terça-feira, maio 13, 2014

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No post a seguir a este mostro a minha perplexidade pela campanha absurda que o PCP está a levar a cabo e que vai, certamente, contribuir para o cada vez mais acentuado enquistamento dos comunistas no panorama político português e para o enfraquecimento da esquerda. João Ferreira está a ser uma verdadeira decepção. Só lhe falta estender a passadeira vermelha a Passos Coelho e Paulo Portas

A seguir a esse, tenho ainda um post sobre um certo candidato frustrado a barítono enquanto andava a receber aulas de canto e, por contraste, mostro uma profissional e bem humorada intérprete de pop. Passos Láparo versus Lady Gaga. O contraste não poderia ser maior.

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.

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Música, por favor, para entrarmos no ambiente 





Acabei de ver Cavaco na China, rodeado por gente fina - Pedro Pinto, aquele bem alimentado que levou uma corrida em osso nas autárquicas de Sintra, e Machete, esse amigo de longa data, e Pires de Lima, essa criatura que deve andar sedada para andar a dizer e a fazer o que se vê, e mais uns quantos, entre os quais a sua bem amada Pirilampa Cavaca, toda deleitada não percebi com o quê - armado em caixeiro viajante do País. 


Tudo à venda. Empresas: todas. Património: o que quiserem. Vistos: dos gold.

Ouço então Pires Lima, que está outro e que lá anda pela mão de Cavaco, a anunciar que vende tudo o que os chineses quiserem comprar. Já têm a electricidade, já têm os seguros, já têm palácios e herdades e têm comércio livre e terão tudo o que quiserem. Nas mãos desta gente que nos desgoverna, este Portugal, de plástico porque é mais barato, este Portugal inho-inho, não tem honorabilidade, nem patriotismo, nem alma, nem coração. É um país de perna aberta. Entra quem quiser. Podem ser canibais que nem falam português para os CPLP (leia-se: Comunidade de Países de Língua Portuguesa), podem ser angolanos para tudo o que é comunicações e comunicação social, podem ser franceses para os aeroportos, árabes para a rede eléctrica, podem ser fundos sem rosto para os correios, e chineses para tudo. Chineses, muitos chineses. E tudo com o beneplácito de Cavaco Silva.


Uma coisa seria cativarem investidores, empresários, industriais que trouxessem dinheiro para investirem em novas actividades, criando novos postos de trabalho e criando riqueza. Outra, muito diferente, ó céus, tão diferente, é vender empresas e património existentes. Não criam riqueza, pelo contrário. Levam dinheiro daqui para fora, levam-no sabe-se lá para onde.

Ouço falar de malas cheias de dinheiro em escritórios de advogados de Lisboa, dinheiro sem rasto. Escritórios que se especializam em clientela chinesa.


E lá anda, pois, Cavaco e um séquito brutal, uma corte de empresários e de avençados, não sei quantos por cento do PIB, a vender o meu amado País  aos chineses.


Qualquer dia todos teremos patrões chineses, teremos chineses a influenciar a política nacional, chineses a decidir os interesses nacionais.

O País está mais pobre, os portugueses estão mais pobres. Mas ainda não estamos suficientemente pobres. Os chineses querem, certamente, que os ordenados sejam ainda mais baixos, que os direitos dos trabalhadores sejam ainda mais frágeis, quase nulos.

Mas Passos Coelho e Paulo Portas, acobertados por Cavaco Silva, estão a trabalhar nesse sentido e já lhes falta pouco para que estejamos quase lá.

Depois  da desgovernação passista, seremos um país a preço da uva mijona, sem orgulho, esquecido da sua história, com velhos senis e esfomeados, quase sem jovens e com trabalhadores acríticos, manietados, sem direitos. Então, sim, o Láparo encherá o peito de ar para dar um dos seus dós de peito e dizer que finalmente o país está outro. A albuquerca fará um dos seus sorrisinhos marotos e dirá, contente, que nunca antes se tinha feito tanto em tão pouco tempo e o vice-irrevogável, bronzeado e de dente reluzente, dirá, sorridente e assertivo, que, ainda por cima, tudo isso aconteceu sem que ele tivesse tocado em alguma linha vermelha, já que se limitou a fazer piruetas acrobáticas sobre todas elas. Cavaco escreverá no facebook, com fel a jorrar das sílabas: o que é que dizem agora aqueles que achavam que não conseguíamos? Mas ninguém lhe responderá porque já ninguém terá ânimo para isso.


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Aos que ainda não aprenderam a quase língua oficial portuguesa, o chinês, e, portanto, tiverem que recorrer à tradução para conseguir perceber o título deste post, se o fizerem com o auxílio do Google, obterão qualquer coisa como:

Recém-assados ​​Olh'ó elétrico! olh'ó ônibus! olha'ó área metropolitana! Olh'ó enviar! Este é o Grande Bazar Nini, os clientes, Nini está vendendo um pouco de tudo! Todos os descontos Todos os preços uvas Mijona! Vem cá, os clientes vêm a balbuciar banco!


Talvez estranhem. Eu própria leio e fico admirada: os clientes vêm a balbuciar banco...? Banco...? Até lá? Na China...? Entre-dentes os chineses já vão falando no BPN...? Credo, que a fama do Cavaco já vai longe.


E, no entanto, juro que não foi de mim que partiu tal maldade - o que eu escrevi originalmente foi isto:

Olh'ó electrico fresquinho! olh'ó autocarro! olha'ó metro de superfície! Olh'ó barco! É o Grande Bazar do Nini, fregueses, é o Nini que vende de tudo um pouco! Tudo pechinchas, tudo a preço da uva mijona! Venham cá, fregueses, venham à banca do Cavaco!


Só espero que os tradutores da comitiva do Cavaco não usem o google, senão ainda vão ter algum dissabor. O que, pensando bem, talvez fosse a única coisa com piada.

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As imagens manipuladas de Cavaco Silva na China provêm de um blogue que eu desconhecia e, do que vejo, que está em repouso, Reino da Vadiação. De todas as outras imagens desconheço a proveniência original.

Desconheço também quem são os artistas que interpretam a música lá em cima, cuja autoria também desconheço. Material contrafeito, mais que certo.

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Relembro: sobre a disparatada estratégia eleitoral do PCP, é descer até ao post seguinte. Sobre o vis a vis Láparo e Gaga é ainda mais abaixo.

Muito gostaria ainda de vos convidar a visitarem o meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa onde tenho um outro duelo ou, melhor, um dueto. Les beaux esprits se rencontrent. Vasco Graça Moura e José Valente. 



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E nem vou rever, dado o adiantado da hora. Caso encontrem gralhas, por favor, relevem a menos que sejam dramáticas. Nesse caso, encarecidamente vos peço que me enviem um SOS. E agora vou dormir que já nem me aguento.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça feira.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um país a ser vendido a “letalho”, como pronunciam os chineses. “Depois da EDP, quelemos mais e mais e mais. Plesidente e Govelno e Assembleia da Lepública, Autalquias no bolso, legislação a nosso favole, tudo, tudo”.
E assim vai este patético país sob a alçada do trio “Passos, Portas, Albuquerque”.
P.Rufino