No meio desta história ridícula há vários aspectos caricatos. Vários. E de um saco de disparates jamais pode sair uma coisa esperta. É que nada nesta história é coerente. Nada.
- A luta dos professores em si pode parecer justa. Mas a seguir haverá a luta dos polícias que, quem achou que a dos professores é justa, não vai ter cara de dizer que a dos polícias é injusta. E a seguir virá a dos enfermeiros e aí, quem usou a palavra dignidade para falar da luta dos professores não vai ter cara para virar a cara aos enfermeiros e achar que não são dignos de solidariedade. E logo, logo, virão os pensionistas e dignidade maior não há que a deles -- e aí como não querer também apoiar a luta deles? E a dos outros todos?
- E a dos silenciosos? Os que trabalham metade (ou mais) do ano para pagar impostos e contribuições e que foram esbulhados de toda a forma e feitio, nomeadamente através de uma sobretaxa que durou para além do admissível e que ainda continuam a pagar mais impostos do que se fossem ladrões a cumprir pena? A esses, o BE e o PCP tratam a pontapé, vão envolvê-los em falsos epítetos e vão virar costas. O costume. Mas o PSD e o CDS? Vão continuar de braço dado com a esquerda -- e com o Mário Nogueira às cavalitas -- e também tratar a classe média a pontapé?
- E quando o País estiver atolado em greves, em crises, em manifestações, em problemas orçamentais de toda a espécie e feitio, o que vão defender o BE, o PCP, o PSD e o CDS? Vão dar um tiro na cabeça e fugir para Espanha? Vão enterrar a cabeça na areia e fazer de conta que não tiveram nada a ver com o assunto? Hipócritas uma vez, hipócritas para todo o sempre, certo...?
- Mas se a esquerda fez o seu papel -- como dizem agora todos os comentadores (e até António Costa lhes deu essa colherinha de chá) --, avançando para esta marcha como uma desmiolada tropa fandanga, confiantes que o chumbo era certo pois o PSD e o CDS iriam manter-se coerentes com os seus programas e princípios e que saíriam da votação como perderdores-vencedores (os que tudo teriam feito para defender a luta dos professores mas que teriam sido derrotados pela infame direita), o que dizer destes dois partidecos de direita, partidecos da treta, PàFs sem vergonha, que, depois de terem quase levado o País ao tapete, vendendo empresas ao desbarato, depois de terem levado o país à pobreza e de terem corrido com os mais jovens, roubado rendimentos de todas as maneiras possíveis e imaginárias, agora viram o bico ao prego e levam em ombros o Jerónimo, a Catarina do BE e o sempiterno Nogueira? É isto compreensível por alguém com memória e dois dedos de testa?
- Não perco tempo a falar da Cristas, essa que assinou de cruz o fim de um banco, essa que vive de 'mandar bocas', essa que aposta na peixeirada e que se está nas tintas para a coerència ou para a honestidade intelectual. Esqueçam a Cristas. Já era.
- Concentro-me, antes, em Rui Rio. Sempre com semblante carregado, como se fosse um poço de virtudes sem paciência para aturar a plebe, como se apenas ele fosse bom de contas e todos os outros uns perdulários, Rui Rio deu o maior passo em falso da sua vida. Dificilmente dará alguma vez um maior. Abriu a gabardina e mostrou o palhaço que se esconde dentro dele. Uma vergonha. Uma vergonha para ele que, a esta hora, deve estar sem saber como sair desta. Aliás, qual corno manso, ainda deve estar a tentar perceber como se meteu nesta e, intrigado, a tentar adivinhar quem é que o traíu ou de quem é a culpa. Vergonha também para todos os correlegionários que não se revêem na linha galinha-rangélica. Vergonha para todos os que ainda sonham com a mirífica possibilidade de o PSD voltar um dia a ser um partido respeitável. Vergonha. Vergonha pura e dura. E fúria -- porque com coisas destas nunca mais haverá lugares para ninguém, nunca mais será sábado.
- E, no meio disto tudo, Marcelo?
Marcelo, o jogador, o fazedor de cenários, Marcelo, o omnipresente comentador, Marcelo, o efervescente, Marcelo, o que detesta águas paradas, Marcelo, o que adora o protagonismo, Marcelo que mostrou que a caixa de Pandora podia ser destapada, Marcelo que devolveu a caixinha mal fechada com uma piscadela e um post-it a dizer 'não querem ser criativos? não querem abrir a caixinha a ver o que sai de lá?' -- o que vai ele fazer?
Pois bem. Marcelo vai querer sair bem desta ópera bufa da qual nem ele nem os quatro da vida airada, os mesmos que voltaram a ir para a cama num bacanal inconsequente e ridículo, sairão bem.
Mas com o Jerónimo, a Catarina do BE e a Cristas não se peocupa ele muito, sabe que saberão inventar desculpas ou que são cartas a caminho de ficarem fora do baralho. Agora o pobre do Rio? Esse pé que não sabe dançar nem sair da pista...? A esse há que dar uma ajuda senão afogar-se-á porque já provou à saciedade que não sabe nadar. Por isso, imagino que a esta hora Marcelo estará a ver como safar o Rio da barracada em que o PSD se envolveu, limpando ao mesmo tempo a barra do PSD e a dele, o totó de serviço que se viu ultrapassado pela força da estapafúrdia maré rangélica e daquela bancada que não tem eira nem beira. O óbvio seria convencê-lo a desandar. Mas claro que nesta altura do campeonato, com as eleições à porta, líder que se preze não pode demitir-se. Claro que Rui Rio é manga de alpaca, não é líder coisa nenhuma, quanto mais líder que se preze. Portanto, a bem da verdade, mais Rio, menos Rio, o PSD é um desastre e aguenta-se não pelo Rio mas pelas bases que não desandam enquanto alimentarem a esperança de voltarem aos seus postos de caciques e baronetes. Agora que seria mais uma barraquinha o Rio sair, lá isso seria.
Mas Marcelo é um mestre, um encenador de primeira. E, no meio de todo o frisson, penso que genuinamente gosta do País. Pode volta e meia deixar-se entusiasmar pelos enredos e dar uns passos duvidosos mas, no fundo, no fundo, não quer ficar mal para a História e, portanto, tudo fará para que a credibilidade do País não se estatele e para que a porta para o populismo não fique escancarada. Ele que abriu a porta a esta cegada, ele a fechará. Saberá fazê-lo.
Mas ficarão feridas sérias desta macacada. Os quatro partidos que deram o braço para esta suruba chunga sairão molestados nas próximas eleições. Os portugueses não são burros, não gostam de ver pornografia de quinta categoria.
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PS: E não vale a pena dizerem, os quatro da vida airada mais os comentadores avençados, que o pré-anúncio de demissão do Governo é coisa do Costa para disfarçar que a campanha às europeias não estava a correr bem, Enganam-se. Enganam-se muito. Pedro Marques é um bom candidato, uma pessoa honesta, competente, humilde, trabalhadora, uma pessoa de bem. Toda a política fosse feita por pessoas como ele e o mundo seria um lugar bom para se viver. Enganam-se os comentadores e os políticos de meia tigela se acham que os portugueses preferem os palhaços, os penteadinhos de cabeça vazia ou os pintarolas. Enganam-se. Pedro Marques vai mostrar que o PS fez uma belíssima escolha.
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Quanto ao resto, thanks God it´s friday.
23 comentários:
O pensador Marcelo meteu o pé na argola e agora vai querer alijar responsabilidades,nunca me enganou, um calculista e quem não o conhecer que o compre,
iremos ver descalçar esta bota não será fácil e o Rio de virtudes irá ser rodeado pelos lobos do seu partido.
O flick-flack da Direita é daqueles fenómenos totalmente possíveis com gente trambiqueira, a achar que tudo o que sejam golpes de asa é para avançar.
Aquela possidónia cristaleira é de trepar paredes, já o Rio vem com aquela de moderado, mas na hora H será política neoliberal da boa.
A Esqueda PC-BE sempre em defesa dos seus meninos diletos, sempre a propiciar o ambiente para que apareça outro coelho a culpar os Funcionários Públicos dos males do país. O sol quando nasce deve ser para todos e não para alguns, mas os defensores dos trabalhadores parecem ir mais pela última...
E que levem todos nas orelhas!
Um rico fim-de-semana.
A visão, não direi periférica, que a UJM faz da problemática só não é absolutamente abrangente e assertiva - como de resto é apanágio desta casa que eu gosto imenso de visitar - porque se demite de referir o "pormenor" do aproveitamento politico que no fundo António Costa acaba por fazer desta situação. Pormenor esse que, refira-se, no futuro muito próximo pode fazer toda a diferença na definição politica deste país. Oxalá faça. Ou então continuaremos à mercê de uma máquina parlamentar desatinada.
Votos de um magnifico fim-de-semana.
O que vai para aí ! Afinal não foi o PC e logo depois o BE, que deram a papinha ao Sr. Costa e aos socialistas para saírem da banca rôta onde estavam em 2016... e lhe deram o poleiro para fazerem estes jantares de luxo que agora ostentam ? Mais um pouco de gratidão por favor!
O Costa fez muito bem em dizer que se demite!
A Geringonça terminou quando se aprovou o orçamento de 2019.
De futuro só haverá greves para desestabilizar o governo, ver que os gajos das gasolinas já estão a preparar outra greve para grande gozo do PSD/CDS...e outros que agora não recordo.
Assim, o melhor é cortar-lhes o piu e ir para eleições e o Nogueira/PSD que se aguentem!
Golpe de teatro. Uma crise parida da vontade de ter maioria absoluta. Costa cada vez mais manipulador e mentiroso.
https://www.dn.pt/poder/interior/as-imprecisoes-e-incoerencias-na-declaracao-de-antonio-costa-10861752.html
https://expresso.pt/dossies/diario/2019-05-03-Progressoes-dos-professores-nao-ameacam-defice-zero-de-Centeno-2?fbclid=IwAR2KiZWR9JKXlf0lOlEmQY1k4LPdtbc9oMJUldykFfK451nk1Ietj0OSZh4
👍
Regressado de uma viagem por este espantoso País que é o nosso, por razões de trabalho e de lazer (nada como combinar ambas as coisas!), o tal País real que “Lisboa” (ou seja, o Poder Político) ignora e de algum modo despreza – lamentavelmente, volto a visitar este Blogue e o que me cai em cima? Uma “militante fundamentalista do PS” – UJM – vociferando umas tantas catilinárias contra quem esteve contra o "pobre” do nosso “benquisto” PM. António Costa é um “tratante político”, pelo menos assim se revelou, com esta encenação patética, teatral e miserável, da ameaça de demissão (não me vou dar ao trabalho de explanar as razões, visto muitos e variados outros o já terem feito). UJM, aconselho-a – vivamente – a ler o excelente artigo, no Expresso On-Line, de Daniel Oliveira sobre o assunto, a peça de teatro montada pelo dito Costa. Vale a pena! E ajuda a reflectir. Minha cara UJM, o seu “militantismo Socialista” – que é um direito seu, sem dúvida alguma, cada um defende e pugna politicamente por quem bem entende num Estado Democrático e de Direito – acaba por, em determinadas ocasiões, como esta, toldar de algum modo a sua capacidade de avaliação de determinadas situações sócio-economico-políticas. E, pior, é a sua agressividade, contra quem tem posições diferentes das suas, como, por exemplo, e cito, quando refere : “Detesto gente fingida. Fingidos e falhos de inteligência. Como se a malta não farejasse gente fingida a léguas...Ó demagogos. Ó demagogos. O eleitorado não vos perdoará.Estão-se nas tintas para o país, nas tintas para a verdade, para a honestidade intelectual.”
Haja calma e mais serenidade, estimada UJM. E, sobretudo, saber ler nas entrelinhas políticas. Costa não é nenhuma virgem ofendida, mas alguém para quem a Política é tudo o que lhe importa, face às suas (legítimas) ambições. Para Costa, primeiro estão os seus interesses políticos, só depois o País.
Não acredito – nem por um só segundo – que António Costa venha a beneficiar eleitoralmente desta encenação que criou – pelo menos em grande parte. Oxalá assim seja!
Por fim, quanto ao PR, sinceramente, só espero que tenha uma postura de Estado e simplesmente se decida pela não-aceitação da demissão teatral de Costa e o obrigue a ficar a gerir o País até ao dia 6 de Outubro, a data já previamente agendada para as Eleições Legislativas. Optar pelo contrário seria, a todos os títulos, um mau sinal.
Como quando viajo me dou muito pouco ao trabalho de ver as notícias, foi com total surpresa que, na Sexta-Feira, ontem, dou comigo com esta fantochada de crise política artificial.
Cada vez mais me chateia a porcaria da Política de vão de escada, que se vai instalando no nosso pacato Rectângulo à beira- mar plantado. Como é o caso desta pantominisse a que se assiste.
Cordialidade,
P.Rufino
PS: só um “aparte: como é que alguém pode votar nessa criatura que dá pelo nome de Pedro Marques, para o P.E, a 26 deste mês? !! E então, sabendo da triste e lamentável figura que o indíviduo teve, no aeroporto em Bruxelas, aqui há uns tempo, segundo um familiar nossa que a isso assistiu! Um Diabo que o carregue!
Bom fim de semana, UJM!
Olá Luís,
Também acho que Marcelo abriu a porta a esta complicação. E também acho que ele, volta e meia, se excede mas, do que lhe tenho visto, apesar de a natureza dele tender a ser a de um manipulador, acredito que gosta bastante do País e dos Portugueses. Tem demonstrado que gosta. E também precisa muito que gostem dele. Por isso, volta e meia, roça o populismo. Mas é inteligente e como quer ficar bem na fotografia, penso que, no cômputo geral, tem tido um bom desempenho e tudo fará para que não haja barracada da grossa e que tudo acabe em bem. E se acabar em bem, está bem.
Obrigada pelo seu comentário, Luís.
Olá Francisco,
Toda a razão. A direita com os seus Flic-flac à rectaguarda desta vez, e mais uma vez, deu nisto: acabaram no colo das esquerdas e sindicatos da CGTP. E agora ó tio, ó tio. Uns porque sim, outros porque não, e agora, não sabendo que mais dizer, culpam o Costa.
Acredito que isto vai passar, que o Marcelo vai deslindar forma de dar a volta ao texto e disto passar à história e que não tarda já anda tudo a falar noutra coisa.
e o fim de semana está uma maravilha, um sol e um calorzinho de dar gosto.
Um bom domingo, Francisco.
Olá Impontual,
Eem primeiro lugar: fiquei contente por sabê-lo por cá. Até me arrependi por andar com estes temas e não a escrever umas coisas a fazer pendant com as suas, sempre tão mais interessantes do que estas cenas macacas da baixa política.
E sim, não tinha falado na forma como o Costa reagiu mas, para colmatar a falha, já escrevi agora um post em que abordo isso.
Sabe o que lhe digo? Não há muitos estadistas na política portuguesa actual e isso é uma chatice. E os que são estadistas são olhados pelos outros com desconfiança, como se fossem perigosos.
Tirando isso, muito obrigada pelas palavras tão simpáticas.
Um bom domingo neste verão avant la lettre (que é como quem diz).
Olá Anónimo/a da 'papinha',
Mas conte-me coisas... Então o BE e o PCP deram papinha ao Costa e ao PS...? Foi? E eu a pensar que se tinham unido, patrioticamente, para em conjunto com o PS, ajudarem o País a sair da austeridade que estava a deixar o País na maior penúria.
Afinal foi isso, acham que estiveram a ajudar o PS...? Ora bolas.
E essa dos jantares é o quê? Não sei do que fala porque não frequento. Estará a falar de jantares de militantes, pagos pelos militantes?
é que se é isso, coisa mais feia a sua... andar a deitar olho gordo ao que os outros comem...
E acha que se os do PS põem mais comida no prato, o devem à ajuda do PCP e do BE...? A sério que acha isso? Não acredito.
É que, se acha, olhe que fico desiludida consigo.
Não quer reconsiderar...? Vá lá. Nem que seja só para eu ficar com melhor impressão de si... Pode ser?
Vá lá... :)
Bom domingo!
Olá Anónimo/a da Geringonça
Sabe que não concordo? Acho que a Geringonça ainda não acabou. Acho que o PCP e o BE andam nervosos e isso é natural pois não deve ser fácil fazerem campanha eleitoral. Se dizem bem do que se passa, podem ser vistos como irrelevantes face ao eleitorado; se dizem mal, parecem incoerentes e correm o risco de armar crises. Portanto, admito que, não sendo fácil o equilíbrio, volta e meia aconteçam arrufos.
Desta vez o arrufo foi mais um rufar de tambores mas acredito que a coisase vai ultrapassar e que o PCP e o BE vão reflectir bem no que aconteceu.
Como o meu coração bate à esquerda, gostaria de pensar que vamos continuar a ter um Governo apoiado por políticas humanistas e sociais com a marca da esquerda democrática e moderna.
Mas isto sou eu a falar (com alguma dose de optimismo...)
Um bom domingo!
Olá Anónimo/a do Golpe de Teatro,
Não concordo consigo. Não foi um golpe de teatro, foi, isso sim, um 'abre olhos', um alerta e, de certa forma, um murro na mesa.
Escrevi agora um post sobre isso.
Li o artigo de que enviou o link, que agradeço. Tratando-se de matéria complexa, é sempre possível encontrar um aspecto em que alguém se pronuncia de forma a que outro alguém se agarre à letra e encontre uma discrepância. E nem toda a gente está por dentro dos meandros e é fácil que, quem não o esteja, faça leituras desencontradas ou julgue encontrar imprecisões. Do que li no artigo não vi nada que contrarie a razão do que António Costa e Mário Centeno disseram.
O que está em jogo é a equidade entre todos os portugueses que sofreram cortes de rendimentos (eu, por exemplo, ganho, em termos líquidos, menos do que ganhava há alguns anos) e, também, o equilíbrio das contas públicas. O dinheiro não cai do céu.
E não preciso de analisar pontos e vírgulas para tomar uma posição pois tomo-a com base em princípios.
Mas, embora não concorde consigo, agradeço o seu comentário e a sua presença aí desse lado.
Um bom domingo!
Anónimo/a do Défice Zero
É o que já disse nos comentários acima: não é uma questão de ser mais 300, 500 ou 600 ou 1.000 milhões por anos (porque quando forem repostas as situações de professores, enfermeiros, polícias, médicos, auxiliares, pensionistas, contribuintes, etc a coisa vai chegar a um número assustador): é uma questão de que o dinheiro não cai do céu. De cada vez que se der mais, tem que se ir buscar mais e já chega de aumentar impostos e já chega de não ter onde ir buscar para fazer face a compromissos. E é uma questão de equidade.
A crise foi uma coisa horrível para todos os que a sofreram. Mas aconteceu. Repor tudo para fazer de conta que não existiu ainda não é possível e, quando for, tem que ser para todos.
Um bom domingo!
Oi Maria Santana!
Thanks a lot pelo dedinho para cima. Andei à procura do emoji para o high-five mas só me apareceram umas mãos que pareciam a rezar e... podia não se perceber a lógica.
E vamos esperar que este filme acabe em bem.
Um belo domingo para si!
P. Rufino,
Percebi bem quando disse que 'lamentavelmente' visitou o blog? Mas não visitou porque quis?
E acha que eu sou agressiva quando, no meu blog (ou seja, na minha casa), me insurjo contra gente demagõgica, fingida ou hipócrita? Mas deveria ficar-lhes agradecida? O que me aconselha? Que perante gente assim fique passiva? Ora, ora, P. Rufino, sabe bem que isso não faz o meu género.
Mas, já agora, pense comigo: se eu sou agressiva nessas circunstâncias, o que dizer de si, que vem ao meu blog (ou seja, a minha casa) dizer que sou agressiva, que sou fundamentalista socialista (NB: não sou fundamentalista nem sou militante socialista) ou dizer que a minha capacidade de avaliação está toldada? Parece-lhe simpático isso? olhe que não sei, não.
E li e ouvi o Daniel Oliveira, sim senhor: ele não defende o que o PCP e o BE defenderam (e que agora já não os ouço a defenderem). O que ele ficou foi passado por o PSD e o CDS se terem colado à esquerda, fazendo com que uma coisa que o BE e o PCP pensaram que ia ser chumbada afinal afinal passasse. E, perante o inesperado e ridículo da coisa, ficou abananado e apanhado em falso. Ouvi-o e vi como estava furioso
E como, atrapalhados e ridicularizados, não sabem agora o que dizer, atiram-se ao Costa. Como se fosse possível que o Costa se deitasse no chão, a fazer-se de morto, para o Nogueira, o BE, o PCP, o PSD e o CDS passarem por cima.
Quanto ao que se passou, elucido-o, já que me parece que está como o Rui Rio, a falar do que afinal não sabe: o Costa não se demitiu. Avisou foi que se demitiria se, na votação final, a reposição integral fosse aprovada. Portanto, esteja sereno: ainda temos Governo e ainda ninguém apresentou a demissão.
E reitero: o Pedro Marques é trabalhador, leal, honesto, sério, humilde, competente, foi um bom secretário de estado, um bom ministro e será, de certeza, um bom deputado europeu. E, apesar da opinião da sua familiar (que talvez até o tenha confundido com outra pessoa), mantenho: tomara que todos os candidatos fossem assim.
Para terminar: se lamenta vir aqui e se fica tão incomodado com o que eu escrevo, por favor, não se sinta obrigado a vir. Venha apenas se lhe der gosto. Não quero ter cá ninguém à força, a fazer sacrifícios, a sofrer.
Um bom domingo, P. Rufino.
P. Rufino,
Percebi bem quando disse que 'lamentavelmente' visitou o blog? Mas não visitou porque quis?
E acha que eu sou agressiva quando, no meu blog (ou seja, na minha casa), me insurjo contra gente demagõgica, fingida ou hipócrita? Mas deveria ficar-lhes agradecida? O que me aconselha? Que perante gente assim fique passiva? Ora, ora, P. Rufino, sabe bem que isso não faz o meu género.
Mas, já agora, pense comigo: se eu sou agressiva nessas circunstâncias, o que dizer de si, que vem ao meu blog (ou seja, a minha casa) dizer que sou agressiva, que sou fundamentalista socialista (NB: não sou fundamentalista nem sou militante socialista) ou dizer que a minha capacidade de avaliação está toldada? Parece-lhe simpático isso? olhe que não sei, não.
E li e ouvi o Daniel Oliveira, sim senhor: ele não defende o que o PCP e o BE defenderam (e que agora já não os ouço a defenderem). O que ele ficou foi passado por o PSD e o CDS se terem colado à esquerda, fazendo com que uma coisa que o BE e o PCP pensaram que ia ser chumbada afinal afinal passasse. E, perante o inesperado e ridículo da coisa, ficou abananado e apanhado em falso. Ouvi-o e vi como estava furioso
E como, atrapalhados e ridicularizados, não sabem agora o que dizer, atiram-se ao Costa. Como se fosse possível que o Costa se deitasse no chão, a fazer-se de morto, para o Nogueira, o BE, o PCP, o PSD e o CDS passarem por cima.
Quanto ao que se passou, elucido-o, já que me parece que está como o Rui Rio, a falar do que afinal não sabe: o Costa não se demitiu. Avisou foi que se demitiria se, na votação final, a reposição integral fosse aprovada. Portanto, esteja sereno: ainda temos Governo e ainda ninguém apresentou a demissão.
E reitero: o Pedro Marques é trabalhador, leal, honesto, sério, humilde, competente, foi um bom secretário de estado, um bom ministro e será, de certeza, um bom deputado europeu. E, apesar da opinião da sua familiar (que talvez até o tenha confundido com outra pessoa), mantenho: tomara que todos os candidatos fossem assim.
Para terminar: se lamenta vir aqui e se fica tão incomodado com o que eu escrevo, por favor, não se sinta obrigado a vir. Venha apenas se lhe der gosto. Não quero ter cá ninguém à força, a fazer sacrifícios, a sofrer.
Um bom domingo, P. Rufino.
Pois eu apoio tudo o que disse UJM,sou uma leitora assídua deste blogue os seus comentários e as fotos que os acompanham enchem-me a alma, temos algo em comum na maneira de ser frontalidade e irreverência, não passo um dia sem a visitar, bem aja e um feliz dia da mãe.
Engano. Lamentavelmente era a posição do(s) Governos em Lisboa. Uma vígula a menos e assim se dá um equivoco. As minhas desculpas.
Não se irrite, embora as minhas palavras a tenham legitimamamente incomodado. Talvez me tenha excedido. Continuo a ter as maior consideração e respeito por si.
E deste modo, sentindo-se ofendidada pelo que escrevi, nesta sua casa, ficam as minhas desculpas por ter ficado justificadamente incomodada.
Só um pequeno esclarecimento: embora tenha deixado de simpatizar com o PS/Costa, não fui cair nos braços fofos de Carina Martins. Hoje, dificilmente me revejo no actual quadro parlamentar, embora respeite aquela instituição e a Democracia Perlamentar.
Às vezes, sou demasiado duro na apreciação política, sobretudo com estas últimas tomadas de atitude. Mas, aceito e aprecio a sua forte reacção, aquilo que escrevo/i. UJM, você tem uma garra e uma personalidade espantosa! Gosto de pessoas assim. Sem tibiezas.
Um bom Domingo (Dia da Mãe).
Com elevada consideração,
Renovo as minhas desculpas pelo excessivo das minhas palavras,
P.Rufino
o Sr. P.Rufino ao renomear as pessoas desta maneira ainda vai acabar por chamar carente á Catarina e nogeira ao seu protegido da fenprof. ��
Caro anónimo/a, começo por, se me permite, fazer uma pequena correcção: em vez de á, dever-se-á escrever, à. Quanto à Catarina Martins, tenho a maior consideração por ela – politicamente falando. Só discordo das algumas das suas, do BE, defesas de causas que nada me dizem, as tais “fracturantes”. De resto, a Coordenadora do BE merece-me mais consideração do que este teatral PM, isto para pôr as coisas claras como água, visto eu ser um tipo frontal e não temer dizer quer o que penso, quer o que defendo. Todavia, e por paradoxo que (lhe) possa, eventualmente, parecer, coloco a Catarina Martins e o seu BE num patamar político, digamos, tipo Centro-Esquerda (com o PS do Sr. Costa ao Centro). O que não me satisfaz. Daí não saber onde e em quem ir votar em Outubro. Ainda acabo por ir de férias e assim justifico a minha abstenção. Quanto ao rapaz Nogueira, faz o que tem de fazer, é isso que lhe compete fazer, como já outros Leitores deste Blogue, oportunamente, assim o expressaram. Naturalmente, que uma reivindicação deste tipo, a ser aceite – e independentemente da paródia da ameaça demissão do PM – implicaria outras tantas reivindicações de diversas classe profissionais, o que seria catastrófico para a estabilidade financeira do País. Teria sido melhor este “extraordinário” PM (e o seu adjunto, o MF) terem optado, com toda a habilidade política, procurado explicar isso mesmo ao tal Sr. Nogueira, sem agressividade. Não sei se o fizeram. Pelo menos, tal não transpareceu cá para fora. Sabe, sinceramente, a mim preocupa-me muito mais aquilo que os contribuintes, como você e eu, temos de pagar para sustentar uma Banca corrupta, ou com as rendas pagas à EDP (que agora quer vender as – nossas – Barragens) uma cambada do pior, ou com o apoio escandaloso às escolas do Ensino Privado (em vez de investir mais no Público), ou com e desleixo dos hospitais públicos (há 3 dias atrás, um amigo nosso esteve 2 noites num corredor do H.Santa Maria!), ou com a promiscuidade económica-política entre o Estado e o Poder Político (traficâncias de influências, na A.R, Governo, CM, etc), ou com o apoio financeiro do Estado às Universidades Católicas (7,5 Milhões de Euros anuais) a par de elas não pagarem impostos (apesar de auferirem 68 milhões de Euros de lucros!), da prática de salários baixos na maioria do sector privado, do esquecimento político em que se encontra o Interior do País (e só não é maior graças à acção de muitas CM) e a lista é longa, cara anónima/o, para justificar eu não gostar de gente como Passos, Portas - e Costa. Para mim, um governo que apoia uma Banca falida (corrupta), que no nosso caso implicou milhões que tiveram impacto no PIB, é um governo que não me merece respeito. No caso, ao entrar com dinheiro dos contribuintes, o Estado deveria ficar com a fatia correspondente nesse Banco. “As simple as that!”
Tenha uma uma semana!
P.Rufino
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