Continuo a constatar que Um Jeito Manso é muito visitado por quem vem à procura de informações relativas a tapetes de Arraiolos. Hoje a pesquisa tinha a ver com modelos clássicos, com modelos modernos e, outra vez, sobre como fazer cantos.
Acho que um dia destes ainda crio um novo blogue, desta vez com o target market das bordadeiras de tapetes de Arraiolos (e com todo o gosto o faria porque é das coisas que, nesta vida, gosto de fazer: é um hobby útil, relaxante, motivador).
Sobre cantos já escrevi num post anterior onde expliquei como se fazem.
Sobre tapetes feitos sobre quadros de pintura moderna exemplifiquei também num post anterior com desenhos meus: bordo os tapetes como se pintasse, começando por bordar os contornos, como se os desenhasse. Depois preencho. Gosto imenso de ir fazendo, escolhendo as cores.
Este excerto faz parte dos tapetes inspirados em cidades
Quanto aos modelos clássicos, como referi num outro post, só faço tapetes de Arraiolos com desenhos genuínos da época pré-industrial, especialmente século XVII. Os modelos banalizados da era industrial (desenhos grandes, pouco elaborados, pouco matizados) não me interessam. Desses, há-os baratos por todo o lado.
Os desenhos que sigo são obviamente adaptados às dimensões da divisão onde vou colocar os tapetes. Originalmente, de forma geral, os tapetes eram enormes (e feitos com lã mais fina o que faz com que, se fossem transpostos directamente para a lã actual, se tornariam ainda maiores). Carpetes de 5 metros de comprimento por 3 metros de largura já não muito são compatíveis com as casas de hoje.
Mostro aqui um dos que mais gosto, que me deu uma trabalheira, e cuja dimensão é de 2,5 m por 1,7 m. As cores tentam respeitar as originais. A carpete original encontra-se em Paris no Museu de Artes Decorativas.
Centro do tapete em que se vê o conhecido motivo da Águia Bicéfala
Espero que gostem. Qualquer questão, perguntem.
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