Afinal o meu marido não escreveu sobre o SNS... De manhã saímos para irmos assistir à peça de teatro em que entrava a nossa linda menina. E devo dizer que tem um à vontade em palco que me deixou de boca aberta. Quer a postura corporal quer as expressões e a forma como fala, bem como a segurança nos textos deixaram-me um pouco admirada pois, ao contrário dos irmãos e dos primos (e aqui refiro-me aos que são meus netos, pois, para além destes, têm mais quatro primos) que são totalmente desinibidos e onde chegam conversam logo com toda a gente, ela é mais tímida. Mas em palco está completamente à vontade. E mesmo quando tinha que dançar, dançou tão ou mais animadamente do que quando está em família.
Quando saiu tinha a família à espera. Vinha um pouco a vogar, como é natural depois da adrenalina em palco. E vinha feliz. Pois claro, com tanto aplauso e tanto carinho, não haveria de estar...? Mas vinha também transpirada, tal o calor que lá estava.
Estava muito calor cá fora e lá dentro.
Ainda assim, aproveitámos estarmos naquele sítio para darmos um pequeno passeio por ali, para conhecermos a evolução a nível urbanístico/paisagístico que foi significativa nestes últimos três anos. Mas íamos ficando assados, grelhados, fritos, cozidos, estufados, escalfados. Que calor brutal nesta Lisboa... Parece que estamos no norte de África.
Almoçámos num restaurante muito agradável onde antes do confinamento íamos muito. Foi bom voltar a comer a mesma comida, no mesmo fresco e amplo lugar, servidos pelas mesmas simpáticas pessoas que antes.
E depois também apanhámos trânsito.
E, quando chegámos, ainda fomos passear o dog que tinha ficado em casa.
Quando chegámos, ainda fui estufar carne.
E depois começou a chegar o pessoal das pilhas que duram, duram, duram... Não sei onde é que estes jovens (e alguns dos adultos...) arranjam energia para tanto exercício, tanta brincadeira. Se calhar, quando tinha a idade deles também eu a teria. Não sei. O que sei é que agora me espanto.
Para o lanche fizemos tostas e vou explicar como as fazemos, pois eles adoram-nas e pode ser que vos seja útil. Vamos com pratos cheios delas e, num ápice, desaparecem.
- Tosto ao de leve fatias de pão, de preferência pão rústico ou de mistura (muitas fatias!)
- Faço uma emulsão de tomate, assim:
Num copo misturador ponho dois tomates grandes, bem maduros, cortados aos bocados, com pele. Junto uma pitada de sal, um pouco de orégãos. Com a varinha, trituro bem e depois vou juntando um fio de azeite enquanto continuo a mexer. Fica uma 'pomada' vermelha.
- Numas tostas, com uma colher, ponho uma generosa colherada de emulsão de tomate por forma a cobrir com fartura cada fatia.
- Por cima,
- numas fatias, ponho queijo mozzarella fresco (desmancho as bolas com as mãos e espalho por cima do tomate),
- noutras ponho uns bocados de queijo fresco de barrar com ervas,
- e noutras ponho salmão fumado.
- Hoje fizemos também um paté (que se revelou curto para a adesão que teve):
num copo misturador pus uma lata inteira de sardinhas em conserva a que escorri parte do azeite. Juntei maionese e um pouco de vinagre balsâmico de Modena. Triturei até ficar uma papa macia. Espalhámos por fatias até onde deu.
- No fim passo um leve fio de azeite por cima dos pratos e polvilho com orégãos.
Para acompanhamento por parte dos meninos: bongo. Alguns dos adultos, mini.
No fim comeram uma peça de fruta (pêssego, no caso) e comeram um gelado (sandwich de gelado).
E, como sempre, fiquei feliz por vê-los juntos, a conversarem, a brincarem, sempre na boa, sempre com bom apetite. Momentos abençoados.
Parte do pessoal saiu daqui para ir ainda apanhar a praia ao fim do dia e outros ficaram até à noite, tendo terminado o dia com sandes em bolo de caco de carne estufada.
Cheguei aqui ao sofá da sala por volta das dez e picos da noite. Como é bom de ver, não vi televisão nem li notícias. Mas estivemos a ver o documentário sobre o Grupo Wagner que, entretanto, com o que aconteceu há dias, está desactualizado pois termina dizendo que Putin nunca admitiu a ligação do Kremlin. Ora não apenas agora o admitiu como teceu comentários que ou são incongruentes ou ainda há muita ponta por onde puxar.
Mas, tirando isso, a essa hora, não tenho grande paciência para ouvir sobre a situação em França ou sobre as desgraças que rebentam do chão como cogumelos.
Por isso, enquanto não vou dormir (e acho que daqui a nada vou mesmo dormir porque a pestana não está a dar-me descanso), estive a ver uma casa fantástica. Durante muitos anos alimentei o sonho de um dia ter uma casa sobre as rochas, sobre o mar.
Passou-me. Agora não quereria. Com a subida das águas, ter uma casa em cima delas não é propriamente uma ideia muito segura. Mas, sobretudo, em famílias com muitas crianças e adolescentes, deve ser um pesadelo, sempre com medo que caiam à água.
Provavelmente em Portugal, um projecto como o desta casa não seria aprovado. Tenho ideia que as nossas normas, transpostas das europeias, são mais restritivas, mais atentas à segurança. Mas, enfim, não sei.
Mas, pondo de lado essas preocupações, a casa é uma maravilha. Eu não usaria o tom rosa na decoração da forma como a dona da casa o usa mas isso é lá com ela.
Convido-vos a ver. Não está legendado mas as imagens falam por si.
The Alaska ‘Vanity House’ That Changes With the Tides | WSJ Mansion
Esta luxuosa propriedade à beira-mar no sudeste do Alasca, com piso de betão e uma cozinha rosa, custou US$ 2,07 milhões para ser construída e mobilada. A casa inclui uma parede de morango, uma cadeira flutuante que custa mais de US$ 3.000 e vista para o mar de todos as divisões.
A proprietária Kristi Linsenmayer descreve as alegrias e os desafios de construir uma casa personalizada sobre a água na zona rural de Ketchikan.
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