E falo referindo-me aos outros que não a mim porque nunca me vi nessa situação. Aliás, já vi sim. Mas foi noutras vidas, noutros contextos. Assim, ir na rua e aparecer-me uma Beatriz Gosta ou outra vedeta de microfone em punho, isso nunca me aconteceu. Contudo, se bem me conheço, desviar-me-ia ou pediria escusa. Mas isso é o que imagino porque o que vejo é que a malta se disinibe, conta tudo, toda a malícia que se esconde debaixo de uma pele habitualmente bem comportada sai à cena. Não sei se, na vida normal, as pessoas já são assim, destravadas, brejeiras, emocionalmente soltas. Mas, na perspectiva de aparecerem na televisão, são capazes de surpreender o maior gabiru. E dá ideia que, mesmo os que não são emocionalmente selvagens, perante o microfone não se incomodam nada de mostrar que são apertadinhos, como se perdessem a timidez sobre a sua timidez.
Este vídeo é bem prova disto e não sei se é um curioso apontamento sociológico, se é um caso psicológico. Mas é uma coisa digna de ser ista. E, claro, é mais uma prova do talento da Beatriz Gosta.
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