quarta-feira, janeiro 29, 2020

Billie e Jacob:
uma menina e um menino muito talentosos que mostram que sentem verdadeiro prazer em fazer o que fazem


Não incluí no título o irmão de Billie, Finneas, que também a acompanha no prazer de compor e estar em palco. Contudo, como parece ser introvertido, deixa o palco para a irmã e, se calhar, não se importa que seja ela a receber a maior parte dos aplausos. 

Mas não é só a composição e a interpretação e a alegria que se lhes percebe: é também a mistura, os arranjos, tudo. E os vídeos. Usam tudo o que têm ao dispor para se entregar ao público e fazem-no de uma forma que irradia modernidade -- e digo modernidade por não me ocorrer outra palavra mas o que quero dizer é que dá ideia que ousam, experimentam, e tudo parece ser uma porta aberta para o que virá a seguir. No caso de Billie é ainda o uso que faz do corpo, com as roupas, o cabelo, as unhas, tudo: uma graça, uma aventura, um encanto, uma diversão.

O futuro, se olhado através do que fazem, parece ser um lugar festivo, um lugar que se presta à criatividade e ao prazer de existir. 

Gosto imenso de ver jovens assim: activos, construtivos, ousados.

Billie acabou de fazer 18 anos. Finneas tem 22. Jacob tem 25 anos. E existem para proporcionar bons momentos aos que se dispuserem a isso. Abençoadas criaturas.

Todos eles receberam foram contemplados nos Grammy Awards deste ano da graça de 2020.





Até já

3 comentários:

Paulo B disse...

Gosto da Billie mas nos Grammys, registei sim a magnífica performance da Rosalía!

Ps: difícil de arranjar (estão a bloquear os vídeos no YouTube pois o detentor dos direitos não autoriza para Portugal sabe-se lá por quê...). Mas pode ver aqui: https://elpais.com/cultura/2020/01/27/actualidad/1580110895_775332.html

Ps: não aprecio muito o Jacob confesso.

Um Jeito Manso disse...

Paulo, olá

Que não seja por isso. Já viu o que acabei agorinha mesmo de postar? Até pensei escrever 'especialmente para o Paulo, a Rosalía' mas depois temi que os outros Leitores se sentissem excluídos... :)

Nesse vídeo que enviou não gosto da vestimenta dela, é pimba, estraga a qualidade da interpretação. Aliás, acho que ela é fantástica, uma máquina. Mas volta e meia o ar quase vulgar com que se apresenta obriga-me a fazer um esforço de abstracção para não reparar nisso. Mas, na volta, haverá muita gente que acha que faz parte da imagem dela.

Quanto ao Jacob acho-o outra máquina, um furacão de criatividade e ousadia. Mas, pronto, gostos são gostos.

E do Tim Bernardes, o que acha?

Paulo B disse...

Olá UJM!

Que coincidência!! Já escrevi lá em cima! Hahahahaha.
Estou a ler posts em atraso hoje. Que tenho andado atarefado e nem tenho conseguido vir dar o meu passeio à blogosfera.
O Jacob reconheço o talento mas é mesmo uma questão de gosto. Do estilo musical. Sou um bocadinho armado ao snob com a música confesso. Ainda assim pisco o olho ao pop.
Sabe, concordo com essas observações sobre a Rosalía.. aliás, pessoalmente, não aprecio nada nada nada aquele estilo de vestimenta, de unhas, de pinturas. Acho a uma rapariga de feições bonitas mas naqueles trajes pelo contrário! Ainda assim, sendo um bocado contraditório... Por outro lado acho piada. O Flamengo vem de uma cultura muito popular. De uma cultura popular onde a vestimenta, garrida, provocante, de traços exclusivamente femininos, é uma marca inabalável. Está releitura do Flamengo no século XXI também se liga por aí. Sim, é pimba. Horrorendo. mas é um estilo efetivamente adoptado nas classes mais populares e humildes (cá em Portugal isso é bem marcado também, especialmente ali nas cinturas populares do Grande Porto). Vejo-o e tolero (o estilo, pimba) nesse prisma. Afinal, confesso, eu tenho uma boa costela pimba (não tabto em termos de vestuário, mas de apreciar movimentar-me por vezes nesses meios, para praticar o people spoting e o pézinho de dança popular) e não faço grande esforço para a esconder. Hahaha