domingo, junho 22, 2014

O iate que está no Tejo chama-se AIR, é um FEADSHIP e tem bandeira das Bermudas. Quem lá está, está certamente nas sete quintas.


Não imaginam a quantidade de entradas que tem havido no Um Jeito Manso a partir de pesquisas do tipo 'Que iate é aquele no Tejo?'


Compreendo. 

Andando eu todos os dias rente ao Tejo e tendo eu o Tejo nas minhas janelas sempre que estou em casa, não há barco, barquinho, barcalhão que me passe despercebido. 

Ora um como este assim, fundeado a meio do Tejo, de frente para Lisboa, durante tanto tempo, não tenho ideia de ter visto. 

Mas poderiam dizer que sou eu que distraída para este tipo de coisas, que não é nada de especial. Engano. Não há quem não fique intrigado.

No princípio da semana, a visão era extraordinária: majestoso, entre a neblina, quase oculto. Depois houve uns dias a meio da semana em que não o vi, pensei que tinha zarpado. Mas afinal lá está de novo.

Hoje estive a fotografá-lo de novo para ver se em casa conseguia perceber que bandeira era aquela. No outro dia não se divisava bandeira, nem nome. Hoje sim.

Com o zoom consegui ver mais ou menos mas como ondulava não percebi bem. 

Pela descrição, o meu marido dizia-me que devia ser daquelas ilhas lá do cu de Judas, e disse uns quantos nomes, onde este tipo de barcos costuma estar registado (questões fiscais, mais do que certo - mas isso já sou eu a aventar já que ele já se deixou dormir e não vale a pena acordá-lo para lhe perguntar isto).

Estive agora a ver pelas fotografias e fui pesquisar. 

Acho que ele acertou, parece-me ser a bandeira das Ilhas Bermudas.

Vi também um nome que me parece ser Feadship mas estive a ver e afinal isso é o nome do construtor. 

De ampliação em ampliação, lá consegui descobrir o nome: chama-se AIR, é de 2011 e mede cerca de 81 metros de comprimento. 


Fui pesquisar e já o encontrei. Cliquem aqui, caso queiram ver as entranhas do bichinho.

Fico na dúvida. Será um daqueles iates que se alugam? Sei de uma família grande que, até há pouco tempo, ia todos os anos fazer uma volta pelo Mediterrâneo a bordo de um iate deste género, destes com piscina, vários quartos, várias salas, tripulação para todas as funções.

Mas a ideia que eu tenho é que estes iates costumam fazer as Rivieras, a francesa e a italiana, as Ilhas Gregas, por aí. Agora aqui em Lisboa, não tinha ideia mas é capaz de ser moda nova.



Hoje vimos o helicóptero a aterrar. Os miúdos estavam extasiados com a perícia do piloto. 

Atravessou o Tejo, vinha do lado de Sta Apolónia, e depois, com uma limpeza fantástica, aterrou.

Há qualquer coisa de mirabolante nisto: uma pessoa vê estas coisas e não pode deixar de pensar que há pessoas que têm mesmo muito dinheiro, geralmente gente que consegue viver no limbo da legalidade, que usa advogados, assessores e habilidosos de todas as áreas para que estes lhes garantam o lucro máximo e o risco mínimo. Geralmente dedicam-se à filantropia e acabam medalhados pela sociedade pela sua generosidade e serviço à sociedade.

Mas o que eu não sei, e estou a falar com franqueza, é se estas pessoas são mais felizes do que quem não tem que se dar a esses trabalhos nem viver com esse tipo de ralações.

Enfim.


2 comentários:

Anónimo disse...

Eh, eh! Essa dos medalhados é capaz de ser bem assim. Tanho-o visto, aqui perto das águas de Cascais, meio parado. Mas sem ninguém no Deck. às vezes, aparecem umas odaliscas por aí, mas aqui não.
P.Rufino

Anónimo disse...

Os proprietários são menos arrogantes do que certos tesos em Portugal, sim e verdade nunca iriam a lisboa ou cascais se não fosse por terem empregados portugueses porque a imagem que tinham de Portugal era muito negativa mas graças a deus saíram com uma imagem muito positiva e em vês de falarem coisas sem conhecer a realidade deviam agradecer de alguém ajudar a economia portuguesa, sinto me muito honrado por trabalhar para esta família