quinta-feira, agosto 08, 2024

A culpa é do raio do long covid... Só pode...

 

Ainda não consegui chegar ao ponto que tanto ambicionei: ter tempo e organização pessoal para me pôr a experimentar coisas, a fazer o que me apetecer, sem ter que interromper por mil e um motivos.

Provavelmente é este regime de fazer caminhadas, geralmente duas por dia, uma curta, para aí meia hora a meio do dia (e está calor para mais), e uma mais longa, quase uma hora, mais ao fim do dia, que anda a cortar demasiado o dia, a interromper o que estou ou vou fazer. 

Claro que me refiro a quando não tenho cá crianças ou a família em geral. Nesses casos só consigo fazer uma caminhada à noite ou perto disso. Mas esses dias estão fora destas considerações pois, obviamente, nessas circunstâncias, não é possível outra coisa que não dedicar-me a eles.

Mas, nos dias em que estamos só os dois, eu gostaria de ter tempo para fazer mil coisas: jardinar, pintar, fazer peças com pedras e conchas, escrever, fotografar, fazer vídeos. Mas não consigo. Ou porque são horas disto ou horas daquilo, parece que não consigo ter disponibilidade ou rendimento. 

Além do mais, continuo com os mecanismos do sono avariado. Falei com um médico sobre isto. Contei-lhe que pode ser impressão minha mas acho que desde que tive Covid o meu sono nunca mais foi o mesmo. Posso dormir lindamente de noite, acordar por mim, tudo na maior. Pois, mal acabo de almoçar, fico perdida de sono. Se me sentar a ler ou a ver o computador, são as passas do algarve para não dormir. Ele disse-me que acredita que é o long covid, que há muitos doentes dele que se queixam do mesmo. Diz que alguns não se queixam disto e outros queixam-se durante uns meses a seguir mas que há outros que, ao fim de um ou dois anos ainda se queixam. É o meu caso. Diz que ainda não sabem como tratar isto.

Caraças.

Mesmo que não durma, não tenho aquela energia necessária para improvisar, para ter vontade para inventar, para arriscar. 

Vejo os vídeos que, quando trabalhava via e que me faziam ter uma imensa vontade de me reformar para ter uma vida assim, e constato que estou a milhas. O meu marido diz que se me deitar cedo, acordo cedo e tenho a manhã toda ao passo que agora tenho apenas uma parte. Não creio que seja isso. 

Vejo esta Elaine e penso que eu que gosto tanto de pintar galos, que pintei carradas de telas cheias de galos, não poderia continuar a improvisar e a diversificar em torno do tema? Podia, não é...?

Elaine Savoie - Painter, Market Gardener

Zsofin Sheehy meets painter Elaine Savoie on her Hornby Island homestead and Studio. An unapologetic iconoclast, Elaine uses her painting practice to question the norms of her Catholic upbringing and human-centred society. The conversation follows Elaine's life of making, raised by the community of island artists and shaped by her process, connection to the land she stewards, and using art as a tool to play and explore oneself. In addition to her creative practice in painting and drawing, Elaine also uses writing and poetry to humorously and fearlessly delve into the intricacies of island life and reflect on her Metis heritage, interweaving themes of personal identity and the complexities of intergenerational processing.  

An artist and farmer born on Hornby Island, Elaine Savoie's upbringing within the early farming settlements of the Savoie family, the Catholic church, and the island's unique natural landscape laid the foundation for her creative journey from a young age. In her nationally recognized Icon series, she seamlessly merges canonical and imagined saints, creatively embodied as roosters, seabirds, and other local creatures. 


Saúde. Alegria.
Dias felizes.

2 comentários:

Corvo Negro disse...

Olá UJM. Pois eu não sei se é do "long Covid", se da "long age", mas estou exatamente como a UJM, só que não foi depois de ter Covid (que isso já foi quase há 3 anos), MAS FOI depois da 4ª dose da vacina (Outubro de 2023) que, passados dois meses, estava exatamente como refere e assim continuo. Até já tenho receio de fazer grandes viagens a conduzir. Abraço

Um Jeito Manso disse...

O meu marido também tem essa dúvida...