Pode a vida ser interessante na sua segunda metade? Podem as pessoas ser interessantes na chamada meia-idade ou depois disso?
Eu acho que sim. Se as pessoas são interessantes, são-no sempre, está-lhes no código genético e a idade trará vários plus. As rugas e os cabelos brancos (geralmente disfarçados no caso das mulheres) tornam, em minha opinião, as pessoas mais vividas, mais bonitas; nestas idades há uma sagesse, uma compreensão, tolerância, generosidade que se lhes estampa no rosto. E, regra geral também, existe um genuíno à vontade, um 'pouco a perder', uma irreverência e alegria, uma disponibilidade que, por vezes, não se encontra nos mais novos.
As pessoas mais conservadoras que conheço são mais novas; nas mais velhas, nas que são interessantes, há um gosto pela inovação, há geralmente uma vontade por arriscar e uma curiosidade pelos prazeres da vida.
Dizem as estatísticas que depois dos 50 e, especialmente, depois dos 60, as pessoas são mais felizes. É natural.
Exemplifico.
Para começar, daqui envio os meus parabéns a um quase cinquentão, pela 3ª vez eleito o melhor treinador de futebol pela IFFHS, batendo Guardiola e Van Gaal: José Mourinho, muito melhor profissional (e muito mais bonito) agora do que quando era mais novo.
E no cinema?
São como as árvores, as pessoas. Ganham espessura, beleza, dignidade.
A beleza da pele do meu pinheiro, uma beleza que se vai acentuando com a idade e a cuja evolução eu assisto com ternura
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