Se uma guerra é justificada por outras, nunca vai deixar de haver guerra. Se os erros passados vão sempre justificar erros futuros, nunca aprenderemos a ser melhores.
Se aceitamos que haja quem cruelmente cave a dor no peito dos outros, não nos admiremos que o desejo de vingança se metastize pelos sobreviventes.
Se, perante a destruição, arranjamos razões que desculpem o agressor, novos agressores irão germinar como térmitas em madeira prestes a virar pó.
Se, para acabar com a agressão e com o terror, advogamos a rendição, os terroristas sentir-se-ão livres para continuar a espalhar o horror -- e os próximos a ser agredidos, violados e mortos somos nós.
Se condescendemos em que as cidades sejam transformadas em escombros, que as árvores sejam queimadas, os pássaros reduzidos a uma longínqua memória, que as pessoas sejam dizimadas como inúteis objectos, que se exterminem todas as formas de vida -- que mundo estaremos a deixar para o último homem, para a última mulher, para a última flor? Um mundo feito de pó, de negrume, de solidão?
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Aneeshwar Kunchala é um mini David Attenborough e o que ele diz e a forma como o diz são comoventes
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