terça-feira, julho 30, 2024

Reportagem com vídeo, in heaven, onde se aborda um tema muito intrigante.
E receita de sopa de curgete e ervilhas à maneira da UJM

 

Durante a noite trovejou e choveu chuva grossa embora não farta. Pelo menos, assim me pareceu. De dia, a terra continuava seca.

Durante o dia, ao passear, deu-me para fazer um vídeo pois já há muito tempo que o não fazia.

Aí falo numa lagartixa ou osga ou crocodilo, não sei, que apareceu na banheira. Disse que mostrava e aqui está ela. Mostro  quando já estava a ser transportada em cima de uma pá a caminho da rua.

Ao rever o vídeo, parece que digo instagrama. Contudo, acho que disse instagram. Mas, se me distraí com qualquer coisa e deixei descair a palavra, aqui deixo as minhas desculpas.

Claro que fico sempre surpreendida com a minha voz mas tenho que me resignar. Na volta, é mesmo assim.

Mas, antes de passar ao grande momento cinéfilo, deixo a receita da sopa que fiz ontem. Quando estive no Algarve, fomos duas vezes a um restaurante vegan e, numa das vezes, comi uma sopa de curgete e ervilhas que me soube muito bem. Então, ontem, resolvi ver se conseguia fazer alguma coisa afim. Diria que sim.

Fiz assim:

Com receio de que, ao moer as ervilhas cozidas, subsistissem aquelas pelezinhas que dariam aspereza à sopa que eu queria aveludada, cozi-as à parte. Não pesei. Faço tudo a olho mas diria que uns 200 ou 300 grs. Quando vi que estavam cozidas, triturei bem. Provei. Estava tudo lisinho. Se não estivesse, coaria. Mas não foi preciso.

Na panela principal, coloquei água, uma cebola gigante (devia pesar meio quilo, pelo menos), daquelas meio novas, meio brancas. Coloquei um alho francês bem gordo, todo. Coloquei duas  curgetes verdadeiramente gigantes. Só tiro a parte do pé. Não tiro a pele. Coloquei duas cenouras, também com pele. Claro que lavo tudo bem. Coloquei salsa e fui generosa. E, claro está, um pouco de sal.

Quando estava tudo cozido, juntei azeite virgem de baixa acidez. Juntei o caldo grosso das ervilhas moídas e moí tudo junto, bem, bem, bem. Garanti que ficava um puré nem grosso nem caldoso, bem aveludado. 

À parte, numa mini-frigideira, juntei um dente de alho e o conteúdo de uma embalagem de bacon às tirinhas fininhas e cortadinhas. Deixei fritar um pouco, sempre mexendo para não queimar mas para ficarem com alguma agradável crocância.

Como servi directamente da panela, deitei nela, devagarinho, sobre a sopa, para ficarem a boiar, à vista, as ripinhas de bacon bem como o bocadinho de molho que se tinha formado.

Entretanto, por minha alta recreação, num tacho amplo, pus água a ferver à qual juntei um pouco de vinagre. Quando a água levantou fervura, um a um, abri sobre ela, com cuidado, 1 ovo por pessoa. Deixei escalfar.

Na mesa, ao lado da panela da sopa, coloquei  os ovos escalfados numa taça e uma tacinha com coentros migados (esta dos coentros também foi minha ideia).

Quem se servia da sopa, querendo, juntava um ovo e polvilhava com coentros.

Sem falsas modéstias, direi que agradou.

Creio que é de baixas calorias e, que, com o ovo, pode constituir até refeição quase completa. Não foi o caso pois era dia de festa e tinha várias outras iguarias para agradar a todos. Comemo-la morna e estava bem. Nesta altura, não dá para sopas quentes. Curiosamente, os miúdos comeram-na sem protestarem. Soube-lhes bem.

E, agora que cumpri o tópico culinário de que ontem tinha falado, aqui vai a reportagem in heaven na qual abordo um tema assaz intrigante. Como filmei com telemóvel, ficou em formato Slim Fit. 

Dias felizes!

2 comentários:

Pôr do Sol disse...

Já tenho experimentado algumas das suas receitas e muitas agradam, pela novidade e qualidade.
Pena é que depois esqueço-me das receitas e não as repito.

Esta sopa parece-me bem boa, agradam-me todos os ingredientes e deve poder-se comer à temperatura mais baixa. Hei-de experimentar.

Gosto muito de campo. Mas de todas as estações, no Verão seduz-me menos. Com o calor aparecem todos os bichos que de inverno hibernam e odeio rastejantes. Essa sua intrusa pode ser inofensiva e livra-nos de insetos, mas o seu aspeto dar-me-ia insónias. Há muitos anos, na Madeira não consegui almoçar pois, nas mesas do buffet as lagartixas, e essas eram bem negras, passeavam-se à vontade por entre as travessas de comida. Em Porto Moniz, vi-as a lutar, quais animais pre-historicos, por um resto de maçã.

Enfim, cada um com os seus medos.

Boas férias.

Um Jeito Manso disse...

Olá Pôr-de-Sol,

A sopa fica bem morninha e também fica boa quase fria. Fria mesmo ainda não experimentei. E, não havendo ovo escalfado, o que sobrou experimentei com queijo mozzarela fresca lá dentro (se calhar também ficaria com queijo de cabra) e também ficou agradável.

Se quiser consultar receitas minhas, no blog, do lado direito, cá mais para baixo, há os temas por ordem alfabética, e pode procurar Culinária Carregando aí, todos os posts que aparecerão serão de culinária e devem ter receitas. Ou então, em cima, à esquerda, há um rectângulo branco com uma lupa. Lá pode escrever o que procura. Por exemplo: rolo de carne. Há-de aparecer um post com uma receita de um rolo de carne. E quem diz isso, diz outra coisa qualquer.

Isso que refere das bichas pré-histórias até me fez lembrar quando uma vez vi uma cobra a olhar para um ratinho e o ratinho sem se mexer até que ela se esticou e o engoliu. E vi o ratinho a desaparecer e depois a descer por ela abaixo. Fica transida, hipnotizada, horrorizada...

Vida no campo...

Beijinho, Sol Nascente!