terça-feira, agosto 29, 2017

Caíu um relâmpago em cima da NOS.
A Coreia do Norte lançou um míssil para cima do Japão mas ele partiu-se em três, atingindo uns incautos que gostam de andar à pala mais os da NOS que se pelam por ser simpáticos.
Parece que há alerta amarelo no País mas, para já, só a malta que foi ver a Huawei é que está a meter água.
-- E, quanto a breaking news, parece que é o que há --



Tive um dia muito preenchido que abarcou de tudo um pouco: compra de sapatos para os dois (aliás, começou por ser só para ele mas, já que ali estava para dar opinião, aproveitei para uma deitada de olho e, lucky me, catrapisquei logo unzinhos que não puderam lá ficar), caminhada, fotografias, passeata à beira rio, visitas à família, incluindo ao hospital -- onde participei numa aula a que jamais tinha pensado assistir e depois ouvi a médica a recomendar à mulher do Sr. Luís que o leve a passear, o ponha a fazer jogos e mais não sei o quê e, para meu espanto, a mulher do Sr. Luís não disse à médica que ela devia estar a delirar -- depois fui a um Centro de Saúde colher informações com a minha mãe, depois fui levá-la a casa, depois fui ter com o meu consorte e fomos tentar comer qualquer coisa substancial já que o almoço tinha sido curto e apressado mas não fomos especialmente bem sucedidos, a seguir viemos até ao campo, tendo eu adormecido na recta final do percurso, depois fui varrer do lado das azinheiras que aquilo é folhinha e restos de bolotas que não acaba, depois até dei um grito quando, sentindo-me observada, dei com um par de belos olhos claros num corpinho branco e felpudo, escondido debaixo de um banco, a seguir descobri um ninho caído no chão, depois fiz o jantar e enquanto ele se fazia, vim fazer aprovações, ver apresentações e mandar mails, e depois jantei e a seguir tentei perceber das novidades do dia mas nada que se aproveite, apenas as notícias de que, em epígrafe, dou conta.


E, sobre a problemática, fiquei a pensar: eu podia dizer umas quantas coisas concretas. Mas depois pensei que era melhor não. Só generalidades.

A saber.

Os meninos e as meninas da NOS a esta hora devem andar atarantados, a ouvir os juristas que os apoiam e mais os da comunicação, a ver como vão fazer a contenção dos danos de imagem porque o que não era até aqui senão uma prática banalizada a que qualquer cliente ou potencial cliente pimpão não dizia que não -- que isto meio mundo conhece o mundo inteiro sem pagar um tusto, andando à pala de fornecedores generosos -- agora, de repente, parece que virou crime e toda agente desatou numa caça às bruxas a ver quem é que viajou e onde e quando e por conta de quem.


E eu que nunca viajei à conta de nenhum fornecedor ou potencial fornecedor -- sendo vista como uma ave rara, bicho do mato ou tão honesta que até chateia -- daqui deste púlpito vos posso dizer: levar clientes a passear à borla é prática corrente. Pagar deslocações e estadias a clientes é do mais banal que há à superfície da terra. Ofertas a clientes, despesas de marketing, gastos com comunicação -- tudo legal. Não há grande empresa que não proporcione uns dias à maneira aos clientes. Em especial aos principais clientes. Melhor: aos decisores nas empresas grandes clientes. Read my lips: não há grande empresa que o não faça.


Se todos os clientes que são convidados aceitam é outra coisa. Ou as empresas e as organizações têm códigos de ética que proibem que os seus colaboradores se desloquem a expensas de fornecedores ou, então, para os que gostam do bem bom a custo zero, quem é que vai achar mal que eles vão conhecer tecnologias, feiras, fábricas, etc, sem terem que gastar dinheiro à empresa para a qual trabalham?

Volto a dizer: eu nunca fui. Mas sou uma excepção. Se isto não fosse o blog decente que é, agora mesmo vos diria dezenas de nomes que, de fonte segura, já foram aqui, ali e acolá -- e diria nomes de cidades visitadas, nomes de empresas convidantes e convidadas, até nomes de funcionários dessas empresas. Mas isto é um blog decente e não uma boca no trombone. De resto, nada disto é crime. Quem foi, não foi às escondidas. Foram todos às claras e ficaram até bem vistos porque irem aqui, ali e acolá a convite de outras empresas é como se isso fosse uma medalha atestando a sua importância.

Julgam os meus Caros que as verbas com Marketing ou Imagem ou Comunicação que as empresas têm nas suas contas se referem a quê? Apenas a anúncios, newsletters, etc? Não senhor. Referem-se a brindes (conceito lato onde se pode até incluir material de som de qualidade, relógios de alto gabarito, vinhos que ficam muito bem em qualquer garrafeira de que os donos se podem orgulhar, etc, etc), a eventos (incluindo convites para), patrocínios de eventos artísticos ou desportivos (incluindo convites para), feiras cá e, especialmente, lá fora (incluindo convites para) e incluindo, naturalmente, o pagamento das respectivas deslocações e alojamentos (se for caso disso).



E isto já para não falar em gestos (como, por exemplo, presentes de casamento para quem os recebe ou para os filhos de quem os recebe, etc, etc.) e demais bagatelas.

Fazem agora os jornalistas grandes escandaleiras, denunciando A, B e C...? E não se vêem ao espelho...? Ou é vingança por não terem ido ou recebido quando todos os outros colegas foram ou receberam? 

Pergunto: No que acima referi, quantos dos convites são para jornalistas...? 
Respondo: Muuuuuiitooooos....

Ainda há dias, alguém me dizia que iam convidar uns jornalistas para poderem fazer uma reportagem (útil para a empresa) e que o presidente iria almoçar com eles, pois 'eles' apreciam sempre esses gestos. E estava a falar-se de jornalistas a irem a outro país com tudo pago. Claro. (E os jornais agradecem. Têm lá verba para suportar isto?)

Se todos os funcionários de empresas, organismos ou meios de comunicação social que foram aqui e ali ou receberam isto ou aquilo se demitirem, vai ser bonito. Seria uma razia sem precedentes...

Embora em verdade vos diga: do que conheço (e, caraças, se conheço) grande parte dessa gente que gosta de passear, ver espectáculos ou papar à borla bem podia mesmo levar um valente chega para lá, que geralmente agem muito mais em função de quem mais os apaparica do que do que é melhor para quem lhes paga o ordenado... Mas isto já uma opinião subjectiva.


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As fotografias foram feitas esta segunda-feira.

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E caso vos apeteça uma coisa completamente diferente, queiram descer ao encontro da Gabrielle.

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