Há uns anos, um conhecido meu falou-me que tinha estado em casa de um empresário endinheirado que tinha contratado uma artista plástica para lhe fazer uma peça artística com gravatas. Segundo me contou, era uma coisa com as muitas gravatas dele e com uma ventoinha por trás. As gravatas ondulavam com o ventinho. A autora de tão inspirada peça de arte chamava-se Joana Vasconcelos. Foi a primeira vez que ouvi falar dela.
Tempos depois começou a ser conhecida. O sapato alto com os tachos, o candelabro com tampões, o coração com talheres de plástico. Alguma graça. Depois viciou-se no género e tudo passou a ser espalhafatoso. A seguir o crochet. Muitas mulheres a fazerem crochet com lãs, os bocados unidos, coisas cobertas de crochet.
Para mim a obra dela tornou-se algo repetitiva e parecia-me que, às tantas, já só estava a trabalhar para a espectacularidade -- mas, enfim, era o que era. E se escrevo no passado é porque deixei de prestar atenção, não sei o que tem ela andado a fazer.
Para mim a obra dela tornou-se algo repetitiva e parecia-me que, às tantas, já só estava a trabalhar para a espectacularidade -- mas, enfim, era o que era. E se escrevo no passado é porque deixei de prestar atenção, não sei o que tem ela andado a fazer.
Pois bem. Agora, para meu espanto, sei de uma outra artista que desde há muitos anos faz coisas assim. Fui conferir e ainda mais pasmada fiquei. Se não estivesse a ver que era a tal Agata Oleksiak (aka Olek) a autora, juraria que era coisa da Joana Vasconcelos.
Caneco. Sou leiga e mais do que leiga nestas coisas mas, na minha mais pura leiguice, diria que uma plagia a outra. Ou então é daquelas coincidências do caraças. Até o processo é o mesmo: junta mulheres de uma comunidade e põe-nas a crochetar e depois, todas felizes, orgulham-se da sua obra.
Caneco. Sou leiga e mais do que leiga nestas coisas mas, na minha mais pura leiguice, diria que uma plagia a outra. Ou então é daquelas coincidências do caraças. Até o processo é o mesmo: junta mulheres de uma comunidade e põe-nas a crochetar e depois, todas felizes, orgulham-se da sua obra.
Crochet is not generally viewed as a fine art, nor is it commonly used as a vehicle for social change. But New York-based artist Agata Oleksiak (aka Olek) is challenging those assumptions by elevating the craft and using it as a force for community building. With the streets as her canvas, Olek uses the help of local volunteers to crochet her large-scale crochet masterpieces. For her latest project, “Love Across the USA,” she will travel to every state in the United States to produce crocheted murals that celebrate prominent women in US history. With each unique installation, she’s developed an art form that truly belongs to everyone.
Touro coberto de crochet de Agata Oleksiak (aka Olek)
Por estas imagens que aqui escolhi talvez não reconheçam grandes parecenças mas vejam, por favor, o vídeo.