Eu, se fosse à Merkel, também tinha medo de me reunir a sós com o Alexis. Ele ri-se muito, tem ar de bom rapaz, tem uma mulher toda gira, respira confiança, tem ar de não ter medo nenhum de bardajonas e, sobretudo, tem ar de não suspirar de véspera só de pensar nos abraços e beijos dela como acontece com os Hollandecos desta vida.
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A Europa da era Merkel e Barroso a assistir ao efeito da austeridade |

E se eu fosse eu, que diria eu ao Alexis?
Ora bem, diria muito justamente que faz ele muito bem em pôr a economia a rodar, que faz bem em tentar melhorar o nível de vida da população porque a economia precisa de um rastilho, precisa de catalisadores, que todos os europeus fariam bem em incentivar que o BCE oferecesse de mão beijada mil euros a cada grego porque isso iria fomentar a procura interna, estimular a confiança, e com a economia a mexer há impostos enquanto que com miséria e estagnação nem vê-los. E sem impostos não há receitas e sem receitas não há amortização de dívida, apenas há juros que se somam à dívida.
[Ou os sociais-democratas croatas são uns líricos? Claro que não, são apenas inteligentes e com sentido prático.]
Isto diria eu se eu fosse eu (eu filha-de-santo de Clarice).
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Monty Python - Papagaio Morto
(Leia-se: Papagaio morto = austeridade cega = troika = laparices = etc, etc)
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