostava que vissem se tenho ou não razão. é certo que depois da Irina, é o chamado baldinho de água fria (mas, pelo menos os homens, se calhar até estão a precisar).


Passos Coelho diz que vai reduzir mais de 1.700 dirigentes da função pública (só na Administração Central) - terá feito as contas todas? E não ouço nem a oposição nem os jornalistas a questionarem. É o que faz sermos portugueses, lá dizia o Fernando Pessoa


Nas empresas, quando se fala em reduções de pessoal, fazem-se contas, muitas contas.

As pessoas não vão para o desemprego de livre vontade. Para irem, as figuras mais usadas são a do despedimento colectivo, a extinção de posto de trabalho ou a negociação. Seja como for, há lugar a indemnização (até ver falamos de 1 mês por cada ano de trabalho).


No caso hoje anunciado an Assembleia da República por Passos Coelho, incidindo a redução nos dirigentes, admite-se que já trabalham há uns anitos e que têm um ordenado acima da média, pelo que a indemnização não deve ser pequena. Como são >1.700, estaremos a falar certamente em muitos milhões de euros. Ou seja, quando Passos Coelho fala de uma economia de 100 milhões de euros, duvido que esteja a descontar os custos dos despedimentos.

Mais: nas empresas, quando se tem que reduzir pessoas (coisa que, do que conheço, as empresas tentam evitar até mais não poderem e só o fazem quando não há alternativa), geralmente saem as que trabalham há menos tempo e as que ganham menos e isto, claro, para reduzir a verba das indemnizações porque, se as empresas estão com a corda na garganta, tomara terem dinheiro para pagar aos que ficam, pagar segurança social e impostos, pagar a fornecedores. Isto é, muitas vezes não têm dinheiro para pagar indemnizações.

Por isso, acontece, quando as empresas estão descapitalizadas, com problemas de tesouraria, atrasarem a redução de pessoal ou fazem-no de forma faseada.

Pasmo, por isso, com o anúncio de Passos Coelho: há free cash flow para investir nas indemnizações desta gente toda? E isto vai ser one time shot ou é para ir acontecendo? (Ou será que apenas conversa?)

Mais: Em gestão, analisa-se o custo de oportunidade. Exemplifico. Tenho aqui 100 milhões para investir. Qual o melhor sítio para o investir? Invisto em verbas para despedimentos (e sabendo que essas pessoas depois irão ainda receber subsídio de desemprego, ou seja, que isto vai implicar um agravamento de custos)?, é preferível isso ou é preferível cortar noutro tipo de custos (por exemplo em estudos, pareceres, assessorias, comunicação, etc)? ou é preferível pegar nessa verba e atribuir subsídios para ajudar a criar empresas?

É preciso fazer as contas todas. E fazê-las com seriedade e competência.

Não quero dizer que não haja necessidade de reduzir redundâncias, mas que isso seja analisado com pés e cabeça e tendo em conta a falta de dinheiro que há no país pelo que não deve ser gasto de forma populista e precipitada.

(E nem quero agora questionar se, sendo funcionários públicos, podem ser 'reduzidos')


Ok, já perceberam as minhas dúvidas, não é? Então agora deixem-me que partilhe convosco:



'Das feições de alma que caracterizam o povo português, a mais irritante é, sem dúvida, o seu excesso de disciplina. Somos o povo disciplinado por excelência. Levamos a disciplina social àquele ponto de excesso em que coisa nenhuma, por boa que seja – e eu não creio que a disciplina seja boa – por força que há-de ser prejudicial.

Tão regrada, regular e organizada é a vida social portuguesa que mais parece que somos um exército do que uma nação de gente com existências individuais. Nunca o português tem uma acção sua, quebrando com o meio, virando as costas aos vizinhos. Age sempre em grupo, sente sempre em grupo, pensa sempre em grupo. Está sempre à espera dos outros para tudo. E quando, por um milagre de desnacionalização temporária, pratica a traição á Pátria de ter um gesto, um pensamento, ou um sentimento independente, a sua audácia nunca é completa, porque não tira os olhos dos outros, nem a sua atenção da sua crítica.

Parecemo-nos muito com os alemães. Como eles, agimos sempre em grupo, e cada um do grupo porque os outros agem.

Por isso aqui, como na Alemanha, nunca é possível determinar responsabilidades; elas são sempre da sexta pessoa num caso onde só agiram cinco. Como os alemães, nós esperamos sempre pela voz da autoridade – acatar criaturas que ninguém sabe porque são acatadas, citar nomes que nenhuma valorização objectiva como citáveis nomeou para as responsabilidades da acção. Como os alemães, nós compensamos a nossa rígida disciplina fundamental por uma indisciplina superficial, de crianças que brincam à vida. Refilamos só de palavras. Dizemos mal só ás escondidas. E somos invejosos, grosseiros e bárbaros, de nosso verdadeiro feitio, porque tais são as qualidades de toda a criatura que a disciplina moeu, em quem a individualidade se atrofiou.

(…)

Somos incapazes de revolta e de agitação. Quando fazemos uma ‘revolução’ foi para implantar uma coisa igual ao que já estava. Manchámos essa revolução com a brandura com que tratámos os vencidos. E não nos resultou uma guerra civil, que nos despertasse; não nos resultou uma anarquia, uma perturbação das consciências. Ficamos miserandamente os mesmos disciplinados que éramos. Foi um gesto infantil, de superfície e fingimento.

Portugal precisa de um indisciplinador. Todos os indisciplinadores que temos tido, ou que temos querido ter, nos têm falhado. Como não acontecer assim, se é da nossa raça que eles saem? As poucas figuras que de vez em quando têm surgido na nossa vida política com aproveitáveis qualidades de perturbadores fracassam logo, traem logo a sua missão. Qual é a primeira coisa que fazem? Organizam um partido… caem na disciplina por uma fatalidade ancestral.'


Olha para o que lhe deu, dirão os meus amigos, achando que a uma hora destas me deu para dissertar.

Pois.

Mas lamento desiludi-los, meus Caros, não fui eu que disse, foi Fernando Pessoa em 'Os Portugueses, a opinião pública' da Alma Azul

Fernando Pessoa por Júlio Pomar

quarta-feira, setembro 14, 2011

Midnight In Paris com Woody Allen, Carla Bruni et al porque, meus amigos, apesar destes incertos e inglórios tempos 'nós sempre teremos Paris', não é?


Ainda estou incomodada com o que acabei de escrever no mail abaixo. Apenas o Dr. Silva Lopes e a maravilhosa expressão 'empacotar que nem ginjas' que usei de empréstimo (obrigada Helena) para a aplicar à proposta que ele apresentou e que iria resolver a alergia aos cubanos de que padece o Alberto João, me deram alguma boa disposição. Deslizem até lá mais abaixo para verem o que é a minha versão de 'voando sobre um ninho de cucos'.

Mas, entretanto, a vida é curta demais para gastarmos todo o nosso tempo com agruras. Até porque, meus Caros Amigos, nós sempre teremos Paris, não é?

Ah, adoro Paris, a Place Vendôme na Primavera, passear nos Champs Elysées no inverno, e o Quai d'Orsay toujours.

Por isso, venham daí, vamos passear por Paris. Madame Sarkozy, Carla Bruni, virá connosco. Woody Allen conduzir-nos-á pelo charme discreto e perfumado da burguesia nas belas ruas de Paris. É o novo filme, Midnight em Paris.

(Sugiro que primeiro vejam o filme de Woody Allen para ficarem bem dispostos, depois então, confortadinhos, vão até ao post abaixo mas, a seguir, por favor, voltem até aqui para desintoxicar, ok?)


Não se esqueçam: aqui mais abaixo é barra pesada (troika, gaspar, mais medidas de austeridade, grécia, desgraças e apenas Silva Lopes nos dá algum alívio) pelo que, a seguir, venham de novo até Paris, está bem? Adoro Paris, estarei aqui à vossa espera para me fazerem companhia; oui?


PS: A expressão 'Nós sempre teremos Paris' foi utilizada por Rick em Casablanca

'Andar no fio da navalha', 'O ruir dos nossos sonhos', 'Da queda da Grécia ao sobressalto na Europa', ou antes 'Como é que chegámos aqui?!' - valham-nos os homens bons como o Dr. Silva Lopes que 'empacotava o Alberto João que nem ginjas' (*)


Meus Caros Amigos, as coisas estão de novo muito incertas. Com as ilhas vendidas ao desbarato e a sofrer a agiotagem de juros a mais de 60%, a Grécia (que estudámos como o berço do conhecimento e da democracia, lembram-se?) está a sofrer a humilhação que sofrem os desapossados, os desacreditados.

Mas, ruindo a Grécia, a Europa afundar-se-á ainda mais um pouco.

Os urubus aí andam, a sobrevoar os nossos tectos, a rondar os nossos antigos sonhos.

Pensávamos que estávamos a construir um futuro, pensávamos nos anos dourados da nossa reforma, pensávamos num futuro risonho para os nossos jovens, idealizávamos um admirável, tecnológico e descansado futuro para os que agora são ainda crianças.

Tínhamos qualidade de vida e achávamos isso natural dado que trabalhamos, dado que investimos antes na vida que temos agora.

Mas um dia começámos a ouvir que lá bem longe havia uma crise, a dos subprimes, depois ouvimos falar numas tais Fanny Mae e Freddie Mac, nomes engraçados, era tão longe de nós, depois veio a surpresa do escândalo do Maddoff e a queda do Lehman Brothers e o mundo começou a estremecer. A grande AIG e grandes bancos, até em Londres, e a coisa já estava aqui.




Escândalos domésticos de má gestão e usura começaram a rebentar por cá e os anteriores casos exemplares de boa gestão como Rendeiro e afins e toda a trupe do BPN, deram à costa. E, de repente, tudo estremecia e nós começámos a temer que a nossa vida anterior tivesse, afinal, sido apenas um sonho.




O BCP, caso de estudo, um banco que soube diferenciar-se e, assim, crescer, viu-se envolvido em guerras pouco cristãs, ódios fraticidas, formaram-se facções, a banca, ah a generosa banca que tanto ajudou à festa, emprestou dinheiro à tripa forra para o que fosse preciso, para tomar partido contra accionistas mal amados, para crescerem sem que, de outra maneira, tivessem como, e a banca foi emprestando dinheiro tendo como garantia as própria acções, e a banca emprestou também para que as pessoas comprassem casas que jamais poderiam pagar, para que as pessoas fossem de férias à Turquia, à República Dominicana, emprestou dinheiro para que as empresas investissem não tendo os accionistas que meter lá nem uma pinga do seu sangue... e assim fomos, até que um dia, de repente, tudo isso era, afinal, mal feito.

Um dia o dinheiro rarefez-se e as acções desvalorizaram-se e os grandes empréstimos ficaram a descoberto, um dia a banca fez as contas e viu que já não tinha dinheiro para continuar a emprestar e que toamara que ninguém se lembrasse de levantar os depósitos (porque o dinheiro tinha ido para Joe Berardo derrotar O Dr. Jardi, para o Nuno Vasconcellos da Ongoing se tornasse accionist ade referência na Zon, e por aí fora, por aí fora (porque, afinal, vemos agora, ricos não os há, o que há são grandes endividados que vivem como ricos).


Joe Berardo no seu Budha Eden Garden

E, no Estado, um dia viu-se que já não tinha dinheiro para pagar as reformas, as baixas, os subsídos de férias e que só tinha dinheiro para trocos, nem quase já para ordenados.

E assim fomos até que um dia acordámos e estávamos de joelhos.

Um dia acordámos e a Irlanda também já assim estava, a Grécia era a paródia do mundo.



E este é o tempo que vivemos.

Os nossos governantes são abúlicos, dizem uma coisa aqui, outra quando estão pela mão da madame Merkel, dizem uma coisa entre nós, dizem o contrário quando se apanham longe de nós, dizem que estão a esforçar-se e só os vemos a irem-nos ao bolso sem dó nem piedade.

E hoje a troika diz que não chega, que nos últimos meses já se desviaram mil milhões (mas onde, Mr. Gaspar, onde?!, como é possível tamanho desvio em tão poco tempo?), que novos sacrifícios são precisos. E Vitor Gaspar, obediente, assegura à troika, 'ok, there will be blood' e já pensa quais as próximas vítimas que irá sacrificar


O dito Gaspar: já têm que o levar quase pela mão que ele, pelo ar, já não dá lá muito bem com o caminho

Mas o que é aquilo que ele tem ali pendurado nas calças, bem na frente...?
(estou aqui a ver se percebo e não consigo)

Ao que chegámos, ao que chegámos... Que descontrolo, que aflição!

Entretanto, na Madeira, o Alberto João, depois de resolver fazer oposição aos cubanos e de, com essa desfaçatez, ter provocado mais um rombo nas contas públicas, prepara-se airosamente para ser reeleito.

Tudo isto é patético, tanto mais que assistimos mansamente (ah como eu às vezes odeio o meu jeito manso), a esta pouca vergonha.

No outro dia, o Comissãrio Europeu para a Energia, o alemão Gunther Oettinger, saíu-se com uma ideia peregrina: a de que as bandeiras dos países faltosos fossem postas a meia haste. Nem mais.



Até me admiro que não tivesse também proposto que os governantes desses relapsos países comparecessem nas reuniões com orelhas de burro. E eu não sei se me ria, se já não ligue nada a tanta parvoíce. Teria graça ver o Passos Coelho, submisso, de orelhas de burro, a lamber os pés à Angela - mão não, não quero ver isso. É que ele é português e eu sou muito portuguesa, não quero ver os portugueses a serem humilhados.


Mas, se quase só vejo parvoíce á minha volta, há pessoas cujas opiniões venero. Não há muitas, mas há algumas. Às vezes até posso não concordar com algumas coisas mas são sempre opiniões inteligentes, sérias, sóbrias, ditas por genuína vontade de contribuir, nada de vão exibicionismo. Uma dessas pessoas que eu ouço e vejo com respeito, admiração, carinho mesmo, é o Dr. Silva Lopes.

Um homem bom


Ele fala, com aquele sorriso de homem bom, com aquelas suas belas mãos de homem sábio, e eu quero que à minha volta toda a gente se cale para eu o poder ouvir atentamente.

Hoje ele falou. E disse que achava que se deveria fazer uma lei que impedisse os governantes que fossem infractores fiscais de voltar a candidatar-se durante uns quantos anos, 10 sugeriu ele. E exemplificou: 'com uma lei destas o Alberto João Jardim há muito que tinha deixado de poder fazer o que tem andado a fazer, nomeadamente a fazer oposição política com o dinheiro dos nossos impostos.'

Grande ideia. E tão simples. Como sabe bem ouvir a voz de gente séria, sábia, generosa, culta à moda antiga.


(*) O Crédito a quem de direito - aprendi a expressão 'empacotar que nem ginjas' com a fiel depositária do mais conhecido Fio de Prumo deste País que a usou num divertido comentário que aqui me deixou, e, por tal, daqui lhe envio os meus agradecimentos.

terça-feira, setembro 13, 2011

Onde, ao som de Bob Marley, se fala de qualidade de vida, de longevidade, de elegância, de bem estar. Be happy!


Hoje, meus Caros Leitores, aconteceu-me uma coisa inclassificável, que não cabe na escala dos acontecimentos normais. Não me levem a mal mas penso que devo manter reserva, não contando exactamente o que se passou. Durante o tempo que decorreu até que as coisas se resolvessem, e foi bem uma meia-hora, ainda consegui tirar fotografias que não vos poderei mostrar mas que estive agora a ver, e fico com o coração apertado. No final do pequeno texto que escrevi no Ginjal e Lisboa, a love affair (em que, como de costume, de forma livre, tento reinterpretar o poema que ali coloquei, desta vez do José Luís Peixoto), afloro, muito ao de leve, o que se passou.

Coisas assim marcam indelevelmente a vida de quem as viveu. E esta eu ainda estou a viver.

Mas porque ainda estou assim como me vêem, emocionada com o que me aconteceu, apetece-me escrever um texto virado para a vida, para a longevidade, para o bem estar.

Como de costume, informo que, não sendo eu técnica da área da saúde, o que vou dizer resulta de leituras minhas, geralmente de sites (de entre os quais destaco o da Real Age de onde retirei grandes partes do texto) ou livros da especialidade.

No referido site, um dos tópicos actuais prende-se com a prevenção da doença de Alzheimer, sendo que mais de 50 % dos casos podem ser prevenidos e, por ser uma doença prevalente nos nossos tempos e por ser uma doença assustadora (a demência progressiva é uma coisa angustiante), penso que é interessante trazer aqui alguns conselhos.

Os conselhos prendem-se com a prevenção desta doença mas não só uma vez que permitem combater vários factores de risco que contribuem não só para ela mas também para muitas outras, tais como problemas de coração, diabetes, etc, e são úteis a ambos os sexos e a todas as idades.

Mas quero pedir-vos um favor, está bem?

Por favor vão já até ali abaixo, ao fim do post, e ponham a música a tocar. Depois, desculpem a maçada mas voltem a subir até aqui e retomem o texto, ok?

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Já está? Já estamos com música? Então vamos lá, a ver se ficamos todos numa boa. Join me!



Movimentação – é hoje aceite que a inactividade é um dos grandes factores de risco. Tente caminhar um pouco todos os dias. Está provado que caminhar previne o encolhimento do cérebro (uma das características físicas muito visível nesta doença é o encolhimento do cérebro).



Não fume – fumar faz aumentar os riscos de ter Alzheimer (e, de resto, escuso de dizer, faz mal a tudo e mais alguma coisa; deixei de fumar para aí há uns 6 anos – andava para deixar de fumar há séculos, dizia para mim, ‘um dia deixo de fumar’ mas esse dia não chegava até que um dia cheguei ao gabinete e resolvi ‘a partir de hoje não toco nos cigarros’, abri a gaveta e tinha um maço com 3 cigarros; fumei-os de seguida porque era mal empregado deitá-los fora e, até hoje, nunca mais lhes toquei. Ao princípio, às vezes sonhava que estava a fumar, sabia-me mesmo bem, mas, logo a seguir, acordava chateadíssima ‘caraças, esqueci-me que já tinha deixado de fumar e fumei’ e ali ficava revoltada comigo mesmo, meia a dormir, até que caía na real e via que tinha sido apenas um sonho)



No verão coma melancia – a melancia faz baixar imenso a pressão arterial e uma pressão arterial baixa na meia-idade ajuda a prevenir toda a espécie de doenças.



Coma frutos secos diariamente - Uma dica para baixar a pressão arterial, prevenir a diabetes tipo 2, baixar o mau colesterol, controlar o peso? A meio da manhã ou a meio da tarde, em vez de um lanchinho de bolachas, substitua os carbohidratos por uns quantos frutos secos (amêndoas, nozes, avelãs, pinhões, pistachios, pecans, etc), cerca de 50 ou 60gr. No ssupermercados vendem estes frutos secos. Se forem comprados avulso, ao peso, saem mais baratos. Contudo, também se vendem pacotinhos de mistura.



Durma bem – uma boa noite de sono ajuda a reduzir o risco da diabetes tipo 2, o que as investigações sugerem que favorece o aparecimento da doença de Alzheimer; mesmo que não durma muitas horas, tente que, pelo menos, o sono seja descansado, seguido. Se ao adormecer não tem sono, beba um copo de leite morno com mel (embora tenha lido que o leite não é das melhores coisas… mas, enfim, em doses não exageradas não deve ser muito mau) e leia um livro até lhe dar o sono.


A este propósito, deixem-me referir que uma boa almofada é essencial. Há almofadas adequadas para quem dorme de lado, para quem dorme de barriga para cima ou para baixo. No IKEA há umas óptimas e pouco caras.



Ande na rua – pessoas que fazem exercício ao ar livre, nomeadamente, as que fazem caminhadas, em contraponto com as que fazem exercício no ginásio ou em casa, têm menos depressões e isso são boas notícias para o cérebro uma vez que a depressão aumenta o risco da doença de Alzheimer (e atormenta a vida das pessoas que a têm,  pelo que, se puder ser evitada, tanto melhor, não é?). Caminhar pelo menos 30 minutos por dia é o ideal. Faz bem ao corpo todo e é óptimo para a mente. Se não lhe dá jeito andar a caminhar ou se o(a) aborrece fazê-lo sem companhia, ao menos saia para ir ver montras, ou às lojas, provar roupa, ir a uma livraria, folhear livros, etc. Agora uma coisa eu quero avisar: para andar e se sentir confortavelmente o calçado é do mais importante que há. Eu uso uns ténis adequados à caminhada que comprei na Decathlon (passe a propaganda) e se há coisa pela qual anseio quando, ao fim do dia, chego a casa é tirar os saltos altos, mudar de roupa, e calçar os meus confortáveis ténis. É meio caminho andado para toda a caminhada me saber lindamente.

Caminhar à beira Tejo num fim de tarde
(a única fotografia minha deste post, as restantes foram obtidas na net)

Estude – a educação mais elevada está associada a menores taxas de Alzheimer. Leia, aprenda, interesse-se por saber coisas novas, estabeleça novos desafios para si próprio(a). É um prazer e uma motivação termos coisas para aprender, termos novos mundos para descobrir. Estudar, aprender, ter ineteresse e motivação é bom para tudo!


Emagreça um pouco – pensa-se que engordar, especialmente na meia-idade aumenta os riscos de contrair Alzheimer. Para além de que não é extraordinariamente estético e para além de que não é do mais saudável que há.

Um truque para emagrecer um pouco sem esforço? Repita-se. Investigações revelam que seguir o mesmo padrão nas refeições levará a um menor consumo. Chamam-lhe a monotonia das refeições porque se trata de suprimir o efeito do apetite face à novidade, criando o efeito da habituação. Quanto mais vezes apresentar o mesmo estímulo à pessoa, menor é a sua reacção. Pelo contrário, se for muito inovador e se oferecer a si próprio petiscos variados todos os dias, o seu cérebro entusiasmar-se-á e você quererá provar de tudo, comer de gosto. Ora comer pouco é uma regra de saúde. Por isso, escolha uma refeição saudável e basicamente use o mesmo padrão de forma continuada.

De qualquer forma, não é preciso ficar assim: nada de passar fomeca!

Beba café, de preferência de manhã, e um copo de vinho tinto, de preferência à noite – há substâncias no café e no vinho que ajudam a fortalecer o cérebro quer ajudando-o a estabelecer novas ligações, quer protegendo-o dos efeitos neurotóxicos das placas de Alzheimer. Já agora que seja vinho tinto pois, para além deste efeito benéfico, os polifenóis têm também poderosas características anti-oxidantes.



Seja feliz – predisponha-se à alegria, ache graça às coisas, ouça música alegre, veja arte, pense em coisas boas, vejas programas divertidos, ria-se, solte radiosas e sonoras gargalhadas!

Hoje, quando fiz a minha caminhada, estava um fim de tarde lindíssimo, tirei umas cem fotografias (coloquei uma no Street Photo & Cia. e duas no Ginjal, no post acima referido), fico sempre deslumbrada e feliz com tanta beleza. No entanto, vê a beleza e fica feliz com isso, quem está para aí virado. Há quem nem dê por isso, há quem viva preso nas suas sombras.

A felicidade é também um modo de vida e encontra-a quem está disposto a procurá-la, ou a aceitá-la, ou a recebê-la.

Parece teoria barata, não é? Tipo manual de auto-ajuda, eu sei. Mas é o que penso, o que pratico (sem esforço). E é bom.

Meus amigos, saiam, passeiem, procurem o belo, o divertido, sejam felizes!


<>

Three Little Birds

(Bob Marley)

Don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right

Saying , don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right

Rise up this morning
Smile with the rising sun
Three little birds
It's by my doorstep
Singing sweet songs
Of melodies pure and true
Sayin',"This is my message to you"

Saying don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right

Saying don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right

Rise up this morning
Smile with the rising sun
Three little birds
It's by my doorstep
Singing sweet songs
Of melodies pure and true
Sayin', "This is my message to you"

Singing don't worry about a thing,
Worry about a thing,
Every little thing gonna be all right

Don't worry!
Singing don't worry about a thing"

I won't worry!
'Cause every little thing
Gonna be all right
Singing don't worry about a thing,

'Cause every little thing
Gonna be all right