No post abaixo já mostrei parte da reportagem fotográfica que fiz há uma semana quando fui com a família ver as exposições da Gulbenkian, nomeadamente a de Rui Chafes. Complementei o post com excertos do livro 'Entre o céu e a terra' da autoria do escultor.
Mas isso é a seguir. Aqui, agora, falo de outra coisa. Falo de retratos. Ou de auto-retratos.
Wild is the Wind
Sendo o Um Jeito Manso um blogue em que a autora não se apresenta de Cartão de Cidadão em punho, percebo a curiosidade que se manifesta quase todos os dias nos motores de busca e que trazem os intrigados até mim: 'Quem é a autora do blog Um Jeito Manso?'. Já um dia tentei prestar os esclarecimentos mínimos para que me conheçam qb, para que não sintam que me procuram em vão. Mas temo que não fiquem satisfeitos.
No meu perfil do google também fiquei sem saber o que escrever. Então escrevi muito pouco (já nem sei o quê, se calhar nada) e, para me ilustrar, coloquei uma fotografia que fiz ao rio a bater numa muralha desgastada, muito bonita, cheia de limos. Não sei bem porque a escolhi mas talvez seja porque é uma imagem que vive dentro de mim.
Vejo outros blogues em que as pessoas se apresentam de nome completo, fotografia, tudo. (E isso não é nada comparado com o que milhões de pessoas por todo o mundo fazem quando se expõem abertamente no facebook, mostrando-se no restaurante, com o cão, com o gato, a lamber o gelado, a contemplar o rio ao pôr do sol, ou talvez algumas, raras certamente, no sofá a ler). Embora não seja o meu estilo, quase admiro as pessoas que se sabem apresentar de forma tão directa, como que sabendo, de certeza absoluta, que se descrevem inequivocamente dizendo o nome, mostrando a fotografia e revelando o que lá dizem o mostram (que gostam dos livros tal e tal, que gostam as músicas tais e tais, etc). Eu não consigo. Gosto de uns quantos livros e de mais uns mil e dos que hei-se ainda descobrir, alguns dos quais ainda nem sequer foram escritos. Idem em relação às músicas, aos filmes, a tudo. E sobre o meu nome também já aqui confessei que acho que o meu nome me assenta como uma luva mas que os meus pais e a minha família me tratam pelo meu diminutivo e também me reconheço nessa forma carinhosa de tratamento, e uma amiga da minha mãe me trata por Jicas e também me reconheço e que os meus amorzinhos pequeninos me tratam por Tá e essa também sou eu.
Pois bem, depois de um sábado muito animado em família alargada, numa dupla festa de aniversário, brincadeiras, cantoria e muita alegria, o domingo foi de descanso in heaven. Banhos de sol, sesta, a música dos pássaros e insectos e várias leituras. Tão bom, tão tranquilo.
Um dos livros que li e que agora está aqui ao meu lado é Why it does not have to be in focus (modern photography explained) de Jackie Higgins da Thames & Hudson. Livro agradável de ler e que, como tantas vezes me acontece, me abre várias portas.
O primeiro capítulo é Portraits/Smile e vou partilhar convosco parte da introdução (em tradução livre).
Esperamos que um auto-retrato seja um acto de introspecção, para, de certa forma, revelar a alma do artista.
Da mesma forma, esperamos que um retrato exponha o carácter do retratado.
Contudo, as faces raramente reflectem o funcionamento interior das mentes.
Mais do que isso, os estudos de psiquiatria sugerem que não existe isso do 'eu' único; o 'eu' é invariavelmente fracturado, multifacetado, fugaz e em mutação.
Consequentemente, como o historiador de arte Jean François Chevrier refere, 'Cada retrato, mesmo o mais simples e menos encenado, é o retrato de outro'.
Revejo-me nestas ideias.
Mesmo que eu me quisesse aqui identificar de nada valeria. Quem sou eu?
Sou a que agora aqui vos escreve ou a que amanhã talvez escreva algo completamente diferente? Ou a que brinca no chão com crianças? A que vive e revive mil vezes no amor que tem aos seus?
Ou que caminha entre as flores, fotografando a sua silhueta impressa nestes doces caminhos?
Ou a que deita ao sol um corpo nu para que a pele sinta o calor afectuoso da natureza?
Ou a que se senta à sombra a ouvir os pássaros e a ler?
Ou a que se rodeia de poemas impressos nos muros, nos recantos?
Ou a que não limpa os bancos porque gosta de ver o rasto do tempo?
A que vê beleza na terra, nas folhas secas, nos sulcos da idade?
Ou a que se insurge contra os políticos medíocres ou que tem pena de criaturinhas invejosas? Ou a que se distrai falando de faits divers, princesas, ex-presidentes agora pintores, apresentadoras de televisão, escritores metidos a besta, gente sem história, gente com história ou, tantas vezes, de palermas de toda a espécie e feitio?
Ou a que anda pela beira do rio, perdida nas suas ideias, a fotografar a névoa, o levantar do voo das gaivotas, os veleiros elegantes e silenciosos, os gatos pensativos, a cidade magnífica oculta entre silêncios suaves e brancos?
Não. Não saberia como vos dizer: esta sou eu. Se o fizesse, estaria a enganar-vos porque eu não sou esta, eu sou outra.
Muito gostaria ainda de vos convidar a visitarem o meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa, onde hoje tenho Al Berto dito por ele próprio. No centro da cidade, um grito. A beleza assume muitas formas.
Relembro: se, entretanto, descerem um pouco mais poderão ver algumas das fotografias que fiz na exposição de Rui Chafes na Gulbenkian. Ver as peças lá é melhor mas, não podendo ir, talvez possam ficar, aqui, com uma ideia, tanto mais que acompanho as imagens com palavras do próprio escultor.
Vejo outros blogues em que as pessoas se apresentam de nome completo, fotografia, tudo. (E isso não é nada comparado com o que milhões de pessoas por todo o mundo fazem quando se expõem abertamente no facebook, mostrando-se no restaurante, com o cão, com o gato, a lamber o gelado, a contemplar o rio ao pôr do sol, ou talvez algumas, raras certamente, no sofá a ler). Embora não seja o meu estilo, quase admiro as pessoas que se sabem apresentar de forma tão directa, como que sabendo, de certeza absoluta, que se descrevem inequivocamente dizendo o nome, mostrando a fotografia e revelando o que lá dizem o mostram (que gostam dos livros tal e tal, que gostam as músicas tais e tais, etc). Eu não consigo. Gosto de uns quantos livros e de mais uns mil e dos que hei-se ainda descobrir, alguns dos quais ainda nem sequer foram escritos. Idem em relação às músicas, aos filmes, a tudo. E sobre o meu nome também já aqui confessei que acho que o meu nome me assenta como uma luva mas que os meus pais e a minha família me tratam pelo meu diminutivo e também me reconheço nessa forma carinhosa de tratamento, e uma amiga da minha mãe me trata por Jicas e também me reconheço e que os meus amorzinhos pequeninos me tratam por Tá e essa também sou eu.
Pois bem, depois de um sábado muito animado em família alargada, numa dupla festa de aniversário, brincadeiras, cantoria e muita alegria, o domingo foi de descanso in heaven. Banhos de sol, sesta, a música dos pássaros e insectos e várias leituras. Tão bom, tão tranquilo.
Um dos livros que li e que agora está aqui ao meu lado é Why it does not have to be in focus (modern photography explained) de Jackie Higgins da Thames & Hudson. Livro agradável de ler e que, como tantas vezes me acontece, me abre várias portas.
O primeiro capítulo é Portraits/Smile e vou partilhar convosco parte da introdução (em tradução livre).
O ser indefinido, paradoxal, uma mistura de seres cuja vida se esbate na intersecção com um outro. Nasce um novo ser, parte de um, parte de outro, um ser inexistente ['Marriage' de John Stekazer] |
Esperamos que um auto-retrato seja um acto de introspecção, para, de certa forma, revelar a alma do artista.
Da mesma forma, esperamos que um retrato exponha o carácter do retratado.
Contudo, as faces raramente reflectem o funcionamento interior das mentes.
Mais do que isso, os estudos de psiquiatria sugerem que não existe isso do 'eu' único; o 'eu' é invariavelmente fracturado, multifacetado, fugaz e em mutação.
Consequentemente, como o historiador de arte Jean François Chevrier refere, 'Cada retrato, mesmo o mais simples e menos encenado, é o retrato de outro'.
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Mesmo que eu me quisesse aqui identificar de nada valeria. Quem sou eu?
Sou a que agora aqui vos escreve ou a que amanhã talvez escreva algo completamente diferente? Ou a que brinca no chão com crianças? A que vive e revive mil vezes no amor que tem aos seus?
Ou que caminha entre as flores, fotografando a sua silhueta impressa nestes doces caminhos?
Ou a que deita ao sol um corpo nu para que a pele sinta o calor afectuoso da natureza?
Ou a que se senta à sombra a ouvir os pássaros e a ler?
Ou a que se rodeia de poemas impressos nos muros, nos recantos?
Ou a que não limpa os bancos porque gosta de ver o rasto do tempo?
A que vê beleza na terra, nas folhas secas, nos sulcos da idade?
Ou a que se insurge contra os políticos medíocres ou que tem pena de criaturinhas invejosas? Ou a que se distrai falando de faits divers, princesas, ex-presidentes agora pintores, apresentadoras de televisão, escritores metidos a besta, gente sem história, gente com história ou, tantas vezes, de palermas de toda a espécie e feitio?
Lisboa numa manhã em que a primavera se apresentava cheia de disfarces e neblina |
Ou a que anda pela beira do rio, perdida nas suas ideias, a fotografar a névoa, o levantar do voo das gaivotas, os veleiros elegantes e silenciosos, os gatos pensativos, a cidade magnífica oculta entre silêncios suaves e brancos?
Não. Não saberia como vos dizer: esta sou eu. Se o fizesse, estaria a enganar-vos porque eu não sou esta, eu sou outra.
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A música lá em cima é Wild is the Wind interpretada por Nina Simone
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela semana a começar já por esta segunda-feira.
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12 comentários:
segundo este estudo , posso afirmar que sou muito, mas mesmo muiiiiito honesto e de confiança- http://jafoste.eu/pessoas-que-dizem-palavroes-sao-mais-honestas-e-de-confianca/
Olá, OJM!
Gosto que não se identifique. É claro que não tenho nada a ver com isso, é uma escolha de quem é autor de um blog, mas simplesmente, não sinto a mínima necessidade de saber qual o seu nome e a sua morada para me interessar pelo que escreve. E por si, pela sua pessoa. Pelas suas preocupações e diversões. E pela sua família. Digo-o com sinceridade.
Este é o único blog que sigo - aliás, que alguma vez segui - porque nunca tive paciência para entrar a sério no mundo da blogosfera ou das redes sociais, embora tenha tentado mais de uma vez. Parece-me que tudo vem com demasiadas obrigações: deixar um comentário para que me deixem a mim, etc. Não me lembro como vim aqui parar pela primeira vez, mas gostei e tenho continuado a vir aqui.
Compreendo que a nossa personalidade tenha várias dimensões, e por vezes, encontremos contradições em nós próprios. Eu sinto-me, no entanto, sempre eu própria, desde sempre. Sinto-me igual a quando tinha 6 ou 7 anos, e até tenho a mesma forma de pensar. Sempre fui moderada e paciente, com uma contraditória e frequente vontade de chocar. Não com comportamentos estranhos ou originalidades sem sentido. Com a defesa das minhas convicçõezinhas. Coisas quotidianas, a política, o futebol, etc.
Mas certos pensamentos e sentimentos ficam só para mim. Como me comovi quando vi um video do Hitler em que ele está a olhar para o campo de treino das avionetas e se vê no seu olhar pura esperança e confiança num futuro melhor! E quase pude sentir todo sofrimento do povo alemão! Ou dos japoneses. Tudo gente que queria ser mais poderosa do que aquilo a que estava destinada. É uma pena. E só se podem queixar de si próprios, da sua soberba.
Sinto uma vontade tremenda de ser a melhor naquilo que faço. Cada vez menos pela competição. Quero poder dizer aquilo que me apetece e os outros não puderem menosprezar-me, ainda que, no fundo, me desprezem. Quero não poder ser desacreditada com insinuações quanto à minha competência.
Ainda no outro dia discutia com um professor sobre o 1º governo Sócrates. E dizia-lhe números, quanto é que o défice tinha diminuído e que a dívida só tinha aumentado 5%, etc. E ele não me dizia nada, simplesmente tinha sido mau. E eu não paro, então quando não me estão a querer dar trela é que só quero esmagá-los. E ele só me diz: olhe, veja o video dos gato fedorento sobre o governo desse senhor. (Outro, uma vez, tinha-me mandado ir ao site do INE que estava lá tudo, "tudo o quê?", "tudo, todos os números", "quais números? Estes números estou-lhe a dizer agora", "mas estão lá outros" - Querem falar de números, saibam-nos!)E eu fiquei parva. O parvalhão não me levava minimamente a sério para se limitar a recambiar-me para um grupo de comediantes. Mas não, ele sabia que eu tinha razão, ele ia dizendo só "está bem, mas...", mas... não dizia nada, e depois usou a sua posição de superioridade para me calar. Foi só isso. Mas havia argumentos contra aquilo que eu estava a dizer, se eu estivesse no lugar dele, saberia como me atacar. Ninguém dá luta, vão todos atrás dos seus caprichos, querem lá saber se foi, na verdade, bom ou mau! "É uma daquelas pessoas que ou se adora ou se odeia!" disse ele. A única coisa que pude responder foi que não adorava coisa nenhuma, nem tinha tido nenhuma paixão de adolescente pelo ex-PM (tudo dito com muito "touch", ele riu-se muito). É que não adoro mesmo, nem sinto particular simpatia pelo homem. Cambada de animais é o que lhe digo. Ainda me vêm com a conversa do "pense fora da caixinha".
Na realidade, não sou assim tão revoltada como posso parecer, sou como lhe disse no início, paciente e moderada, gosto dos pequenos prazeres da vida, de boa comida, de futebol, e não há bom romance que não me faça chorar.
Boa semana,
JV
da transparência - http://www.noticiasaominuto.com/pais/200005/quando-a-propria-presidencia-da-republica-oculta-compras-que-faz
temos muitas leis, mas é letra de lei morta
art.º 3.º - http://www.legislacao.org/primeira-serie/decreto-lei-n-o-18-2008-contrato-disposto-contratos-anterior-177219
o curioso, é que mesmo que eu queira sacar a base de dados, para criar a minha com uma pesquisa milhões de vezes superior ao que eles usam, não consigo, blindaram aquela merda.é curioso
Faço minhas as palavras da Cavaquices. Por favor NUNCA se identifique. É uma ordem!
:)
Julgo que não sabe do que as pessoas são capazes de fazer no mundo virtual. Sobre a capa do anonimato os mais "santos" no mundo real libertam todos os seus ódios disfarçados de sorrisos. Seria trucidada.
GG
Concordo inteiramente com GG e com JV-“Cavaco e Cavaquices” (cujo comentário gostei, uma vez mais, muito de ler): nunca se identifique! Não tem de o fazer. Quem aqui vem, ler este seu Blogue, fá-lo porque gosta do que escreve, do que diz, mesmo que por vezes tenha opinião diferente, em resumo, vem e, sobretudo, com frequência, porque segue com interesse com o que escreve e se sente bem por ler o que escreve.
E não alinhe nessa do perfil. Ninguém tem nada a ver com o que lê, os seus gostos musicais, se tem família, se é nova ou não, se, se e se.
Ao ler o que aqui publica vai-se aos poucos formulando uma ideia da sua personalidade, daquilo que pensa, daquilo que gosta e não gosta de ler, da música que prefere, do que desaprova na política, dos seus afectos (como os seus pimentinhas por exemplo, mas não só), do seu humor, da sua frontalidade, da sua cultura, da sua inteligência, do seu empenho e realização profissional, de como gosta de se vestir, dos seus sentimentos, até para com os outros, etc. E que é uma mulher muito feminina e ainda bem!
Assim, para quê juntar uma foto, revelar um nome, idade, profissão, etc? É irrelevante. O que já escreveu, ao longo do tempo em que este seu Blogue existe, já dá uma ideia de si para prender quem a lê e continua a seguir. É isso que importa. Nada mais.
Deste modo e conforme outros antes de mim já o disseram, mantenha-se como é: a ser a UJM que conhecemos, que gosta de nos surpreender com Posts divertidos, arrojados por vezes, mas cuja identificação é irrelevante para o caso.
P.Rufino
PS: JV (ou “Cavaco e Cavaquices”) abordou uma questão pertinente, que repesco “...Ninguém dá luta, vão todos atrás dos seus caprichos, querem lá saber se foi, na verdade, bom ou mau!”. Até em pequenas coisas isso é bem verdade! Tema para outra ocasião.
BM, olá,
Isso não tinha ouvido dizer. Mas tinha ouvido que faz bem à saúde: diminui a pressão. Estou mal eu já que não sou de dizer palavrões. Fui ensinada assim e nunca superei esse ensinamento. Mas ultrapasso com sinónimos à altura.
Olá JV,
Lê-la é sempre um prazer. A escrita flui nas suas mãos. Vê-se que é mulher de fibra, difícil de moldar. Deve dar uma luta que só visto.
Quanto aos papagaios que gostam de denegrir a imagem dos outros com base no que ouvem, sem perceber o que ouvem, o que tenho a dizer é que são uma raça que se multiplica a uma velocidade assustadora. Há-os na política, no jornalismo, nas empresas, e, pelos vistos, na academia. Uma praga.
De resto agradeço as suas palavras simpáticas. E espero que se conserve tenaz, lutadora, convicta, determinada e, ao mesmo tempo, sensível e amante da boa vida.
Um abraço, JV!
GG, olá,
Obedientemente vou seguir o seu conselho... ou melhor, a sua ordem.
Escrever aqui para mim só faz sentido se o puder fazer livremente, sem que estabeleçam conotações com a minha vida profissional, sem que me conheçam. No outro dia almocei ao lado da autora do blogue 'a pipoca mais doce' e fiquei a pensar que uma pessoa, quando se expõe, fica sujeita a que os outros vejam o que come, como se veste, com quem anda, etc. Assim, só sou conhecida por quem eu também conheço.
Agradeço o seu cuidado, é um conselho de amiga.
Obrigada e um abraço, GG.
Olá P. Rufino,
Fosse eu de me envaidecer e ficaria toda vaidosona com as suas palavras. Mas não sou. sinto-as é com responsabilidade. Escrevo sem medir o que escrevo, não tenho tempo para filtrar as minhas ideias e, portanto, os dedos transportam as palavras tal como elas descem às mãos.
O que me vale é que depois não releio senão ainda me caía o coração aos pés com o que tinha dito.
Mas já agora deixe-me retribuir a simpatia: os seus comentários já são um 'must' deste blogue. Complementam-no, dão-lhe graça. Obrigada pela sua presença sempre tão atenta e generosa.
Obrigada. Um abraço.
Quem escreve o blogue "Um Jeito Manso" claramente NÃO INEXISTE! E isso é o que verdadeiramente importa, numa era em que a blogosfera está cheia de existências de pacotilha.
Esta curiosidade por saber quem É a autora faz lembrar aquelas pessoas que ao visitar um museu, a primeira (única-?) coisa para que olham é "Quem é o pintor?". Só depois de verificar a autoria se interessam (ou não) pelo quadro... Quando deveria ser a obra ao primeira a ser interpelada:)
Olá Cine,
Obrigada. Gostei de ler. Revejo-me nisso: inexisto enquanto ser classificável. Eu própria não sei bem quem sou.
Tomara que toda a gente percebesse isso.
Um abraço!
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