E nada mais tenho a dizer
Com gente desqualificada, sem princípios, sem vergonha, sem educação, sem civismo, sem um pingo de respeito pelos outros, só há uma coisa a fazer: guardar distância. Se cairmos no engodo e nos aproximarmos, quando dermos por ela, já ele nos passou uma rasteira e nos puxou para a pocilga em que gosta de chafurdar.
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Dada a clareza de exposição, permito-me transcrever o que o Leitor marsupilami abaixo escreveu em comentário:
Vai para aí uma grande confusão. Defender a escola pública e bater-se por que esta seja excelente não significa pensar que qualquer escola pública, em virtude de ser pública, é melhor do que qualquer privada; nem significa que seja obrigatório pôr os pimpolhos na pública da área de residência (que pode ser boa, mediana ou má, sem responsabilidade dos pais). Eu tenho o meu numa pública (da minha área de residência, no estrangeiro) porque é uma boa escola; se fosse má, punha-o numa boa privada. Não por ser privada, mas por ser boa. Eu faço o desenho:
1. Defendo a escola pública e quero que tenha as melhores condições para que, no médio prazo, TODAS as crianças possam ter acesso a uma instrução GRATUITA de QUALIDADE. E não apenas as que têm o bom código postal ou pais com a bolsa recheada.2. A cada instante, cada mãe ou pai tem a obrigação de fazer tudo o que está ao seu alcance para proporcionar aos seus filhos a melhor instrução possível. Se a única opção aceitável na sua área de residência for privada, assim será. Não se educam crianças no médio ou longo prazo, quando a rede pública funcionar bem.3. Mesmo que a rede pública fosse impecável, nem todas as escolas oferecem as mesmas opções curriculares. Nem que fosse apenas por esta razão, é legítimo escolher a escola que tem aquelas que mais convêm a cada um. Eu tenho a sorte de a escola pública ao lado ter secção internacional (que é paga), latim e outras opções. Nem todas têm.
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E sobre Putin? E sobre o seu último crime?
A mesma coisa: no mínimo, distância, desprezo, repúdio, repulsa.
Que vá o Raimundo e outras pombinhas lesas dialogar com o assassino, com o pérfido e horrendo assassino.
8 comentários:
Não vi, soube. Pode não gostar mas aquela coisa da escola internacional tem que se lhe diga. Pelos vistos Tavares não confia muito no ensino público e prefere pagar qualquer coisa entre 1000 e 1500 euros/mês numa escola privada. É lá com ele, mas digamos que a opção feita, que é de classe, é como que um cheque passado à direita. E da saúde conheço pelo menos dois casos.
Imagine-se em Inglaterra: o dirigente trabalhista X tem um nice flat em Mayfair, passeia de Aston Martin e tem os pimpolhos em Eton. Não dá, não é?
Gostei do seu post !
A.Vieira
Vai para aí uma grande confusão. Defender a escola pública e bater-se por que esta seja excelente não significa pensar que qualquer escola pública, em virtude de ser pública, é melhor do que qualquer privada; nem significa que seja obrigatório pôr os pimpolhos na pública da área de residência (que pode ser boa, mediana ou má, sem responsabilidade dos pais). Eu tenho o meu numa pública (da minha área de residência, no estrangeiro) porque é uma boa escola; se fosse má, punha-o numa boa privada. Não por ser privada, mas por ser boa. Eu faço o desenho:
1. Defendo a escola pública e quero que tenha as melhores condições para que, no médio prazo, TODAS as crianças possam ter acesso a uma instrução GRATUITA de QUALIDADE. E não apenas as que têm o bom código postal ou pais com a bolsa recheada.
2. A cada instante, cada mãe ou pai tem a obrigação de fazer tudo o que está ao seu alcance para proporcionar aos seus filhos a melhor instrução possível. Se a única opção aceitável na sua área de residência for privada, assim será. Não se educam crianças no médio ou longo prazo, quando a rede pública funcionar bem.
3. Mesmo que a rede pública fosse impecável, nem todas as escolas oferecem as mesmas opções curriculares. Nem que fosse apenas por esta razão, é legítimo escolher a escola que tem aquelas que mais convêm a cada um. Eu tenho a sorte de a escola pública ao lado ter secção internacional (que é paga), latim e outras opções. Nem todas têm.
Car@ Anónim@
Como diria o Leitor marsupilami vai por aí uma grande confusão. A demagogia tem destas coisas: ensarilha o raciocínio.
Por favor leia o que ele abaixo escreveu, ok?
Um bom sábado!
Caro A. Vieira
Por uma vez estamos de acordo...? Fico contente.
Um bom sábado para si!
Caro marsupilami ,
Tomei a liberdade de transcrever o que escreveu para o corpo do blog, no post a que ele se refere. Espero que não se importe.
Obrigada!
Bom sábado!
Se assim é, venha o cheque-escola, para que a liberdade de escolha não fique condicionada pela capacidade económica.
Ah, mas isso é coisa da IL, ou coisa que tal.
UJM,
Com todo o gosto. Bom domingo!
Anónimo,
A liberdade de escolha é, e sempre foi, condicionada pela capacidade económica - em todos os regimes e civilizações conhecidas. É uma questão de grau. A desigualdade é enorme nos EUA ou em Portugal, é bastante menor na Escandinávia. É uma escolha a fazer. Agora essa de ter o Estado a passar cheques-escola é mais do mesmo, já conhecemos de há muito: a iniciativa privada portuguesa sem autonomia e sempre de mão estendida para o Estado. Isso, passo.
Além disso, instalou-se como pressuposto da discussão um vício preguiçoso na forma de uma falsa e enganadora dicotomia privado-público. Há alternativas para além disso, nomeadamente várias formas de pôr as coisas da instrução em comum que podem passar por grupos de professores formando cooperativas (ou associações, depende da tradição e legislação em cada país) para criar novas escolas ou secções dentro de escolas públicas. O meu catraio anda numa escola pública (num outro país europeu), que tem uma secção internacional a funcionar. Essa secção é dirigida por uma associação de professores, à qual os encarregados de educação aderem também. A admissão é por exame (supervisionado pela agência regional da educação nacional), a taxa de admissão anda entre pelos 20-40% dos candidatos. Há várias ajudas para as propinas (secção internacional apenas, o resto é gratuito) em função dos rendimentos do agregado familiar. É só um exemplo. O que há demais por aí é preguiça, má fé e demagogia.
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