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O meu pai é um reaccionário porque não gosta de peixe frito do povo e ralha com a minha mãe. Ele é que é um burguês pequeno mas diz que Carnaval da Vitória é um burguês. Por isso lhe quer matar só por causa de comer a carne. Carnaval da Vitória é revolucionário porque quando meu pai bateu em mim e no meu irmão Zeca ele lhe quis morder. Nós não vamos deixar matar Carnaval da Vitória porque a luta continua e o responsável da comissão de moradores não sabe as palavras de ordem que os pioneiros é que lhe ensinam. E a camarada professora é muito boa porque deixa fazer redacções que a gente quer e até trouxe na escola o primo dela Felipe que veio tocar viola dentro da nossa sala.
Ruca Diogo
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Antes do Seckou Keita a tocar Mikhi Nathan Mu Toma, o que se viu foi um excerto de 'quem me dera ser onda' de Manuel Rui, a incrível paixão de dois miúdos sonhadores por um porquinho numa Luanda em guerra (e que tem na capa uma daquelas ondas a la Malomil)
A fotografia do porquinho a enfeitar o texto é, obviamente, coisa minha: como é sabido padeço de pyctorica aguda pelo que post sem imagens é coisa rara, só acontece quando receio ferir a sensibilidade ocular de algum supositício esteta.
NB: Só aqui # links = 3 (lá está: mereceram)
NB: Só aqui # links = 3 (lá está: mereceram)
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Já é coisa datada, coisa muito do blogo-fricote e, pior, tão déjà-visto que não se aguenta, mas, para quem esteja virado para o registo Maria, queres saber das últimas fofocas no eremitério?, permito-me sugerir o post abaixo, de seu nome Faz de conta que é uma tentativa light de exercício de restauração da homeostasia no egossistema de uma ignorante birrenta [Por uma vez sem exuberância pictórica]
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