Problemas técnicos ultrapassados, eis que consigo aqui voltar. Dia preenchido, casa quase cheia, animação, apetite e boa disposição. E, sem contacto com o mundo exterior, ainda consegui estar reclinada ao sol a ler. Algum ventinho mas a temperatura amena, e sabe bem alguma frescura depois dos dias de queimação por que passámos.
Do mundo não me apetece comentar nada -- até porque quase nada sei -- e, de resto, o que posso dizer é que o terreno está quase desfigurado de tão 'limpa' que está a terra. É quando como quando a gente vê um homem a quem sempre conhecemos com barba e que, de repente, se apresenta escanhoado. Não parece o mesmo. Olha-se e sente-se que falta qualquer coisa. Não posso dizer que esteja mal até porque as árvores estão grandes e parece que até sobressarem mais. Mas falta toda aquela vegetação que cobria o chão. Volta a nascer, prometem-me. E só espero bem que sim.
A verdade é que os caminhos -- que quase tinham desaparecido sob a caruma e da qual já germinava toda a espécie de erva -- estão de novo à vista e isso não deixa de ter a sua beleza.
Ainda não está tudo limpo. Nos dias de muito calor os trabalhos foram suspensos. Ainda há muita limpeza a fazer e há árvores por desbastar. Mas muito já está feito. Agora já se pode passear por zonas que a natureza já nos tinha interditado e isso é também uma alegria.
No outro dia um dos homens junto de quem eu me lamuriava pela razia, dizia-me: 'Isto serve para quê?', referindo-se ao mato. 'Isto só serve é para os coelhos', concluía. Fiquei ainda mais triste e disse: 'Mas eu gosto de ter aqui coelhos...'. Talvez para me consolar. ele disse: 'Já quase que não os há...'. De facto, quase não os vejo mas creio que seja pela secura, está tudo tão seco...
Só espero é que, com isto, os esquilos não se assustem e não se vão para outras paragens -- até porque os pinheiros também têm que ser subidos (ou seja, a copa tem que começar mais acima). E os pinheiros são a sua casa preferida. Custa-me pensar que estamos a perturbá-los mas reconheço que tem que ser, a bem da segurança.
Mas, pronto, é isto. Pouco mais tenho a acrescentar.
Agora já foram todos dormir e eu vim aqui dar um arzinho de minha graça.
E o que hoje tenho para partilhar é um interessante vídeo no qual Mujica diz coisas interessantes. Há sempre várias maneiras de ver as coisas e a aproximação dele é a optimista, quiçá até utópica. Ele pede para não lhe retirarem a utopia e eu acho que, na realidade, viveremos mais felizes se conseguirmos sonhar com um futuro feliz.
Mujica reflete sobre evolução humana e diz que celular não é o problema
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Desejo-vos uma bom dia de domingo
Saúde. Tranquilidade. Paz.
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