sábado, janeiro 02, 2016

O debate entre Edgar Silva e Henrique Neto?


Pois, acertaram. Também não vi. E começo a estar preocupada. Por onde terei eu andado que não sabia de nada disto? Mas estão todos a debater com todos ou quê? Ou resolveram fazer moche ao Cavaco e neutralizar o discurso do homem? Mas é que não faço mesmo ideia. O que terá dado nesta gente toda? Estando, por aqui, o zapping ao rubro, ouvi que tinha acabado há pouco mais um debate. A sério: isto estava previsto ou os candidatos tomaram as televisões de assalto? 

E isto é lá forma de começar o ano televisivo? Tenho ideia que dantes, coisa lá para trás no século passado, havia saltos na neve em pista de ski ou danças de patins no gelo ou concerto, valsas e assim. Acho. Estou aqui a pensar e acho que o circo é pelo natal. Por isso, as cenas da neve deviam ser no dia 1. Agora não sei, há muito tempo que não vejo televisão no primeiro dia do ano. Só agora à noite, depois de ambos termos adormecido como uns justos depois do vendaval que passou cá por casa, uma animação endiabrada e ruidosa, é que espreitámos. Filmes e mais não sei o quê e futebóis, até o ilustre Jesus -- numa mansão que não sei se é a casinha dele ou se se aperaltou todo para comparecer num décor hoteleiro -- para ali esteve a ser entrevistado. Não se aguenta. Mais vale nem olhar.

Mas então, dizia eu, que ouvi que mais um par de jarras esteve a debater. Por acaso, apesar de não conhecer bem a pessoa, até tenho boa impressão do Edgar do PCP (a quem, mentalmente, ainda trato por Padre Edgar). Acho que deve ser um fulano interessante, bem formado, íntegro e bom. Mas daí até poder ser um bom Presidente, não sei não. Já do Henrique Neto sei: é mais um daqueles tiros no pé. O PS nesta coisa das eleições presidenciais parece que nunca consegue atinar lá muito bem. Agora mesmo do partido são dois fraquinhos, fraquinhos, fraquinhos: a dita Maria de Belém, de que falo no post abaixo, e este Henrique Neto que tão depressa aponta num sentido como noutro sentido qualquer (sinceramente: não percebo bem qual é a dele).

Por isso, mesmo que soubesse que é isto que se está para aí a passar pelas televisões, porque iria eu perder tempo a ver o debate? Ouvir o Edgar ainda vá que não vá, agora sabendo que a prosa dele ia aparecer enlasanhada com a do Henrique Neto...? Nem pensar. 

(Será que a esta hora está mais alguém a debater com mais alguém? Será que estão a jogar a pares e, volta e meia, trocam? Agora estará a Belém com o Neto? O Edgar com o de Morais? 
Podia espreitar mas acho que o que quer que se tenha passado, já deve ter acabado, já é quase meia-noite; a menos que esta noite seja a festa do pijama dos candidatos)
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2 comentários:

Anónimo disse...

Ainda bem que aborda esta história dos debates. Não fazia a menor ideia de que tinham começado, creio que três! Mas, logo num dia particularmente especial, tradicionalmente, como é o 1º Dia do Ano? Que Diabo, mas quem se lembrou de ver isso, ou sabia da sua existência? Nós por cá estivemos, tal como a UJM, numa festa familiar, com mais velhos, menos velhos, mais jovens, menos jovens e criançada e nem nos passou na cabeça que os tais debates se tinham iniciado. E também nem nos recodámos que a Múmia de Belém perorou ao Povo pela última vez. Ao que li, há pouco, o debate entre a Marisa Matias e Sampaio da Nóvoa parece ter sido o mais interessante. Como contribuinte, sou sensivel ao que Marisa disse sobre o Rectificativo e o Banif, embora compreenda o Sampaio da Nóvoa. Cá por mim, sempre que um Banqueiro me vai aos bolsos, mesmo que através de terceiros (Estado) fico fulo! Bom, perante tanto debate que por aí vai continuar, sinceramente não sei se os vou ver. Já perdi um que gostaria de ter visto, o tal de Marisa versus Nóvoa. E quanto ao Professor Francelos, acho que não terei paciência para os ver. Já vi tudo dele nestes últimos anos, em que saltitou da RTP, para a SIC e depois TVI. A única diferença é que passará a adoptar uma postura, a fingir claro, institcional. Não me admiraria que leve uns tantos livros com ele para rematar os debates: “Arrh, você já leu estes 50 livros que eu aqui trago? Já? Arrgh, não leu! Então leia e depois voltamos a falar!” Isto com o emblema do SC de Braga na lapela do casaco.
Voltando ao dia 1 de Janeiro, nada como se conviver com a família em grande alegria e confusão! Gosto muito de ler os seus Post quando aborda estes afectos e encontros em família. Por cá somos assim também. Que Diabo, a vida é só uma e passa rápido! Há que desfrutar tudo isso - naturalmente sempre que seja possível (infelizmente, há quem não o possa fazer, por razões várias).
P.Rufino

domingos disse...

Pois para mim, UJM, a questão é clara como água. Banalizar, banalizar a campanha , os candidatos, as normas,a função presidencial. E o povo lá vai "cantando e rindo". Ora para tanto é fundamental empurrar para o grande palco gente banal, e quanto mais banal, melhor. O cérebro que lá por trás engendrou tudo isto sabe da poda. E olhe que sou pouco dado a teorias da conspiração...