sábado, maio 04, 2019

Ó Louçã! Ó Catarina! Ó Jerónimo! Ó vocês todos, demagogos! Ainda não aprenderam a lição?
Então juntaram-se outra vez à direita, aos caceteiros, aos 'bota-abaixo e o povo que se lixe' e agora, que fizeram porcaria, ainda nos aparecem a armarem-se em virgens ofendidas e a culparem o Costa?
Ó pá, vão dar banho ao cão. Tenham vergonha na cara.
E outra coisa: vou ficar à espera que passem também a taxa extraordinária para cá! Ou vocês só andam a reboque do Nogueira?
Ó pá, vão gozar com a prima (com a vossa, não com a minha)


Mas talvez lhes saia o tiro pela culatra
porque a malta não é tão idiota quanto eles pensam
O Louçã, na televisão -- ar de sacerdote fundamentalista travestido de maquiavel de trazer por casa, amestrador-mor de gambozinos -- insinua que a culpa disto é do Costa.

Porque é que não defende a macacada que fizeram? Está bem, está. Sobre isso, 'tá quieto. Caladinho.

Saíu-lhes o tiro pela culatra. Pensavam que o Rio e a Cristas tinham coluna vertebral e iriam vetar aquilo e, ao verem que aquela gente não tem vergonha na cara e se juntou a eles, agora é como se o tema tivesse peçonha, nem tocam na ideia. Agora a conversa é só desvalorizar a reacção do Costa. Como se o Costa é que tivesse causado esta barracada toda. Uma vergonha.

Gente assim, que se move no teatro da baixa política, gente que se move por entre a hipocrisia encartada, dá cabo da política. Gente assim abre as portas ao populismo. 

Já antes tinha ouvido a Catarina (a do BE) a defender, com voz de beata, muito mansinha, de fininho, que a ideia é boa, que a exigência do Nogueira é justa, que devemos fazer a vontade aos professores, e que é bom ter os professores contentes e patati-patatá, toda sorrisinho sonso na voz, toda a fingir-se de moderada.

Detesto gente fingida. Fingidos e falhos de inteligência. Como se a malta não farejasse gente fingida a léguas...

E eu, ao ouvi-la, sinto ânsias: mas, ó Dona Catarina do Bloco, então e os enfermeiros? E os médicos? E os auxiliares? E os das estradas? E os dos comboios? E os polícias? E os juízes? E os funcionários do fisco? E os da recolha do lixo? E os pensionistas? E os das empresas privadas que levaram cortes nos ordenados? E os que levaram com taxas extraordinárias em cima? E os que foram para o desemprego? E os que tiveram que emigrar? E esses todos, ó seus demagogos? Esses não merecem ter tratados com 'dignidade'? Porquê? Então esses são cidadãos de quinta? Esses não entram na vossa demagógica equação?! 

Uma hipócrita, uma demagoga, esta Catarina. Este Louçã. Gente que aposta na ignorância de quem os ouve. Gente que na maior inconsciência e despudor se amanceba com a direita mais hipócrita e desavergonhada.

Ó demagogos. Ó demagogos. O eleitorado não vos perdoará.

E o Jerónimo? Também com a mesma conversa demagógica, também como se não soubesse que, se fizerem a vontade aos professores, terão que fazer a vontade ao resto do país. Sonso, este Jerónimo, sonso. E também como se a culpa fosse do Costa. De braço dado com o Rio, de braço dado com a Cristas -- uma vez mais -- e depois ainda com a lata de culpar o Costa.  Uma vergonha. Imperdoável. Estão-se nas tintas para o país, nas tintas para a verdade, para a honestidade intelectual. Nas tintas. O que os move, na hora da verdade, é a baderna a reboque da CGTP.

Mais um episódio triste e injustificável, tudo isto*

E já cá volto para falar do Rio e da Cristas.


* E só não me enfureço mais porque estou convencida que o Prof. Marcelo -- que também ajudou a que este lindo caldinho se formasse e que não vai querer ficar com uma macacada destas no seu CV -- há-de arranjar uma maneira airosa do país sair disto.

1 comentário:

separatista-50-50 disse...

O prof. Pedro Cosme teve a coragem de dizer o óbvio [ http://economicofinanceiro.blogspot.com/2018/09/o-problema-dos-imigrantes-e-refugiados.html ]:
- são muitos os funcionários públicos (entre muito outro pessoal) que se consideram elite do sistema!
---»»» A elite deste sistema que fique com a sua mão-de-obra servil ao desbarato, mas que não chateie os povos autóctones que procuram sobreviver pacatamente no planeta: leia-se separatismo-50-50.
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Ao mesmo tempo que reivindica para si regalias acima da média (trata-se de pessoal que está num patamar acima da mão-de-obra servil) a elite deste sistema quer ter ao seu dispor mão-de-obra servil ao desbarato.
-» Mais, pululam por aí muitos investidores da mesma laia dos construtores de caravelas: reclamam que os seus investimentos precisam de muita mão-de-obra servil para poderem ser rentabilizados.
-» Mais, a elite deste sistema em conluio com a alta finança (lucram milhares de milhões em especulação financeira) e em conluio com migrantes que se consideram seres superiores no caos... não falam na introdução da Taxa-Tobin como forma de ajudar os mais pobres... querem é que a ajuda aos mais pobres seja feita através da degradação das condições de trabalho da mão-de-obra servil.