quinta-feira, fevereiro 22, 2024

Coisas e loisas.
[E decoração da colorida e criativa]

 

Vão-me aparecendo assuntos para tratar e, desabituada que quero estar de ter a agenda preenchida, fico logo como se estivessem a estragar-me o programa de festas. Até há cerca de um ano tinha não sei quantas reuniões por dia, recebia não sei quantos telefonemas, geralmente de gente que vinha comunicar-me problemas, esperando que eu os resolvesse, e não tinha outro remédio senão condensar os assuntos pessoais para os resolver de atacado, a correr, quando houvesse tempo. Estava saturada, ansiando por descanso e tranquilidade. 

Agora, quando acabo um dia, anseio por não ter nada para tratar no dia seguinte. 

Mas tenho tido. Ainda por cima, do tipo de assuntos de que nem sei bem por que ponta pegar e que, seja qual for a ponta, é coisa que não me é familiar. que me parece complexa, demorada, exasperante.

Por exemplo, a minha prima lembrou-se que, se calhar, deveríamos tentar regularizar a situação do terreno que temos no Algarve. Mas lá está: temos? 

Era do meu bisavô. Não sei se já havia registos naquela altura, princípio do século passado. Quando fugiu (e já sei, a minha prima confirmou, que foi para a Argentina), depois de ter perdido tudo, afinal ainda deixou o dito terreno, a casa em que a mulher e os filhos viviam e, se calhar, mais qualquer coisa. Dado que não havia certidão de óbito dele, as partilhas foram-se arrastando. A minha bisavó lá deve ter determinado a distribuição disso pelos filhos, cabendo ao meu avô o dito terreno. Mas nada disso foi registado.

A minha prima tem ideia que, a dada altura, alguma coisa fizeram. Mas não está certa. Eu tenho ideia que não fizeram. A estar em nome de alguém, cá para mim, ainda deve estar em nome dessa minha bisavó, cujo nome só agora soube. 

Ora como é que se passa disso, longínquo, impreciso, para um terreno devidamente registado em nosso nome? Parece-me um salto quântico...

Ela diz que, quando ia ao Algarve, se calhava irem também os pais, às vezes iam lá ver o dito terreno. E que ainda lá está. Diz também que lhe parece que o vizinho do terreno mais acima deve andar a mexer nos marcos pois parece que estão cada vez mais para baixo.

Eu não sei. Sei que encontrei um desenho do terreno, com medidas e tudo. Talvez venha a ser útil embora não saiba para quê.

E não sei se, para tratar de alguma coisa, poderei fazê-lo remotamente ou se terei que me mudar para lá, coisa que, obviamente não acontecerá.

Lembrei-me de ir à Loja do Cidadão. Quem me atendeu, perante a explicação, ficou na dúvida se poderiam resolver ali alguma coisa mas disse-me que, se quisesse tentar, teria que ir de manhã cedo para tirar uma senha. Ou, então, que sempre poderia fazer marcação no siga.marcações. Tentei. Mas, caraças, a dita aplicação... mandou-me para a Conservatória Predial do concelho a que o terreno pertence. 

Também estive a tratar do seguro da casa da minha mãe. Vencia-se agora. O valor, um balúrdio. Pedi uma nova proposta na mesma seguradora. Mais baixo mas, ainda assim, muito caro. Pedi na seguradora onde tenho os meus seguros. Mais em conta. Portanto, tive que tratar também disso, cancelar de um lado, fazer um novo noutro lado.

E etc.

Enfim. Conforme me disse o Conservador, na brincadeira, quando fui tratar da habilitação de herdeiros, só tem maçadas destas quem tem coisas para herdar... É um facto.

Quando os meus filhos me falam das suas vidas profissionais ou quando um amigo, como hoje aconteceu, me fala dos seus contratempos empresariais, quase me parece coisa de um outro planeta, coisa da qual eu, em boa hora, me pus a milhas. Mas, em contrapartida, aparecem-me destes pincéis para os quais não tenho um mínimo de competências...

Felizmente, esteve algum sol e consegui reclinar-me um pouco à hora de almoço, a banhar-me em vitamina D.

E é isto...

Por sorte, há pouco apareceu-me um vídeo giríssimo, uma casa cheia de cores e de ideias inusitadas, que vou partilhar. Pode parecer demasiado fora da caixa mas vejo ali ideias engraçadas.

Senão não fosse isto, o post de hoje não passava da indigência que acabaram de ler. É que ele há dias...

House Tours: 550 sq ft Custom Chelsea Studio

  • Location: New York, NY
  • Size: 550 Sq Ft / 51 Sq Meters
  • Type of Home: Studio Apartment
  • Years Lived In: Owner, 1.5 years

This colorful, custom and retro studio apartment in Chelsea is a labor of love and mad skill, all crafted by Helena, a props fabricator and designer for theater and film. Helena has turned a dull pail studio apartment into a jewel-toned ultra-functional home and hangout destination. Nearly every inch of her apartment has been carefully outfitted with custom furniture, handmade textiles, art objects, and playful paint patterns. In this house tour she shares not so obvious tips for constructing a Murphy bed, painter’s tips for color blocking, and how to make a studio apartment a welcoming destination for her and her friend’s weekly Dungeons and Dragons game night. See why Helena won Apartment Therapy’s “Cleverness Award” in the 2023 Small/Cool Contest!


Um dia feliz

Saúde. Boa disposição. Paz.

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