terça-feira, fevereiro 18, 2020

O alarmismo militante na TSF


De novo, ao ir almoçar, sintonizei a TSF. Ainda não aprendi que dali não sai uma leitura serena da realidade... 

Com ar de alarme, a jornalista informava que havia mais um doente suspeito de ter coronavírus e rematava -- naquele seu usual tom de sobressalto -- que 'já são dez os suspeitos de coronavírus em Portugal!'.

Passei de imediato para a Antena 2. É que o que se passa é que, até ver, todas as suspeições têm sido infundadas. Portanto, a notícia séria deveria ter sido: 'Sendo que até aqui, felizmente, nenhum caso de coronavírus se confirmou, está agora um caso em análise'. E ponto. A notícia era essa. 

Eu, que gosto imenso do Fernando Alves com os seus Sinais ou do Uma questão de ADN da Teresa Dias Mendes tal como dantes gostava de ouvir o Pessoal e Transmissível do Carlos Vaz Marques, não suporto estes noticiários, estes empolamentos e empolgamentos absurdos, esta tentativa de lançar o alarme. 

Não haverá quem controle isto? Não haverá uma voz experiente que explique que isto é manipulação, é mau jornalismo?

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Pelo contrário, a mensagem a reter é esta:


E, como sempre, mantenha as mãozinhas lavadas. 
(Mas também não vale a pena arrancar a pele... ok?)

2 comentários:

Abraham Chevrolet disse...

O alarmismo e a falta de senso deste pessoal da informação leva a que ninguém lhes ature os despautérios . Agora,como a raposa,podemos em verdade dizer: nem os cães as podem tragar,a essa gente e às notícias...
A informação chega ao ponto de dizer que os apupos, insultos e vaias dirigidos ao Marega no estádio do Guimarães se tratavam de,segurem-se bem, de cânticos !!! Cânticos !!! Essa canalha não saberá qual a diferença entre um ronco boçal e um cântico ?
É verdade,nem os cães os podem tragar,... e já não estão verdes !

Um Jeito Manso disse...

Olá Abraham, está bom?

Acho que a malta das notícias levou demasiado a sério aquela do cão morder o dono é que ser notícia e, vai daí, procuram tudo o que é exagero, marginal, doentio, maluqueira. E repetem, exageram, empolam, repetem, exageram, empolam... vezes e vezes e vezes sem conta.

Acho que, às tantas, já perdem o tino ao que dizem. Quando as palavras são demais, viram poluição. E quando se atropelam, acabam por atropelar as próprias ideias. Os canais pejados de comentadores futebolísticos, exaltados, atrofiados, insultando-se, dizendo palermices em catadupa, são um cansaço. Nem sei se há racismo nalguns ou se é mesmo só poluição e parvoíce em dose avantajada.

Quanto aos racistas broncos que se tornam ainda mais broncos quando em bando num estádio de futebol, é lamentável e condenável. Há muito trabalho a fazer nas escolas para que, quando crescerem, não serem trogloditas.

Dias felizes, Chevy.