Ora bem. Não é que já esteja acordada ou atilada. Não: estou na mesma. Portanto, não é daí que me vão vir melhoras. A questão é que, depois de ter partilhado convosco um momento de pura sabedoria taoísta, ao pôr-me a ouvir uma música muito bela, senti como que uma espécie de uma elevação.
Riam-se à vontade os que já se acham num patamar elevado. Confirmem: é mesmo verdade. Eu sou assim, animal-animal mesmo. Só não me ponho estendida na beira no rio, os pés na água, a olhar para o rodar do sol por entre as árvores e a ouvir a quarta tocada por um bando de pássaros porque ainda não descobri o lugar certo. Senão a ver se me punha para aqui armada em esperta a falar de impostos ou sigilos bancários. Que isso se fosse catar seria o meu desejo. Mas isto é só até descobrir o rio de leite e mel em cujas margens descansarei a minha cansada mente.
E, portanto, elevada até ao patamar em que o animal-animal dá lugar ao animal-levemente-pensante, procurei temas menos eco-epicuristas. Como vos dizia, as cordas tangiam e o meu coração sentia-se envolto em harmoniosos laços enquanto as minhas mãos procuravam mais beleza.
E encontraram-na.
A beleza dos gestos, dos afectos, a beleza suprema da generosidade. Penso que a felicidade maior vem da generosidade e do contacto com a natureza - e de nos sentirmos próximos (física ou mentalmente) de quem amamos.
Podem pensar que estou no gozo. Não estou. Quando se me varre a censura interna, fico assim. Zen. Zeníssima.
Mas, portanto, dizia eu.
A beleza dos gestos, dos afectos, a beleza suprema da generosidade. Penso que a felicidade maior vem da generosidade e do contacto com a natureza - e de nos sentirmos próximos (física ou mentalmente) de quem amamos.
Mas pronto, filosofia à parte que a hora não está para os clássicos.
Dizia eu, então, que.
Nem sei como fui parar onde o meu coração se aconchegou. O mundo como um abrigo e não como um lugar perigoso.
Centuries-old Italian villages were becoming ghost towns. Refugees were fleeing conflict and seeking new homes. The needs of each have come together in Camini, a 12th-century town whose population has dwindled to about 280 people—a quarter of what it once was. In hope of breathing new life into deserted neighborhoods, Camini has welcomed more than 80 refugees and immigrants from Africa and the Middle East.
No fundo, a mesma harmonia que a beira do rio, que o amor simples. Procuro a harmonia.
Não gosto de complicações. Se há coisa que me chateia são complicações: livros com páginas e páginas de coisa nenhuma, de prosoleio irrelevante, ou problemas parideiros, problemas dentro de problemas, ou soluções que não se percebem, que cansam só de tentar perceber se são soluções ou mais problemas. Eu não. Para mim só o polinómio depurado, a geometria cristalina, a equação elegante como uma bailarina em pontas, o texto como um sussurro da alma, a música como uma suave carícia na superfície da minha pele.
Coisa assim.
Mas dizia eu que.
Acolher os outros. Querer que os outros, os que nada têm, sintam a paz e o amor no seu coração. Abraçar. É bom abraçar.
É o caso que aqui abaixo se vê. Vejam, por favor.
Portugal, com tantas aldeias quase fantasmas, precisa de vida nova.
É o caso que aqui abaixo se vê. Vejam, por favor.
Portugal, com tantas aldeias quase fantasmas, precisa de vida nova.
Mesmo que a cor da pele ou o tom das preces seja diferente.
Cosmano e Assan, pai e filho
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Vi os animais que se estimam como se da mesma família no Bored Panda.
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Vi os animais que se estimam como se da mesma família no Bored Panda.
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E antes de deslizarem até ao próximo post, caso não resistam a saber o que Stephen Colbert gozou com o primeiro debate Hillary Clinton versus Donald Trump, eis o vídeo da intervenção de abertura do programa de hoje.
The First Presidential Debate Lives Up To the Hype
The Late Show with Stephen Colbert
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E agora desçam, por favor, até às esposas selvagens (atenção: contém cenas de sexo explícito)
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