sábado, setembro 24, 2016

Break the rules, baby


Podia aqui falar de Sócrates, sempre escorreito no físico e na verve, imbativelmente igual a si próprio, ou da big mouth Ana Gomes que, no histrionismo, se parece cada vez mais com a sua gémea, a igualmente estridente Júlia Pinheiro. Podia. Mas não me apetece porque ela às vezes diz algumas coisas acertadas.


Podia também falar naquele desinfeliz do Subir do FMI que anda há anos a dar tiros ao lado. Ou podia até trazer à colação o desavergonhado e invertebrado Durão que agora, imitando a galinha rangélica, inventa conspirações de mosquitos na outra banda a ver se a gente se distrai e se esquece que os europeus o tomaram de ponta não por ele ser português mas por ser parvo, por ser uma nódoa, um resíduo tóxico. Podia, claro que sim. Mas já entrámos no fim de semana e imagino que vocês, Caros Leitores, queiram tanto ler sobre essas más rezes como eu quero sarna para me coçar.
[E refiro-me, neste caso, aos três da vida airada, cócó, ranheta e facada. E decidam vocês quem, de entre o Sr. LOL e borra-botas Cherne, é o facada e quem é o cocó. O ranheta, claro, é a rangélica galinha-macaquinha].
Por isso, não apenas porque cheguei a casa tarde e más horas (friday night é para sentir o fresco da maresia nocturna) mas também porque a qualidade da minha tez pede que me afaste do ar viciado do dia-a-dia, vou dedicar-me ao que se sugere, ao que fica implícito, ao que fica no ar (para os perspicazes). Por acaso é uma campanha, por acaso fala-se de Calvins mas não é por isso que aqui lhes dou palco. Gosto de irreverências, gosto de imagens como aqui se vêem, gosto do que não encaixa no politicamente certinho - e estes curtos vídeos são assim. 

Espero que sejam como eu, sempre a espreitar a ver onde é que a coisa descarrila com inteligência e com graça -- e que gostem.

Calo-me já -- e que entrem os malucos. E as malucas, bem entendido. Para começar, pensem em quais os vossos verbos preferidos para não ficarem confundidos depois do que a senhora baixo vai dizer.

E agora play it 
(again, sam).


Kate Moss, Miss Calvin Klein



Quebra as regras


 Cobre-te 
(ou não)


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E, caso se sintam românticos como eu, desçam, por favor, até ao post já aqui a seguir.

E não se esqueçam: portem-se mal, break the rules.

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7 comentários:

Abraham Chevrolet disse...

A Ana Gomes, às vezes, diz alguma coisa acertada. Já o outro... Porquê tanto cuidado em demarcar-se? Tem medo de quê? Aconselho um Doberman,raça imponente,porém meiga.

bea disse...

Não tenho paciência para estes vídeos. Gosto da marca Calvin Klein.

Um Jeito Manso disse...

Olá Abraham, como é que vai isso?

Não percebi a sua. Tenho cuidado em demarcar-me? De quem? Da Ana Gomes ou do Sócrates? Medo? Quer desenvolver o seu raciocínio a ver se eu atinjo?

É que, em boa verdade, medo tenho de escorregar, cair, partir um pé. Coisas assim. Imponderáveis.

(Bem... Da Ana Gomes acho que também sou capaz de ter algum medo. Imagine que ela lhe dava para embirrar comigo e que eu não tinha os tampões nos ouvidos. Capaz de me ferir os tímpanos)

E já tive um cão, uma adorável boxer de quem gostei como se gosta de uma pessoa que nos é especialmente querida. Não quero ter outro cão para não voltar a passar pelo desgosto de que ainda não me curei. Por isso, agradeço o conselho mas um cão não.

E um belo domingo para si, Chevrolet.

Um Jeito Manso disse...

Olá bea!

Anda impaciente, não anda...? Parece que já a vi mais bem disposta. Com uns dias tão bonitos, um sol tão agradável...

A ver se lhe vejo um sorriso nas palavras, está bem?

Um abraço e um domingo bom para si, bea.

bea disse...

Não, não JM, ando com pouco tempo livre. Admito que isso e mais umas miudezas possam fazer-me impaciente. Isso sim.
Bom Domingo também para si.

Abraham Chevrolet disse...

Muito obrigado pelos seus votos de bom domingo. Cumprimento-a pelo seu bom espírito: aristocrata nasce-se,não se herda nem se improvisa. Nunca mais tive cães, desde que um Dobermann... Um abraço.

Um Jeito Manso disse...

Ai Abraham... que tão habituada estou às suas provocações que li o que escreveu a pensar que não estava a captar onde é que a provocação de hoje estava escondida. Depois desarmei-me. E aceitei, contente, que desta vez, com as suas palavras estava simplesmente a ser simpático. E gostei (fiquei até sensibilizada, se quer saber). Obrigada.

E isto de a gente se afeiçoar muito aos cães é coisa que se instala dentro de nós e não morre, não é? Inteligentes, meigos, amigos de verdade.

Um abraço também para si, Abraham.