À hora de almoço ouvi os disparates de Paulo Núncio na Assembleia. Ouve-se e mal se acredita. Se ele não tivesse sido Secretário de Estado pensaria: tomara que um sujeito destes nunca seja posto num lugar de responsabilidade. É que não é apenas poder estar ali, naqueles actos e omissões, uma má fé (não sei se esteve, se não) -- é que toda aquela conversa revela que não é bom da cabeça, não é responsável, não tem tino.
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Mas, se tivesse um mínimo de inteligência, depois disto tudo, aparecia com uma conversa estruturada, ao menos tentava ser convincente. Mas não. É que nem isso.De cada vez que abre a boca, inventa uma desculpa, cada uma mais frágil e esfarrapada que a anterior. Mal diz uma maluqueira, tal a fragilidade do que diz, logo aparece alguém a desmenti-lo ou a gozar à brava. Um fulano destes não serve nem para fazer papel de embrulho. Tanto se entala que ainda acaba a entalar quem, antes, quis safar.
Está bem que o mal está feito e que quem quis fazer operações sem ser maçado já o fez.
Mas, caraças, e a credibilidade política destes asnos que andaram quatro anos a perseguir os mais fracos...?
Como é que ficam, perante os portugueses, estes asnos que aumentaram alarvemente os impostos à classe média, que pisaram os pobres, que afugentaram os jovens para fora do país, que atormentaram a vida aos reformados, que puseram na ruas os desgraçados, sem emprego e sem rendimentos, que não conseguiam facer face às hipotecas que impendiam sobre as suas casas -- ao mesmo tempo que faziam vista grossa aos abastados que, para pagarem menos impostos, faziam, nas calminhas, transações via offshore...?
Mas, caraças, e a credibilidade política destes asnos que andaram quatro anos a perseguir os mais fracos...?
Como é que ficam, perante os portugueses, estes asnos que aumentaram alarvemente os impostos à classe média, que pisaram os pobres, que afugentaram os jovens para fora do país, que atormentaram a vida aos reformados, que puseram na ruas os desgraçados, sem emprego e sem rendimentos, que não conseguiam facer face às hipotecas que impendiam sobre as suas casas -- ao mesmo tempo que faziam vista grossa aos abastados que, para pagarem menos impostos, faziam, nas calminhas, transações via offshore...?
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Mas pasme-se: depois de tudo isto, de tudo desmascarado, ainda nos aparecerão Meireles e Cristas, Albuquerques e Montenegros, Hugos Soares e Leitões Amaros, Láparos e quejandos (quejandos nos quais não se inclui o empreendedor Portas que, como sempre passando por entre as pingas da chuva sem se molhar, não está nem aí...), assobiando para o ar, espanejando, como se nada disto tivesse alguma coisa a ver com eles.
É que, associada à falta de inteligência desta gente, há uma outra característica: a falta de vergonha. Poderia dizer: a falta de ética. A falta de moral.
Mas não digo nada, acho que não sei que palavras usar. Capaz de não ser nada disto, capaz de ser algum muito mais grave. Fico-me apenas por um desconsolado encolher de ombros.
E lembro-me de uma bacorada dita por Trump que também me deixou francamente agoniada: que ainda não tinha mexido no sistema de saúde porque um sistema de saúde é uma coisa muito complexa, que ninguém poderia imaginar que fosse coisa tão complexa.
Ouve-se e também não se acredita: é complexo...? Mas ele pensava que era simples...? Pensaria que acabava com um sistema de saúde e substituía por outra coisa qualquer em meia dúzia de dias...? Como é um presidente de um país pode dizer coisa tão absurda? Ainda se fosse um presidente de um clube de futebol, desses que coleccionam pérolas umas em cima de outras... Agora o presidente dos EUA...?
Cansa-me isto. Gente tão imprópria para consumo, credo. Que horror. Como é que chegámos a este ponto?
...
1 comentário:
São psicopatas. Ponto.
GG
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