quarta-feira, setembro 27, 2017

Digno da sarjeta


Ontem estiveram a mostrar-me umas coisas relacionadas com Voluntariado. Questionei a utilidade daquilo. E, no entanto, pelas imagens, vi que os voluntários estavam felizes da vida. Eu até tive formação em gestão de programas de voluntariado e cheguei a participar numa iniciativa. Mas desisti. Ou é uma coisa integrada num contexto que me pareça fazer sentido ou, se é para gratificação pessoal ou para fazer número, tenho mais que fazer. Tenho para mim que ainda hei-de dar muito de mim a quem precisa mas, se assim for, será de uma forma que eu sinta que faz verdadeiramente a diferença.

Mas isto para dizer que há mil maneiras de se ser útil aos outros. E muitas delas vão muito para além das mais banais. Claro que em primeiro lugar, em termos de relevância, estarão sempre as que se prendem com ajuda na satisfação de necessidades básicas. Mas depois há outras. Chamemos-lhe acções de voluntariado ou trabalhos pro bono em prol da sociedade.

Por exemplo, desde que aprovado pela autarquia, penso que formas artísticas ou divertidas de dar vida a objectos de utilidade urbana nos quais ninguém repara é coisa que pode ser levada a cabo a bem da boa disposição dos concidadãos.


Os exemplos que aqui mostro são de dois artistas brasileiros e não sei se o fazem apenas pelo gosto ou se alguém lhes encomenda e paga o trabalho. Mas aqui fica a ideia para quem tenha vontade de dar graça ao lugar onde vive. Nas horas livres, sozinho ou em grupo, desde que autorizado, aqui fica a ideia: surpreender os vizinhos e os passeantes com imagens engraçadas.

A dupla de que aqui mostro os trabalhos é composta por Anderson Augusto e Leonardo Delafuente que se intitulam 6emeia Project. Pintam também bancos de jardim, tampas de esgoto, portas de quadros eléctricos. Mas, para hoje, aqui, mostro sobretudo pinturas no passeio junto a sarjetas.











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