sexta-feira, novembro 01, 2024

Conversa gostosa entre dois desempoeiradões com mais de 60

 

Quando eu era mais nova tinha para mim que quem tinha mais de sessenta estava a caminho de ser velho, terceira idade pura e dura. 

Ainda me lembro de um amigo, uns anos mais velho que eu, ao fazer 60, me dizer 'sou daqueles de quem, se tiverem o azar de tropeçar e caírem na rua, vão dizer que foi um idoso, um sexagenário caído no passeio'. E era.

Ainda me lembro bem da minha avó paterna que, antes dos 60, já me parecia uma velhinha. Ao contrário da minha avó materna que pintava o cabelo, se vestia de forma mais arejada, passava temporadas em Lisboa ou na Figueira da Foz ou em Faro em casa de primas ou primas de primas e tinha um aspecto mais 'conservado', a minha avó paterna, com o seu cabelo grisalho, o vestuário que seguia os seus critérios de adequação' à idade e os seus reumatismos que condicionavam a sua agilidade, sempre pareceu mais velha do que era (e creio que ela própria se sentia velha).

Agora que sou eu que já cá estou, vejo as coisas de outra maneira. Não sei bem como é que as vejo mas sei que os 60 vêm com uma boa dose de ingredientes diversos, grande parte deles bastante bons (tolerância, ignorância [sim, quanto mais velhos, felizmente mais ignorantes], etc). Claro que os há menos bons mas a gente desvaloriza.

Se os mais jovens assistissem às brincadeiras, às irreverências e ao gosto pela aventura dos meus amigos sexagenários ficariam muito admirados.

O algoritmo do Youtube, que me topa à légua, hoje tinha este vídeo que aqui partilho para me mostrar. E, na realidade, gostei de os ouvir. Conversa leve, solta, alegre, descomplexada. E o Bial é uma graça, um belo pedaço de homem.

Astrid Fontenelle fala como o ENVELHECIMENTO não abalou sua FORMA DE VIVER! | Conversa Com Bial


Dias felizes