quinta-feira, agosto 07, 2014

Venha ver um sítio que é muito especial para si, meu Caro/a Leitor/a. Entre, por favor, e faça como lhe vou dizer. Vai gostar. Prometo.


No post abaixo já me interroguei acerca da conta bancária de Marcelo Rebelo de Sousa no BES (terá sido zerada?) e, de caminho, já puxei pelos meus poucos neurónios a ver se percebo o que é que o bad Costa bebeu para ficar neste estado, capaz de se atirar à jugular de quem lhe meta raiva sem que ninguém se lhe oponha. Com este golpe de mágica no BES, de sacarem tudo o que é problemático para um lado e tudo o que é bom para outro e ainda lhe injectarem oxigénio fresquinho, coisa que há-de deixar as peixeiras sem chão (agora, quando venderem posta do meio, com que cara vão impingir um bocado de rabo ou cabeça?), fiquei eu toda baralhada da escabeça. E depois não sei a que lado me arrimar: por um lado, aparece-me o Gomes Ferreira que sabe tudo e percebe logo à primeira a dizer que isto é do melhor que há e, por outro, agora que os outros papagaios devem estar de férias, aparecem-me uns que não conheço a dizerem que isto, de facto, é muito esquisito. Complicado. Dantes ainda tínhamos os lombinha briefings para nos ensinar a pensar. Agora nem isso. Hoje até o Pires de Lima, descomandado, me apareceu no carro a dizer que todos estes fenómenos são inexplicáveis, os do BES e da PT. A Poia Madura não tem mão neles, cada um diz a sua. Sorte é estar tudo de férias senão havia de ser uma felga. Lá teria que vir o pequenito dar-lhes uma ensaboadela no programa da noite da SIC, no sábado. Assim, como anda tudo a banhos, não tem havido tanta baderna governamental. Baderna, baderna é mais só o bad Costa a desafiar os Espíritos. Até parece que o ouço a ranger os dentes: make my day...


Bem. Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.

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Vinha com ideia de vos falar nas minhas últimas aquisições livrescas e até estive a fotografar o Lei Seca do Pedro Mexia que vem com um look Louboutin mas pus-me a ler umas outras coisas por aí e perdi-me. A ver se amanhã não se metem outros factos e me atiro a eles, aos novos livros, ou se me desce inspiração para outro conto erótico.


Entretanto, agora, tenho um presente para vocês, meus Caros Leitores.

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Convido-vos a visitarem um sítio que seja especial para vocês. Permitam que vos sugira: talvez a casa em que viveram quando eram pequenos, talvez a casa dos vossos avós, talvez aquele sítio encantado em que costumavam passar férias. Ou talvez apenas um sítio onde foram muito felizes. Quiçá até o sítio onde estavam no 25 de Abril (kidding...). 

Vou dar-vos o link para um site especial.

Quando lá entrarem, pode acontecer que vos peça para carregarem num sítio para que sejam permitidos pop-ups. Façam o que vos for pedido, é tudo pacífico. Não se assustem com estas instruções porque é isto é muito simples e intuitivo. 

A seguir, no sítio a isso destinado, deverão escrever a morada desse tal sítio especial: escrevam-na o mais completa possível, perceberão depois que quanto mais completa melhor.

Depois carreguem em Search e escolham a morada exacta de entre a que vos aparece. A seguir carreguem em Play Film.

Depois deixem-se ficar a olhar e ouvir mas não mexam em nada, nem sequer na regulação do som (se for necessário, ajustem isso antes). Aquilo é sensível (ou, então, sou eu que sou uma naba pois, de cada vez que toco seja no que for, aquilo desconchava-se tudo e tenho que voltar ao princípio). Por isso, a minha recomendação é que não minimizem nem maximizem janelas, deixem-se ficar simplesmente a ver e ouvir. Vão reparando em cada uma das janelas. Maravilhem-se.

No final, se quiserem, escrevam um postal e reparem como das vossas letras nascem ramos, flores, raízes e deixem-se ficar a ver até aparecerem as árvores a crescer, a crescer. 

Espero que gostem. Eu gosto muito.



I used to write
I used to write letters
I used to sign my name

I used to sleep at night
Before the flashing light settled deep in my brain

But by the time we met
By the time we met the times had already changed

So I never wrote a letter
I never took my true heart, I never wrote it down

So when the lights cut out
I was lost standing in the wilderness downtown

Now our lives are changing fast
Hope that something pure can last

(...)




A música é dos Arcade Fire, We used to wait. Cliquem, por favor. O site é The Wilderness Downtown.


Boa viagem!


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Relembro: sobre os super-poderes do bad-Costa que deu em caça-Espíritos e sobre mil outras adjacências, desçam por favor até ao post seguinte. Mas depois, se me permitem, voltem aqui, até ao local onde já foram felizes.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma quinta-feira muito feliz.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Por falar em conto erótico, outro dia encontrei na FNAC um livro, que acabei por vir a comprar e ler, algo divertido: “O Amor no Tempo dos Libertinos”, de Patrick Wald Lasowski. Tem ali descrições de situações e casos passados na França do Séc. XVIII que nos fazem sorrir. Para além de conter uma boa dose de erotismo. As aventuras daquele século são o que se poderia chamar de uma “grande confusão e cruzamento de relações pessoais e sexuais”, onde se destaca Luís XV, “o grande debochado”, como lhe chamava uma das inúmeras jovens amantes que ele teve, nos “preparativos” que antecederiam o “passo seguinte”, na cama. Noutra ocasião, levando 3“adoráveis meninas” para o seu real quarto, mandou-as ajoelhar, nuas ao que parece, para, junto com ele, igualmente naquela posição e nu, todos de olhos postos no Santíssimo, rezarem as “indispensáveis orações, para sempre temerem a Deus e nunca deixarem de se afastar da Santa Madre Igreja e dos seus mandamentos”. De seguida, limpa previamente a alma, toca de volúpia, sexo em doses industriais (podendo, claro, pois o Cialis e Viagra só viriam a surgir três séculos depois, para azar real), excessos, risos, gritinhos, fantasias e outras loucuras que passassem naquela real cabeça. Tendo o sexo e os seus excessos atingido níveis espantosos naquela época (que nada inventou, pois, quer antes, quer nas seguintes, foi do mais do mesmo, mais ou menos escondido) e havendo muita mulher “devassa e sedenta de sexo”, segundo cronistas da altura, houve mesmo um “estudioso” da matéria, um tal J.D.T. de Bienville (nome curioso) que decidiu escrever um “tratado”, que designou por “A Ninfomania ou Tratado do Furor Uterino”. Pagava para ler! Uma das minhas “preferidas” grandes cortesãs do passado foi a bela italiana, a viver em França, conhecida pelo “petit nom” de La Barucci, que se punha diante do espelho e lhe dizia: “Oh Grande Dio! Que je suis belle!” Perseguia estudantes do Quartier Latin e chegou a ser conhecida – orgulhosamente, segundo sublinhava – pela “La Grande Puttana del Mondo!” E ainda teve tempo para ser amante, ocasional, do Príncipe de Gales, um melro de primeira (e ainda bem!) quando se deslocava a Paris (que veio depois a ser o Rei Eduardo VII. Quando passo no hotel em Lisboa, do mesmo nome, ocorrem-me as inúmeras aventuras daquela real figura), tendo-o chocado quando pela primeira vez se encontraram e deixou cair o vestido aos pés, ficando nua, exclamando, perante a perplexidade real, que lhe estava a mostrar o “melhor que possuía”, ou seja o seu corpo. Sob o tema sexo e erotismo, ocorrem-me tantas historietas patuscas, que fui tendo conhecimento de livros que fui lendo e que me ficaram de memória (felizmente que a tenho boa), que, se me pusesse a contá-las, nunca mais acabava este comentário. Se surgir oportunidade, conto uma ou outra.
No meu escritório não consegui abrir. Vejo depois mais tarde em casa.
P.Rufino