Quase todos os anos volto a este tema. Repito-me. Mas o meu encantamento é tal que não me parece bem guardá-lo só para mim. Hoje, então, foi magnífico. Um dia de calor... Só se estava bem à beira ou dentro de água e foi lá que estive até ao tombar do dia.
Gosto de assistir de perto à prática da xávega. Dizem-na uma arte e eu concordo.
A água do mar boa, nada fria, e linda, linda. E eu, que tenho este fascínio pelo voo das gaivotas, pude saciar-me, andar dentro de água, junto delas. Nem sei como mas consegui manter a máquina fotográfica a são e salvo, por vezes quase me senti o Camões a salvar o seu manuscrito.
Espero que gostem de ver e, em especial a quem vive longe do mar, que vos chegue a sensação de frescura e maresia tão boas -- e uma noção, mesmo que ínfima, da beleza imensa que é isto.
Espero que gostem de ver e, em especial a quem vive longe do mar, que vos chegue a sensação de frescura e maresia tão boas -- e uma noção, mesmo que ínfima, da beleza imensa que é isto.
Os tractores começam a puxar as cordas que trarão a rede para terra |
Bem depois, as mulheres começam a vestir calças impermeáveis e a calçar luvas enquanto os tabuleiros de plástico começam a ser retirados do atrelado |
A rede está a chegar e os homens entram na água para a puxar |
A rede já quase fora de água e as pessoas chegam-se à sua beira para verem o peixe a saltar |
O peixe é empurrado para o oleado que, previamente, foi estendido na areia |
Começa o processo de separação por caixotes que, à medida que são cheios, são retirados para a areia |
Uma tentação, peixe assim ainda tão fresco |
E rede recolhida e tudo em ordem, o barco faz-se de novo à água, puxado pelos tractores e posteriormente ajudado pelos homens que ficam em terra |
E eu pergunto-me até quando permanecerá esta arte maravilhosa desconhecida de grande parte dos portugueses?
É que é uma coisa de tal beleza... Quem puder não deixe de um dia vir ver.
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Económica e, ao que se diz, infalível.
Desçam, por favor.
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