Acabei de vê-lo. Estava aí numa qualquer acção de campanha e o que ele dizia, com aquele seu incomodativo sorriso amarelo, era de dar dó. O homem parece não estar bem. Não é apenas ressabiamento. É mais do que isso. É doença. Doença ou deformação severa.
Aliás, desde que o vejo, acho sempre que não está bem. A criatura nunca percebe o que se passa, revela uma ignorância assustadora, uma distorção mental que o leva a tirar conclusões sempre erradas. Mesmo quando a evidência dos factos prova à saciedade que todas as suas ideias e acções foram erradas ele não percebe. E, também como é apanágio dele, continua a usar argumentação falaciosa e a dar o dito por não dito, denunciando um arrevesamento mental que deve preocupar a sua família, em especial a família política. Como, mistura a falta de inteligência e ignorância com demagogia e embrulha tudo isto com uma voz bem colocada, ainda consegue andar aí pelas feiras a vender o peixe dele. Beneficia, claro, do apoio das televisões que, na incessante procura de casos e tricas, gostam de divulgar as suas parvoíces.
Tivesse ele alguma vergonha na cara ou algum tino e já há muito teria metido a viola no saco, dado o lugar a outro. Assim não. É vê-lo a dizer disparates como se estivesse coberto de razão. Incomoda ver alguém a fazer números destes. Mesmo os habituais fiéis eleitores começam a afastar-se. Um dia virá em que vão fazer de conta que não o conhecem, em que vão negar que algum dia o apoiaram. Ficará apenas com um apoiante: Cavaco.
Olho-o e penso: isto é uma tristeza. Uma pessoa não se enxergar e andar por aí a fazer estas figuras tristes...
Não haverá pelas hostes laranjas quem faça a caridade de lhe dizer claramente que deve retirar-se, ir tratar-se, dedicar-se ao canto, treinar a ver se o La Féria finalmente o contrata?
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