quarta-feira, abril 29, 2015

Da sabedoria dos animais [-- segundo de três posts sobre a sabedoria]


Ligo a televisão e logo me apetece desfazer-me dela para sempre que só me traz notícias de maldade, loucura, perfídia. Matam-se as pessoas umas às outras, ofendem-se, ofendem a inteligência e a sensibilidade dos outros. E mesmo aqui, através da internet: muita gente mesquinha, invejosa, má. Muita gente que prefere cultivar a insídia, o comentário rasteiro, a insinuação torpe e gratuita, gente que gosta de ver nos outros a amargura e se indigna perante a alegria ou a felicidade. Muita gente assim, muita gente comprazendo-se em deitar sal nas feridas, muita gente que prefere esconder-se na sombra e daí lançar o seu fel infecto. Fundamentalismos, fanatismos, estupidez à solta. Pouca compaixão, pouca generosidade, pouco afecto desinteressado.

E, no entanto, há um  mundo que é outro. Passo e vejo um mundo feliz, animais ao sol, animais sorvendo o mel das flores, animais existindo na sua imensa sabedoria. 








A liberdade. Os espaços imensos, limpos. A beleza da natureza. O tempo sem tempo. A alegria do ar puro, do sol, dos pássaros, das flores, das árvores, das pedras, de nós quando conseguimos ser apenas nós.

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Out of Africa & Wolfgang Amadeus Mozart


- Clarinet concerto in A major, K. 622 - Adagio


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