É pouco imaginativo, a propósito de qualquer treta, eu aqui trazer o meu caso pessoal. Acredito que, quem me lê, pense: esta tipa acha-se o centro do universo. Mas acreditem: não me acho. Simplesmente aborrece-me pespegar aqui um vídeo a seco e, à hora a que pego nisto, não me sobra poder de abstracção para falar de incertos, de outros em concreto ou de outras situações que possam correlacionar-se com o tema das imagens. Por facilidade, activo a memória e desfio-a. Pode ser aborrecido para quem lê mas a mim é capaz de fazer bem, capaz de manter os neurónios activos até mais tarde.
Pois bem. Introdução feita, passo ao que o vídeo me faz pensar.
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Uma vez, Leitora intrigada, perguntou quando é que eu estava com ele, já que temos estes horários desfasados. E perguntou-o como se eu andasse a esconder um clima de frieza entre nós. Expliquei-lhe o óbvio: a convivência activa, digamos assim, ocorre quando estamos acordados, não quando um de nós está a dormir.
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O pior mesmo é ao fim de semana e não raramente a coisa começa mal justamente aí. Eu aviso-o, e volta e meia, antes de ir dormir, deixo papéis em cima do seu telemóvel: NÃO ME ACORDES! PUS DESPERTADOR! DEIXA-ME DORMIR!
Contudo, para aí um bom bocado antes das dez já ele começa a ir à casa de banho do quarto (e há mais três cá em casa) ou a mexer em gavetas ou a circular de modo a fazer-me acordar. Fico logo furiosa. Claro que arranja mil desculpas, que, se não me levantar naquela altura, já não será possível ir aos meus pais, ir ao supermercado, ou seja, tudo se atrasará, já não conseguiremos fazer as cem mil coisas que ele acha que devem ser feitas antes de almoço. E, por mais que eu me enfureça, a verdade é que não há fim de semana que não repita a proeza. No hotel, então, é um desespero. Acorda certamente ainda de noite, toma banho, e vai andar, e até aí tudo jóia. Mas antes das nove está de regresso ao quarto e, por mais que eu peça que me deixe dormir em paz, começa a abrir os cortinados deixando entrar a luz e forçando-me a acordar.
Mas, agora que vi o vídeo abaixo, já sei como reagir. A ver se na próxima não o vou deixar como o leãozão do vídeo, todo a arfar, todo mansinho e sem conseguir dizer ai depois de ter sido apanhado de surpresa com a reacção da leoa. Ai não vou, não...
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Claro que o Forget About, segundo Sibylle Baier, não tem nada a ver com isto mas é suficientemente tranquilo para eu me apetecer que aqui esteja
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