E ao fim do terceiro dia abre-se uma clareira na qual a crise e os malucos que a causaram não têm cabimento. Pode ser que amanhã ou depois ou depois volte à carga. É muito provável que sim. Motivos para me divertir ou arreliar não vão faltar. Mas hoje, sexta-feira virada e o sábado já caminhando, não estou nem aí.
A minha praia esta noite é outra. Lá fora deve estar uma noite feia e toldada mas, aqui dentro de casa, reina a acalmia.
Durante o dia, o pequeno urso aprendeu o que é o vento e a chuva. Sentado, empertigado, à porta da cozinha que estava entreaberta para o pátio, olhava com espanto para estes elementos da natureza. Nem queria ir ao jardim. Agora à noite, levei-o lá fora para ver se fazia alguma necessidade. Veio uma rabanada de vento e eis que o pobrezinho largou a fugir para o pé de mim, de novo sentado, intrigado, olhando para mim. Expliquei: 'É o vento. Não faz mal'. Não sei como interpreta o que lhe digo. Nasceu no verão, desconhecia até hoje outra coisa que não o bom tempo.
Haverá de se habituar. Ele tal como todos nós acabamos sempre por nos habituar a tudo. Que remédio.
Mesmo assim, tive esperança. Sou confiante. Ao primeiro dia acontece isto, ao segundo aquilo, ao terceiro aqueloutro. Sou crente. Fazer o quê?
Só que, à hora da prometida revelação, nem telefonema nem serviço. O milagre não se tinha dado. Voltei a ligar e pedi para me passarem ao supervisor. O supervisor disse que me compreendia, que me pedia desculpa, depois ofereceu-me três canais de borla durante um mês, coisa que eu disse que não queria, queria era o problema resolvido. Disse-me, e pediu que eu acreditasse, que ia fazer o seu melhor. E insistiu na oferta dos canais, fazia mesmo questão.
De tarde, por milagre, apareceu um técnico. Depois de verificar o que o outro tinha verificado, informou que o colega anterior não percebia nada do assunto. Não sei o que foi. Estava ainda em reunião, foi o meu marido que o aturou. Mas, quando acabei a reunião e lhe perguntei se já estava tudo a funcionar, estava mal disposto, chatices lá no trabalho dele. Por isso, quanto tentei perceber qual o problema da falta de internet, telefone e televisão, disse-me que se estava nas tintas, que estava farto destes gajos todos, queria era que o deixassem em paz. Não sei bem de quem estava ele a falar pois o telefone não parava de lhe tocar.
E, assim sendo, relembrando como funcionam as notícias e os comentários, a televisão voltou à vida. Vi um bocado do noticiário e um bocado do Expresso da Meia-Noite. Um bocado não. Um bocadinho. Talvez menos de cinco minutos. Desistimos. Mais do mesmo. Um bocado antes, quando lhe tinha aparecido o Louçã, o meu marido bufou: 'Eh pah, este gajo é que não'. Pedi para deixar ouvir, estava curiosa, sempre queria ver. Contrariado, cedeu. Ao fim de poucos minutos, resolvemos ao mesmo tempo: 'Já chega. Porra.'. É que ninguém merece.
Agora decorre uma novela da globo e está bom assim. Bobeira de alto a baixo, coisa de não torrar miolo nem dar arrelia. E com um plus que é dos bons. O Fagundão, tentador que só ele. Envelhece com qualidade, melhor que em barrica de carvalho. Todo ele, a cara, o físico, a voz, a graça com que fala: tudo um apetite. Olha-se e o que se pensa é que só de ver, mesmo que de longe, já se sente o perfume daquele pedaço de homem.
Olha. Acabou. Coisa mesmo só para dar água na boca. Eu à espera de cena bonita com o sempre e eterno amadaço Fagundão e afinal já era, a coisa já passou para outra. Uma novela em que parece que todos ciciam. Não tem graça. Não se percebe isto.
Portanto, agora passei para o Governo Sombra. Só o RAP é que está bem encarado. Bronzeado. Os outros parecem-me macilentos. O Vaz Marques, desde que emagreceu, ficou com ar pendurado. O Mexia parece-me mais gordo e com más cores. Ou foi a maquilhagem que se distraiu nas cores ou devia fazer análises para ver se ataca a tempo. O João Miguel Tavares continua como sempre foi: baderneiro, confusionista, maledicente e mal jeitoso. Terei que voltar a fazer zapping.
E o mais aborrecido é que não sei quais os canais que o outro fez questão de oferecer. Nem sei como descobrir. Pobre e mal agradecida, vê se pode.
Parece-me que não. Não sei se sou eu que não sei pesquisar ou se é mesmo tudo mais para fraquinho. Já vi o Estorninho, já vi O Escavador. Desses gostei mas agora não descubro nada que me desperte atenção. Ando biquenta, é o que é. Tudo me parece a tender para o rasteirinho, envolto em plástico. Ou é tudo excessivamente colorido ou excessivamente escuro.
Pronto. Já descobri. Uma comédia com a Meryl Streep. Luminosa como sempre é, há-de ser uma boa companhia. Estou é na dúvida se já não a vi. Se já vi, terei que ir dormir. Vou averiguar.
Bem. Fico-me por aqui. O dia foi puxado. Aliás, estes dias, puxa vida, têm sido puxados, coisa mesmo do bêleleu. Vou mas é descansarecos. Mas, antes, permitam que vos deixe em boa companhia.
Caetano no TikTok
Segue em primeira mão a nova coreografia e versão de Leãozinho: Gosto muito de te ver, Caetaninho (mão por cima da cabeca 3x). Caminhando com o Porta (andada em câmera lenta). Gosto muito de você, Caetano (movimento de coração com as mãos). Para desentristecer, Caetano (mão fechada em baixo dos olhos, simulando choro). A minha Porta tão só (sai de costas e olha pra câmera dramaticamente)
3 comentários:
Informação !!
Porque razão a cachopa da 1ª foto tem as mamas em cima e na 2ª foto tem as mamas na barriga!?
Coitada!
Daaaa.... Photoshop!!!!lol(c/respeito pelo comentador)
a menina é marota.a mão.
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