sábado, setembro 03, 2016

E porque hoje, dia 3 de Setembro, é o Dia das Barbas, vamos lá a isso:
Estão ou não na moda? Valorizam ou não quem as usa?
Eu demonstro a minha teoria com casos práticos


Depois de, no post abaixo, ter escrito sobre as desconformidades do Rangelito, do mau olhado permanentemente lançado pelo Láparo e das vacuidades da candidata a Rainha da Sucata, pus-me a circular pela televisão a ver se descortinava alguma coisa que se visse. 

E fui dar com a Cristina Ferreira e as suas danças e, claro!, com a Madame Teresa Guilherme com as suas meninas esbraseadas e os seus calmeirões tatuados. Não sei se aquilo é peixe fresco ou do gelo (e que me perdoem as analogias piscícolas mas, já sabem, é a minha orgulhosa alma de peixeira*...). Começaram novos programas iguais aos anteriores ou isto são repetições? A sério que não faço ideia. Até o Zezé Camarinha lá vi. Ou foi uma cena de déjà vu que me assolou ou é aquela coisa da roupa velha. Zapping. 


Depois apareceu-me o Baldaia, olheirento, e pensei que estava a falar de política. Pensei: 'deixa cá ver qual a cena dele agora'. Mas não, estava a falar de futebol. Em vários outros canais a mesma coisa: a falarem de transferências e de um, acho que nao jogador, que saíu do Porto, não sei nem me interessa saber porquê nem porque é que isso é importante. Mas se calhar é. Zapping.
Agora o que me pareceria boa ideia é que isto da época das transferências fosse extensível aos partidos. Por exemplo, acho que o Rangelito seria um sucesso entre as miúdas que parece que agoram pululam no CDS. Daqui lanço, pois, o repto: madame dona cristas não quer contratar o galinho rangélico? Ou, para o PSD, que tal o láparo contratar a meireles para ambos rodarem, de noite, filmes de terror para assustarem as criancinhas no dia seguinte.
Mas não quero perder mais tempo com isto. Não é coisa que me assista, como dizia o outro, o campeão da reboleta estrada abaixo.

Vou então falar do que aqui me traz -- um tema biblíco. Bem, não sei se bíblico será o termo. Talvez histórico. Havia aquela do outro que cortava as barbas ou aquilo de pôr as barbas de molho. Na volta ainda é tema lançado pelo vaganau do Homero, que parece que foi quem esteve na génese de tudo. Portanto, por prudência, vou antes dizer que o tema que aqui me traz é clássico. 

Pronto. Feito o enquadramento, vou a factos.

 

Ficam os homens melhor ou pior com barba?


Como este texto está a seguir um rumo rigoroso, acho que devo plasmar já aqui um disclaimer. Tive, em tempos idos, um intenso coup de foudre, de que ainda hoje não me curei, quando um desconhecido, barbudo como um guerrilheiro, pousou em mim um olhar descarado. Depois disso, já tentou várias vezes despir-se dela. Ainda no outro dia. Por precaução, deixa o bigode. Diz que é só para a cara apanhar sol no verão. Ora não acho bem. Portanto, a ousadia dura um dia. Por isso, escuso de dizer mas digo: sou a favor.

Ao meu filho nunca influenciei. Tambem não é rapaz de ir em influências da maezinha. Mas usa uma bela barba. O cabelo agora quase escuro, sempre curtíssimo, os olhos claros, esverdeados, e uma barba arruivada. Não desfazendo de vocês, Caros Leitores, ou dos vossos filhos, que são todos certamente bem jeitosos, mas o meu filho é um belo barbudo. Felizmente, nisso, a minha filha não sai ao irmão. Nem nisso da barba nem, fisicamente, em quase nada, que toda ela é mais parecida com o pai: uma morena de alma e coração.

Bem. Onde é que eu ia? Ah. Estava eu aqui e recebo uma mensagem da minha nora. Tinha uma fotografia do meu filho em grande plano com os meninos ao pé e dizia ela que ele era capaz de ser o rapaz mais giro da festa (e incluía aqui um smile), qual João Ferreira. Já algumas vezes aqui falei que o PCP tem homens bonitos e referi o João Ferreira como um belo exemplar. Estavam na Festa do Avante, claro. 


João Ferreira - não está mal, não senhor, mas tomara ele ter tanta pinta como o meu filhão


A seguir, começo a deambular pela leveza internética e não é que, na Madame Figaro, dou com um artigo sobre as barbas? Sério. Para começar, para quem não saiba, este sábado é o Dia das Barbas.

 

[Alguém sabia que também havia o Dia das Barbas? Eu não. Há dias para tudo, caramba].

O artigo diz tudo logo no título:


De facto, a barba transversalizou-se, virou tendência, não é coisa de velhos em tempos revolucionários, de guerrilheiros ou de malta do reviralho. É simplesmente uma coisa que valoriza os homens. Talvez, no fundo, a barba transmita uma ideia de virilidade. Acho que sim. Mas é mais que isso, tem a ver com a maneira de ser e, talvez que, uma vez mais, os homens com barba pareçam mais homens que os outros. Mas je ne sais pas. É talvez apenas uma quelque chose, aquilo do je ne sais quoi. É que não é a barba em si que confere o atestado de virilidade mas o all in. Mas pronto, não sei. É sabido que não sou uma pensadora militante, sou mais na base de atirar bolas para o ar.

Bem, adiante.

Uma ressalva: se forem apenas três pelos, coisa rala e triste, pois mais vale que não. Agora se a barba é franca, pois que se aceite que ela embeleze o rosto em que cresce. Contudo, não gosto de ver o pescoço descuidadamente peludo. Acho que abaixo da linha do rosto, o pescoço deve ser barbeado.

Por exemplo, este jovem aqui abaixo vai lindamente com a sua barba mas já o pescoço estraga tudo, dá-lhe um aspecto descuidado.


O artigo tece razões e ouve entendidos, uma historiadora, um youtuber e um barbeiro. Eu como não tenho competência para dissertar filosoficamente sobre pilosidades faciais, limito-me ao que sei: ver.

E o que vejo é bom de ver. A Madame Figaro escolheu uma mão cheia deles para mostrar como ficam a ganhar com o uso da barba. Eu mostro apenas uma pequena amostra e cada um que conclua por si.

George Clooney, sempre bem

George Clooney - mas com barba ainda melhor

Jon Hamm, um belo homem

Jon Hamm, muito melhor com barba

Robert de Niro, um clássico, sempre bem

Robert de Niro, verdadeiramente charmoso com barba


Bradley Cooper mas, sem barba, até parece estrábico
(coisa que não tem mal nenhum, até pode ter uma gracinha suplementar)

Bradley Cooper mil vezes melhor com barba


Portanto, declarando a amostra como significativa, decreto a conclusão: a barba valoriza os homens. E daqui lanço um desafio: que hoje, sábado, Dia das Barbas, todos os meus Leitores que ainda fazem a barba todos os dias, ousem tornar-se barbudos: mas barbudos civilizados, if you please.

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E queiram, se, claro, a tal vos aprouver, deslizar até ao post abaixo, texto esse que ofendeu a sensibilidade de Leitora que o considerou grosseiro tendo, no fim, condimentado o seu comentário com um desabafo quase filosófico: *uma peixeira é uma peixeira. Ide e vede, meus Caros. E se a vossa opinão for coincidente com a da Leitora, pensem bem: como é que se pode falar do Rangel, do Láparo ou da Cristas mantendo as pérolas elegantemente pousadas sobre o regaço?

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5 comentários:

bea disse...

Permito-me dizer-lhe que nas fotos com barba os portadores que mostrou têm penteado que mais os favorece e até, repare bem, estão "mais bem tirados". E por acaso até prefiro barba em alguns homens. Os feios ficam quase todos beneficiados por uso de barba e óculos adequados. Emprestam-lhes charme e vê-se menos o rosto. Os bonitos ficam sempre bem. Mas há bonitos que ficam muito melhor de barba. Eu conheço um que pouco a cuida e tem vezes em que mais parece um troglodita. Enfim...

Um Jeito Manso disse...

Mas lá está, bea, quem a tem, tem que a tratar bem (até versejei).

Conheço um que eu tinha por homem com uma certa piada e que, um dia destes, apareceu sem barba. Quase não o conheci. Uma cara de fuinha... Não percebi que opção foi aquela.

Eu uma coisa que gostava de fazer era aconselhamento estetico: corte de cabelo, barba ou não barba, tipo de vestuário. O que me custa ver um homem com um casaco sem jeito, comprido, mangas demasiado compridas... Ou outros com as calças muito puxadas para cima, um número abaixo. Ou com meias curtas, sem elásticos e, ao traçarem a perna, a gente até ter pena do que vê.

Enfim.

Um bom domingo, bea!

Fernando Lopes disse...

Suponho que nunca tenha investigado, mas asseguro: barba é coisa que sai cara. Se cortar o cabelo num babeiro de bairro, como faço há trinta anos, a coisa sai por 10 euros, mais euro menos euro. Se for um militar pente 3, durante dois, três meses, não se preocupa com as pilosidade capilares, à excepção de as lavar. A barba, para ter bom aspecto, requer aparadela profissional de 15 em 15 dias, 3 semanas se negligenciarmos. Cinco aéreos de cada vez. É caro, e obriga a tornar-mo-nos visita regular do barbeiro. Tenho uma linda barba grisalha - modelo vaca turina - mas falta-me o tempo.;-)

Um abraço.

Um Jeito Manso disse...

Olhe que pode não custar nada se usar (em casa) uma máquina daquelas de cortar cabelo e barba. É só aplicar o pente correcto e regular o tamanho do corte. Claro que há o investimento inicial da máquina que será coisa para 20 ou 30 euros. Mas a máquina dura anos.

Cá em casa e em casa do meu filho é isso, ninguém vai ao barbeiro aparar a barba, aparam-na em casa uma vez por semana.

Aliás, cá em casa nem para o cabelo masculino há ida ao barbeiro pois, com a mesma máquina, uma vez por semana também, o cabelo é cortado -- mas, nesse caso, a barbeira sou eu.

Já agora: idem com o meu cabelo. Há anos que não ponho os pés num cabeleireiro. Corto, escadeio, desbasto, penteio, etc. Custo zero.

Um bom fim de domingo, Fernando.

PS: Tenho apreciado muito os seus Dias de Lanzarote. Não conhecia e gostei que tivesse partilhado o que viu e sentiu.

Anónimo disse...

UJM,
Barba corta-se em casa. Cabelo - sempre - no barbeiro. Sempre! Não há nada, mas mesmo nada pior do que "a mulher em casa a cortar cabelo". É uma daquelas teorias, ou práticas que vem - por vezes - vingando, mas que não resulta.É a catástrofe total. Nenhuma mulher sabe cortar cabelo de homem, a não ser algumas excelentes profissionais - de barbearia, como por vezes sucede. Já apanhei disso. Quanto a preços, tudo depende. Na Serra da Estrela, quando lá vou, corto o cabelo por 4 Euros, em Cascais por 11, noutros sítios varia entre 8 e 10 euros. Poupar no corte de cabelo é irrisório. Ao menos fica bem cortado. Vejo os amigos cujas mulheres lhes cortam o cabelo e chego sempre à mesma conclusão: assim é fácil, só apararam aqui e ali e pouco mais. E mauzote. Agora, cortar é outra coisa. Só barbeiro! Nossos filhos, quando estamos com eles, por vezes cortam eles, outras minha mulher (outras o barbeiro) e por muito jeito que tenha, e parece que tem, nada se compara a um profissional de barbearia. Ponto! São daquelas modas da cidade que têm vindo, devagarinho, a tentar convencer incautos, mas não a mim.
Tenha uma boa semana, que vai ser quente, ao que li.
P.Rufino