Gostei de ver o vídeo que aqui partilho. Aliás, gosto sempre de ver os vídeos deste médico. Neste caso ele aborda um tema que, para mim, sempre foi caro: a importância dos trabalhos manuais.
Aliás, não por acaso, o algoritmo do Instagram já me topou e passa a vida a mostrar-me cabeleireiros a fazer cortes de cabelo que me dão vontade de sair por aí a arranjar gente que me deixe cortar-lhe o cabelo, gente a fazer bolos ou cozinhados, gente a fazer pinturas, arranjos florais, dobragens, arranjos de móveis, até a dobrar roupa de forma a optimizar o espaço dentro de malas de viagem. Se antes me apareciam influencers a fazerem unboxing de livros (tenho aprendido algumas terminologias...) , coisa que me deixava possuída e cheia de vontade de os imitar fazendo vídeos malucos, ou a maquilharem-se ou a mostrarem outfits (e, justamente, este domingo fiz uma reel * -- ah, termozinhos mais fofos... -- a parodiar essa de me mostrar a realizar a minha rotina não de skincare mas de maquilhagem) agora já fez a agulha para actividades mais concretas.
No vídeo abaixo, o médico não inclui a escrita como um hobby de trabalhos manuais mas eu acho que é. Posso até garantir que, por vezes, os meus dedos tomam as rédeas do processo e escrevem sem que a cabeça saiba o que eles estão para ali a sapatear no teclado. Escrever também me activa, também me concentra, também me desliga das maçadas de que o mundo está a deitar por fora.
De qualquer forma, de tudo o resto que ele fala, eu sinto um apelo grande para fazer. Por exemplo, ultimamente ando com vontade de fazer um poncho de crochet todo às cores, incluindo com fios com brilhantes coloridos. Danadinha. Danadinha para fazer uma piece of art.
Por vezes penso que um dia destes ainda vou ter que me render e voltar a organizar-me através de agenda, como quando trabalhava e tinha a agenda sempre enervantemente cheia, só que para fazer assim: das 15 às 16, crochet, das 16 às 17, tapete de arraiolos, das 17 às 18, pintar, das 18 às 19 caminhada, das 19 às 20 fazer o jantar, ver os mails, o blog, fazer os telefonemas à família, etc. A escrita, provavelmente, ficaria para o slot (ah... a falta de saudades que eu tenho de quando me andavam a perguntar qual o slot que eu tinha disponível) das 23 às 2 do dia seguinte. A manhã ficaria para a caminhada da manhã e para o ginásio três vezes por semana e, no intervalo, para algumas compras, lavagens de roupa, arrumações e afins.
É que, se não for assim, ou seja, se não começo a organizar-me, vou deixando mil coisas para trás.
Mas, enfim, isto para dizer que mil vezes mais andar entretida com coisas concretas do que perder tempo a 'conhecer-me melhor', a reflectir sobre as coisas da vida, a olhar para ontem ou a pensar na morte da bezerra. Não quero com isto dizer que quem o faça seja mais infeliz que eu. Quero é dizer que esta forma de usar o tempo que a vida tem concedido a graça de colocar à minha disposição me traz bem estar, motivação, alegria.
E, pelo que o Dr. Drauzio Varella diz, faz bem ao corpo e à alma. Portanto, assim seja. Valeu.
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* Se soubesse colocaria o link para a story acima referida, o vídeo que coloquei no instagram a mostrar como me maquilho. Mas não sei. Ainda não sei bem manusear aquilo. Para os posts ou feeds ou lá como se chama aquilo, sei como partilhar o link. Para a story não sei. Para se ver, carrega-se na fotografia do perfil. Mas creio que quando coloco uma story nova, a anterior vai à vida. Mas, pronto, se tiverem curiosidade vão até lá e experimentem. Quando enviei o vídeo para a minha filha ver protestou... Aliás, começou por me enviar uma mensagem a dizer medooooooo.... Os meus netos, a quem ela mostrou, também ficaram chocados. Ao telefone fartaram-se de protestar. Não compreendo a reacção. Eu gostei de fazer. E estou a fazer e já com ideias para fazer outros ainda mais sui generis. E o meu marido, quando lhe mostrei, riu-se. E, no fim, concluiu o que sempre conclui: 'Só te dá para coisas dessas, maluquices...'. Mas vi que estava divertido.
Enfim. Cada um faz o que pode. Um dia faria obras mais apuradas.
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Adiante.
A importância de ter hobbies e fazer trabalhos manuais
Hoje, a tecnologia resolve tanta coisa para a gente que esquecemos de usar a mente. Com isso, o cérebro deixa de ser estimulado, o que pode levar ao declínio cognitivo.
As atividades manuais são ótimas não só para exercitar a mente, mas também para reduzir o estresse, aumentar a sensação de bem-estar e ajudar na prevenção de doenças neurodegenerativas.
Neste vídeo, Drauzio fala sobre a importância dessas atividades.