O Partido Comunista Português sempre teve esta ideia peregrina de aproveitar cada ocasião para nos maçar com a conversa repetitiva do costume, cavalgando sempre a onda do descontentamento popular, seja sobre o que for, seja contra quem for. Por isso, sempre que há tempo de antena, lá sai do armazém mais um senhor cinzento, igual aos outros que lá têm em conserva, com o mesmo tom de voz, as mesmas inflexões, as mesmas palavras, o mesmo discurso requentado de sempre.
O PCP já não ousa defender nenhum modelo de sociedade porque todas as experiências correram muito mal, deixando atrás de si a miséria e a falta de liberdade.
Portanto, já nem é em defesa de nada que ainda aqui andam: é apenas a dizer mal. Podiam mudar de nome, fazer um restyling, um refreshment ideológico porque a esquerda tem um espaço por preencher - mas que seja com propostas novas, exequíveis, intelectualmente honestas.
Assim, é uma maçadoria carregada de naftalina. Desta vez saíu à cena este senhor dos olhinhos pequeninos, Francisco Lopes. Olha-se para ele e a gente não se lembra de alguma vez o ter visto antes e temos a certeza que, quando isto acabar, nos vamos imediatamente esquecer dele. Não é apenas a sua conversa que é esquecida mal se acaba de ouvir, é também o seu visual e não me refiro à forma como se veste, não o digo por futilidade: é que não tem um pingo de carisma.
Um líder político - e um Presidente da República, por limitados poderes que tenha, é um líder - tem que ter carisma. E o Sr. Lopes é totalmente destituído de carisma e, só por isso, a gente não consegue sequer fixar-lhe a cara, quanto mais o que ele diz.
Francisco Lopes: sentido proibido, pois claro
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