quarta-feira, janeiro 17, 2018

Brinquedos sexuais para todos
(e não só para avozinhas: esta brincadeirinha pode ser feita em reuniões de amigos de todas as idades, credos, géneros e condições sociais)


Pronto. Reconheço. Hoje estou que não me recomendo. Nem sei porque será. O dia foi normal. Não fui atacada pelos rottweilers do costume, não inalei hélio, não vi nenhuma intervenção do futuro ex-saudoso Hugalex, não fui perturbada por nenhuma toilette neo-realista da Judite Sousa -- nada. Um dia normalíssimo.

O único momento que foi diferente, não propriamente poltergeist mas quase, foi quando, assistindo ao telejornal da rtp2, vi a Cristina Azevedo que, na qualidade de comentadora, nos apareceu encarnando a persona de Rui Rio. Falava na primeira pessoa como se fosse Rui Rio, respondia como se fosse ele, conhecia-lhe os pensamentos mais profundos, fazia inflexões de voz como se estivesse a exprimir a estratégia dele. Era o corpo da Cristina Azevedo mas possuída pelo espírito do Rui Rio. Um clone de Rui Rio com cabelo armado e corpo de mulher algo empertigada. Uma coisa algo estranha.

Mas não sei se foi isso que me deixou assim.

Também vi o Miguel Esteves Cardoso com o Bruno Nogueira e a Rita Blanco e foi aquela conversa solta, divertida, de sempre. Apenas um bocado estranha quando a Rita Blanco se exaltou contra incertos a propósito da educação que hoje já não é como era. Não sei se estava a comparar com o tempo dela mas, do que me lembro, não sei se nessa altura era assim tão melhor do que é hoje. Talvez estivesse a referir-se à educação no tempo da Maria Cachucha que aí, sim, parece que aí é que era mesmo boa. Era boa a educação, era boa a convivência e parece que era boa a própria Maria Cachucha. Para quem apreciava o género, claro.

Mas também não sei se foi isso que me deixou assim.

Assim: com vontade de me armar em prof. 

Ou seja, aqui me têm sem pecado e sem inocência: uma coisa na base Fräulein UJM ensina.


Há bocado foi uma aulinha prática de como não comer uma banana. Agora é uma aulinha prática de como se usam alguns brinquedinhos sexuais (e, atenção, nada de associações de ideias mal intencionadas que este é um blog de família).

Atendendo a que os meus leitores mais jovens já sabem tudo o que há para saber e que os velhinhos acabados (e as velhinhas também, claro!) já sabem até demais, este meu post destina-se aos Leitores de meia idade e de ambos os sexos. Para isso, apresento-vos um vídeo em que os intervenientes são de meia idade (mas uma meia-idade um bocado para o avançado e no feminino). Avozinhas.
Mas, se faz favor, concedam-me: avozinhas com idade quase para serem minhas avós. 
E nada de se assanharem comigo: sou míope, já o disse. Mais: poupo-me a desgostos. Ou seja, só me vejo ao espelho de vez em quando e é sempre de longe.
Adiante. O vídeo não está legendado mas é o que há. Quem não compreender, pode sempre arranjar um brinquedo daqueles e tentar perceber para que serve. Do que vi, alguns devem funcionar a pilhas (ou serão de dar corda?) e podem servir apenas para serem apreciados do ponto de vista lúdico e isto porque, como verão no vídeo, fazem gracinhas.

Quando eu era pequena, tinha um caozinho pequenino de peluche em que se dava corda e ele desatava a andar freneticamente e a dar à cabecinha, muito engraçado. Se calhar alguns destes toys são também assim -- e é bom que sejam porque brinquedos a pilhas são uma maçada.

Mas, enfim. Neste caso, o intuito da aula é o seguinte programa: ver os instrumentos, fotografá-los e ir a uma loja da especialidade adquiri-los. Na próxima reunião de família ou de amigos, reproduzir o que aqui abaixo se vê. Uma espécie de jogo de tabuleiro mas em 3D. Vão-se tirando objectos de um saco, põem-se em cima da mesa e os convidados devem adivinhar para que servem. Quem quiser pode exemplificar para que os que são de compreensão lenta consigam perceber. Há sempre quem precise de ver o boneco para chegar lá.

Até podia ser o ponto alto de um debate televisivo. No fim, qual factor-surpresa, a Ana Lourenço, com aquele seu ar levemente alienado, desatava testar os conhecimentos dos seus comentadores. Imagine-se, por exemplo, Manuela Ferreira Leite e Hugalex Soares de um lado, Mariana Mortágua e Francisco Assis do outro. Por exemplo, repito. Funcionaria bem com quaisquer outros. Penso que haveria um pico de audiência como jamais antes (e já sabem, jamais lido à francesa de Alcochete: jamé)

Ora vejamos, então, como se joga este jogo. 
Aqui foram as avozinhas que se reuniram para o jogar, enquanto aproveitavam para fazer confidências.


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E queiram, agora, descer para a aula prática que Madame Bobone ainda não leccionou:

[No pun intended]

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