quinta-feira, março 29, 2018

Gatinhos zombies, perversos, sobrancelhudos... e, até, uma gata descarada e melancólica


Por acaso, quando passeio no Ginjal e vejo um gato, não resisto a fotografá-los. Têm qualquer coisa de misterioso que me atrai. Parecem ser inteligentes e, ao mesmo tempo, reservados. Se ao mesmo tempo revelassem sentido de humor ainda gostaria mais deles. Assim nunca me deu para querer ter um cá em casa. Anmais herméticos ou ensimesmados já aturo eu demais ao longo do dia.

Mas hoje dei de caras com uma selecção de gatos que aparecem em pinturas medievais e já aqui estou sorridente como se me tivessem contado uma bela piada.

Diz o texto que introduz o tema que pintar gatos não é coisa para iniciados. Por acaso, nunca me deu para isso. O único bicho que me deu para pintar foi o cavalo mas, que me lembre, só aconteceu uma vez. Agora um gato... Na volta, se me desse para pintar um, apareceria aquela driving force do caraças que me puxa para o disparate e ainda o pintava com ar de safado e a fazer alguma indizível diabrura (como o bicho mau da terceira imagem que, ao que parece, deixou algum senhor em maus lençóis).

Mas, enfim, vejam se eram capazes de fazer gatinhos tão lindos e fofinhos como estes que aqui vos mostro.

Tenho um colega igual a este, quase sem queixo, boca desasada e olhinhos atentos.
Não tem é as sobrancelhas tão arranjadinhas como este.

Este, desconsolado, parece uma vizinha aqui da rua,
uma velhinha mal humorada, com ar de ser uma vencida da vida, sempre mal dormida

Deste nem sei que diga.
Querem que ele largue aquilo que leva na boca em troca de um peixinho
mas não me parece que ele vá deixar-se convencer

Este é uma gata, não é?
Não é por mais nada, é só porque me parece que tem as nails dos pés pintadas e com um corte todo artístico
Está é muito desinfeliz, coitada, com um ar mesmo melancólico e sofredor.