Continuo com muitos afazeres. Hoje, de tarde, depois de várias outras coisas, tínhamos pensado que era um bom dia para irmos ter com a minha mãe e irmos lanchar. A bisneta iria também e, com sorte, a neta e mais dois bisnetos juntar-se-iam.
Acontece que, antes de irmos, tivemos que passar pelo Leroy pois uma tubagem desengonçou-se (não sei se já contei mas o meu marido, quando vai arranjar qualquer coisa, estraga sempre outras -- claro que ele não concorda com a minha análise, diz que o mal é que aquela tubagem tem anos e não aguentou um movimento mais brusco; não sei; só sei é que geralmente é isto e que, da minha parte, o que espero é que consiga arranjar senão sempre quero ver onde é que vamos desencantar um canalizador). Tendo ido ao Leroy, aproveitámos para trazer outras coisas de que precisávamos. Nada de mais mas, enfim, sempre se consumiu algum tempo.
E antes de irmos para o Leroy, quando estávamos quase a sair, tinha eu recebido um telefonema de um amigo e estive bem para cima de uma meia hora ao telefone. Gostei imenso de saber novidades e de conversar com ele mas a verdade é que aí o programa de festas começou a derrapar.
A questão é que, depois, o trânsito estava feito num oito, por todo o lado. Pelo menos, por onde passávamos. A passo de caracol. Parados, paradinhos. Só quando estávamos a ir a pisar ovos na marginal e vimos que toda aquela zona da Champalimaud, de Algés, e etc, estavam congestionadas muito para além do normal, polícia e carradas, carradíssimas de gente a pé, é que nos caiu a ficha: o NOS Alive. Fomos meter-nos nos piores sítios, na maior das inconsciências. Isto dá bem ideia de como andamos fora desta realidade.
Com isto, a menina já com uma certa larica, o cão a querer ir à fresca, à janela, e todo em cima dela, a fazer-lhe peso e calor. Felizmente não se pôs em cima da minha mãe. Finalmente, ao fim de não sei quanto tempo, lá conseguimos chegar à padaria portuguesa onde íamos lanchar,
Quando estávamos a escolher o que se iria lanchar, apareceu-nos um menino crescido vestido de futebolista. Uma alegre surpresa. Ia para o treino e a mãe, sabendo que estávamos ali, encostou ali para ele nos vir dar um beijinho.
Fomos, depois, para a esplanada.
Passado um bocado, chegou a minha filha. E passado um bocado chegou outro dos meninos, enorme, ar de adolescente crescido. Estava a chegar, sozinho, de estar com os amigos, segundo ele junto aos Jerónimos.
A minha mãe já não consegue acompanhar a pedalada da conversa daquela malta. Esse falava com o avô numas jogadas e numas tácticas usadas de manhã em dois jogos de futebol em que participou, as duas meninas, tia e sobrinha falavam de outras coisas, o cão ladrava aos pombos que por ali andam a debicar o que podem. E eu, se querem que vos diga, embora integrando-me aqui e ali, estava cansada, a sentir que estava mesmo a precisar de dormir. Eu acho que isto tem a ver com a porcaria da covid pois eu dantes não padecia desta soneira desgraçada.
Mas, pronto, depois de todos lancharem (a uma hora que mais seria de pré-jantar) e depois de termos ido levar a minha mãe e, a seguir, a menininha, passámos pelas pizzas e depois, já aqui, ainda fomos dar um breve passeio com o dog pois o meu marido receava que o anima com tanta movimentação, estivesse a precisar de se aliviar antes de vir para casa.
Resultado. São onze horas neste momento e estou incapaz de comentar o que quer que seja da actualidade.
Quando liguei o computador e espreitei as novidades, não quis deter-me nas loucuras criminosas daquela seita que toma conta do kremlin nem, sequer, na estupidez pegada que são os comentários abstrusos ao relatório da cpi da tap (tudo em minúsculas que é para se ver bem quão rasteiros são os temas). Também não me detive em mais uma busca numa câmara pois deve ser mais do mesmo. Dá ideia que Câmaras e Igrejas são lugares tendencialmente mal frequentados.
Resultado?
Lá me pus a ver casas. Desta vez, partilho uma maravilhosa casa que quase parece uma casa na árvore. Acho o máximo estar-se em casa e haver tanta natureza logo ali. No entanto, o meu lado prático de femme à ménage leva-me sempre a pensar: como se limpam estes vidros? Vidros gigantes, por todo o lado e de alto a baixo. Provavelmente contratam empresas para lá ir com guindastes. Deve sair um balúrdio. Devem estar quase sempre sujos de pós. Digo eu...
Tirando isso, é de sonho. A dona do 'ninho' na árvore conta como sentiu que precisava de ter um refúgio assim para curar o desgosto da perda do marido. Claro que cada um cura os desgostos como a sua sensibilidade lhe pede e conforme o conteúdo da carteira. Neste caso, passou os dois milhões e meio de euros. Pronto, é para quem pode. Mas ver não custa, é gratuito.
Visite uma 'Casa na Árvore' de $ 2,8 milhões escondida na floresta | WSJ Mansion
Após a morte do marido, Sue Deagle queria uma casa envolta na natureza para ajudar a reconstruir sua vida. Com o arquiteto Robert Young, a Sra. Deagle, vice-presidente sênior e diretora de crescimento da V2X Inc, criou uma casa na árvore na floresta.
2 comentários:
UJM
O covid é que paga, assim como o escadote que é fraco e pregou comigo de gatas. Não, não é o covid nem o escadote... É a velhice!. Custa aceitar, não custa ?! Pois, mas é a verdade verdadinha.
Em quinze meses já são treze , grandes escolhas !
A.Vieira
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