Nunca fui de contar anedotas. Mas gosto de as ouvir, especialmente se alguém as contar como se fossem histórias de verdade e eu estiver a ouvir com atenção e, às tantas, for surpreendida com uma piada irresistível.
Tinha um colega que sabia anedotas aos montes, e ele sabia contá-las, dava-lhe aquele tempero de suspense, de tom de voz, de inflexão no ritmo que nos deixava sempre a rir a bom rir. Tenho saudades desse tempo. Era feliz e sabia que era. E ainda sou. Mas faltam-me, no trabalho, aqueles momentos de galhofa, de pura irreverência.
Depois tive outro, um grande maluco, que contava anedotas completamente disparatadas, insólitas, e a gente desatava a rir-se com o nonsense daquilo. No outro dia, estava eu a sair de um centro comercial e a entrar para o parque de estacionamento, quando vejo um homem escondido atrás de uma coluna, a rir, a espreitar com cuidado, e a esconder-se de novo. Era ele. Fiquei até incomodada. Pensei: 'Querem ver que endoidou?'. Olhei na direcção que ele olhava e vi duas mulheres a conversarem.
Hesitei em cumprimentá-lo. Entretanto, as duas mulheres despediram-se, uma saíu do Centro Comercial e outra olhou na direcção dele mas ele, quase num salto, já ia na direcção dela.
Presumo que tenham visto uma conhecida e que ele, para não a aturar, fez aquele número, deixando o assunto por conta da mulher. Maluquices típicas dele. Era director e professor universitário. Agora é apenas professor universitário.
Mas agora já nem há tanto o hábito de contar anedotas mas, sim, de as fazer circular por mail ou pelas redes sociais. Vejo a mesma coisa várias vezes, algumas com meses de intervalo. Devem andar a girar em círculos. Por isso, já estou como o Patrão da Barca: recebo anedotas e vídeos humorísticos e fico-me eu com eles, no tal vício solitário.
Mas hoje estou nisto, apetece-me arriscar e partilhar convosco. Depois da dos mineiros do mail abaixo, agora esta:
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1 comentário:
Interessante...eu era menina para fazer qualquer coisa do género.
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