segunda-feira, fevereiro 26, 2024

À atenção de Pedro Nuno

[A palavra ao meu marido]

 

Cada vez parece mais claro que estas eleições não deviam ter existido. Acontecem devido à inqualificável atuação do MP e à forma oportunista e sem atender ao interesse nacional como o Prof. Marcelo conduziu a sua atuação desde o início do governo de maioria absoluta do PS.

Neste cenário, tenho dificuldade em perceber as razões pelas quais o Pedro Nuno Santos não enfatiza, nos debates e nas  intervenções, os sucessos e as melhorias conseguidas pelo governo do PS e as razões pelas quais em algumas áreas o governo não terá atingido os objetivos que se propunha. 

Existem muitos pontos positivos aos quais, julgo, os portugueses são sensíveis e que valeria a pena enfatizar: 

  • a baixa taxa de desemprego, 
  • o aumento significativo do número de postos de trabalho, 
  • o aumento do salário mínimo, 
  • o aumento do salário médio, 
  • os apoios sociais extraordinários na época da pandemia e quando a inflação disparou,  
  • o crescimento da componente de exportações no PIB, 
  • o crescimento da economia (um dos maiores da Europa), 
  • a digitalização de muitos serviços públicos (quem tem que tratar de documentos ou ir a repartições públicas percebe que houve uma enorme evolução), 
  • o controlo relativamente rápido da inflação, 
  • o prestígio que granjeamos na Europa devido à nossa  evolução... 
  • e, claro, as contas certas 
  • e o excedente orçamental que permitem alavancar a evolução do País.

O Stiglitz, quando esteve em Portugal, referiu que Portugal tinha conseguido o impossível. É importante referir estas opiniões autorizadas que também são muitas vezes referidas por altos representantes da Comunidade e de Países Europeus.

Depois temos as áreas mais controversas. 

Primeiro  a Saúde. Vale a pena relembrar que em 2020 houve uma pandemia e que foi, sobretudo, o SNS que cuidou dos portugueses e que, por exemplo, conseguiu um enorme sucesso com  a percentagem de pessoas vacinadas e com o período em que tal foi feito. É com certeza um ponto a favor da politica de reforço do SNS. É certo que existe falta de médicos ou porque se reformaram ou porque passaram para os privados que pagam melhor devido ao aumento da procura. O governo poderia/deveria ter apostado mais cedo na reforma do SNS, mas seria possível no rescaldo da pandemia? Não sei.

Relativamente à Habitação todos sabemos que é um problema Europeu. A procura por estrangeiros  e  a aposta na habitação como aplicação financeira fez disparar os preços. Mas, por exemplo, não será de referir que as habitações agora publicitadas pelo Moedas resultaram de politicas do PS à frente da Câmara de Lisboa?

Relativamente aos professores e aos polícias é certo que, enquanto o Mário Nogueira estiver à frente do Sindicato  e houver um governo do PS, os professores estarão na rua. Quanto à polícia parece haver reinvindicações justas, mas, sobretudo existe  a perniciosa influência da extrema direita. 

Quanto à Justiça já aqui escrevi que o António Costa devia ter tomada medidas para melhorar o funcionamento da Justiça e para que o MP não faça o que quer, chegando ao extremo de demitir governos.

Em contraponto com o anterior governo do PSD, o governo do PS (que passou por uma pandemia e por duas guerras) cuidou mais e melhor  das pessoas, fez o País crescer e conseguiu atingir os patamares necessários para um futuro melhor. Não valerá a pena enfatizar estas realidades na campanha eleitoral? 

Um outro argumento que não vejo suficientemente utilizado pelo Pedro Nuno é contrapor o crescimento sustentado conseguido pelo governo do PS em contraponto com a política económica proposta pelo PSD que, como é sabido, nunca deu bons resultados nem originou crescimento sustentável na economia e, pelo contrário, criou mais desigualdades e só promoveu o aumento da riqueza dos mais ricos, levando a graves crises financeiras. 

Numa campanha eleitoral é essencial ser eficaz, utilizando todos os argumentos válidos ao dispor, e no caso do PS, são mais que muitos. Está na hora de Pedro Nuno dos Santos começar a usá-los.

 

9 comentários:

Anónimo disse...

De acordo com o Snr marido! Deveria Pedro Nuno Santos ser mais assertivo, não se percebendo como a tibieza o domina. Alguém o terá aconselhado a ser moderado?
Um desespero por estes dias a dominar-nos! Agora na rádio, mais um debate-mais-do-mesmo!
Luísa Santos

Pôr do Sol disse...

Caro Senhor,

Completamente de acordo.

Tambem não percebo a contenção de Pedro Nuno Santos.

Por tudo o que nos diz, receamos que PNS não chegue a bom porto. Por ser honesto e educado não rebate os argumentos falsos, cínica e maldosamente usados nos discursos de Montenegro e dos outros candidatos.

Não será fácil dado a tendencia da Europa. Mas esperamos que a grande maioria dos portugueses e não só a nossa geração, se lembre do mal que os governos de direita fizeram ao país colocando-o nos últimos.

Haja esperança na lucidez dos mais jovens.

Obrigada. Cumprimentos.

Filo Stone disse...

Completamente de acordo! Não haverá nenhum conselheiro estratégico que o aconselhe a trazer à campanha todos esses pontos que tão bem refere?
Cumprimentos
Filo

ccastanho disse...



Caro Senhor.

Completamente de acordo.

Há em Pedro Nuno Santos, um pavor em mostrar, e fazer um reset da governação de oito anos em que participou, e que resultou em todos os pontos expostos no artigo, que nos ofereceu.

Pedro Nuno Santos e a sua equipa de comunicação, ainda não perceberam que há classes profissionais como por exemplo: Profs, Forças de Segurança, e outras como a Saúde, ou agricultura, etc, já não votaram na maioria absoluta de Costa. Estas classes, são maioritariamente de direita, jamais votam no PS. António Costa enfrentou-as, e mesmo assim, ganhou maioria absoluta.

O Povo que vota na esquerda sará maioritário mais uma vez nestas eleições.





Anónimo disse...

"O SOCIALISMO É O CEMITÉRIO DA INVEJA;E A ÚNICA VIRTUDE DO SOCIALISMO É A PARTILHA EQUITATIVA DA MISÉRIA"

Um Jeito Manso disse...

A Todos menos ao último Comentador,

Como acabei de escrever no post que publiquei agora, o dia hoje esteve um pouco atribulado cá por casa e o meu marido não teve oportunidade para ler os comentários. Lê-los-á amanhã, com certeza.

Mas aproveito já para vos agradecer.

Um Jeito Manso disse...

Ao Último comentador, o que escreve com maiúsculas, certamente para ter a certeza que é lido.

Não sabia que os do Chega e afins também por aqui pairam. Não são bem vindos. E não é por muito escreverem com maiúsculas, tal como não é por muito gritarem, que por aqui lhe damos ouvidos.

Por isso, pode dar meia volta e ir à procura da sua turma por outras paragens.

Anónimo disse...

Mas esses bons resutados foi à pala do turismo e agora querem acabar com o AL, que é responsável por 40%. E porquê? Porque não construíram casas durante 15 anos? Mas os hotéis que venham, não é?, só porque não são detidos por pequenos empresários, mas sim grandes investidores estrangeiros... Venha o Nadal para o Rossio, que no prédio dele não cabiam famílias... Uma vergonha. Eu tenho 4 pequenos apartamentos que estavam abandonados e que recuperei ao longo do sacrifício de anos e agora vão-me confiscar 10.000€ ao ano, €2500 por cada. Sem sequer deduzir no lucro, que praticamente não tenho, já agora - em Portugal não se faz riqueza com nada, exceto os grandes merceeiros (Pingo Doce, Continente...), a EDP e os bancos. Não há empresas médias, quanto mais grandes, que produzam riqueza e possam crescer. Uma enorme traição do PS, que andou a vangloriar-se das "taxas e taxinhas" que pagaram o novo Museu à pala do turismo e que andaram anos, Medina e Costa, a enganar-nos ao regulamentar uma atividade que afinal era para abolir. PS nunca mais. Para ser enganado e deixado na miséria, eu e os meus funcionários que terei de despedir, voto noutros. E ainda falam do ressabiamento da direita: o PS entrincheirou o país à esquerda, recusando qualquer abertura para falar com PSD por escolha própria, assim fazendo crescer o CHEGA. O PS matou a direita moderada ao aliar-se exclusivamente à esquerda radical (sim, Bloco é comunista radical, as leis do arrendamento, as leis com novos Impostos e contribuições extraordinárias que propõem, a impossibilitação de acesso a creches e hospitais privados, etc., tudo o mostra). Eu que era PS, vejo-me nesta situação horrível, sem outra escolha que não a AD para me safar. Ou devo, já que estamos assim, votar direto no CHEGA? Que lástima, que país miserável.

Um Jeito Manso disse...

Leitor do Alojamento Local,

Tomei a liberdade de puxar as suas palavras para o corpo do blog. Espero que não leve a mal.

Obrigada!