terça-feira, agosto 23, 2016

ညဦးမှာတစ်ဦးစီးနင်းအပေါ်အိပ်နဲ့ရေးသားစာသား





Andei a passear junto ao rio mesmo ao cair do dia. Andei a passear em estado de total encantamento. Andei a andar e a parar e a olhar e a fotografar. Andei, andei até ser noite.

E agora que aqui vinha mostrar a doçura de um anoitecer assim, o sol a mergulhar atrás da cidade lá ao fundo, o rio a escurecer, a escurecer, as luzes a acenderem-se, as gentes sentadas no chão a conversar, a petiscar e a beber, e a frescura a subir das águas, está a dar-me a preguiça de as passar para o computador, de as escolher.

Passa da meia noite e agora é que cheguei ao computador. O jantar já foi depois das dez, e depois havia coisas para fazer, arrumações. Depois ainda estive a retocar algumas coisas no quadro que é relativamente grande, 70x100 cm. E pintar de noite é traiçoeiro. Hoje, mal me levantei, fui vê-lo à luz do dia e algumas cores não estavam bem como as queria. Mas de manhã, que tinha tão boa luz para pintar, não deu, tenho obrigações profissionais que não são compagináveis com frescuras desse tipo. Por issso foi agora, outra vez com as luzes da sala, que tentei, com a memóra das cores da manhã, levar algumas partes ao tom que tenho em mente.


Claro está que, tivera eu aqui mais uma dúzia de telas, e era com elas que estava agora. Prazer maior. A ouvir música, a escolher ou a fazer cores, a pintar em plena liberdade. Mas ainda bem que as não tenho, as telas vazias estão in heaven, escondidas, Se me ponho a pintar, custa-me parar e depois já não sei onde as guardar. O meu filho, outro que tenta educar-me, diz que se eu levasse dez vezes mais tempo com cada um, se me apurasse mais, fazia dez vezes menos quadros. Pois, a matemática confirma o raciocínio. Mas isso é como no blog: podia andar o dia todo a magicar num tema, depois chegar aqui e ainda destilar mentalmente a ideia para que os supérfluos se arredassem, escrever então mas devagar, depois reler, corrigir, voltar a ler, apurar a escrita e, no fim, produzir três linhas perfeitas. Assim, não penso em nada, chego aqui e começo a escrever, e é pimba, pimba, pimba, e, mal acabo, lá vai disto: publico. Claro que, se no dia seguinte releio, até me cai o coração aos pés tantas as falta de letras, vírgulas completamente desastradas a pousarem onde não devem, e, por vezes, o oposto do que queria dizer porque falou uma palavrinha como 'não'. Enfim. São estilos. Ou maneiras de ser.

Também por falta de contenção ('também' porque faltam muitas outras coisas) é que não me dá para escrever poesia. Aquele apuro que eu acho que tem que haver na escrita poética, aquela perfeição matemática, é coisa que não está ao meu alcance. Sou imoderada por natureza e acho a perfeição uma seca.


Mas também vou já avisando: com o meu alto débito produtivo, se um dia me dá para poetar, em três tempos sai uma Odisseia dos tempos modernos, um Ulisses revisited. E quem diz Odisseia diz Ilíada. Ou, vá lá, já que em português me sairia ainda mais depressa, Os Lusíadas. Sempre a abrir. 
Mas adiante que isto é matéria que pode ofender algum fundamentalista que por aí haja e eu quero é peace and love, não é cá guerras.
Além disso há outra coisa. Comecei a ver se faço dieta e agora estou aqui cheia de fome, parece que nem consigo concentrar-me. Queria escrever um post sobre escultura e não saio disto, desta conversa mole. capaz é de ir ao frigorífico e meter uma garrafa de kefir à boca. E, a seguir, comer tâmaras secas à mão cheia. E rematar com figos ou alperces. Poças, que fome, caraças. Mas vou resistir. Daqui a nada, ao deitar, contento-me com um copinho de leite magro e já é uma sorte. Mas isso é ao deitar. Agora tenho que penar.


Ontem à noite guisei frango do campo com ervilhas, feijão verde, cenourinhas bebés, tomate, batata doce, cebola, alho, folha de louro, azeite e uma mini. Ficou saboroso que só visto. Pois hoje o meu jantar limitou-se a um tomate e alface, depois meia perna de frango e legumes, excepto a batata doce. Ou seja, hidratos de carbono, praticamente zero. É certo que, a seguir, peguei na côdea de uma bolinha de pão saloio e apanhei o resto do molho mas foi tão pouco que não conta, Depois, uma (1!) ameixa amarela. Apetecia-me comer um cabaz delas e, feita elegante, fiquei-me por uma. Umazinha. Tristeza.

Resultado: estou aqui e, tal a fomeca, só me ocorre é ir assaltar a cozinha. E a escrita também por aqui anda, aguada, a ver se aparece algum osso à espera de ser roído ou um bocado de côdea seca. Tudo servia.

Pela música que escolhi, a partir do momento em que venci a preguiça e escolhi as fotografias, devia estar a pensar escrever um texto romântico mas agora, aqui chegada, e adormecendo de minuto a minuto, já não faço a mínima ideia do que era.


O que sei é que também tinha em mente falar daquele manuscrito secreto escrito numa língua misteriosa que ninguém conseguiu reconhecer, com ilustrações também não identificáveis e, com esta situação, a dormir e aqui à beira da inanição (e eu, se ainda conseguisse censura interna sobre mim, impedia-me de falar desta forma ligeira de um assunto que assola parte da população mas, assim, deixo que se plasmem no texto toda a espécie de parvoíces), já não consigo desenvolver qualquer raciocínio.

Por isso, para colmatar a falha, limitei-me a traduzir o título do post para uma língua curiosa, cheia de gatafunhos fofinhos e com flores no cabelo das palavras. Para dificultar a sua leitura, pensei em pôr cada palavra na sua língua mas isso era capaz de dar muito trabalho e eu, da maneira que estou, precisava era de ser teleguiada daqui até à cama.

E agora está ali em cima o Jorge Palma a cantar a Valsa de um homem carente, uma canção tão bonita, e afinal não apareceram palavras com o romantismo no regaço nem eu fui capaz de encontrar o rumo da prosa -- e isto nem é post que se apresente
que eu, se fosse dada ao culto da imagem, apagava era tudo o que para aqui estou a escrever não vá um texto destes, desconexo e despropositado, dar cabo da minha imagem.
Mas como não a cultivo -- já que, como é sabido, eu é mais bolos -- deixo estar. Paciência. 
Olha e lá saíu outra coisa relacionada com comida. Bolos... ah, bolos... quem me dera. Uma tarte de limão merengada. Uiiii, quem me dera. 
Pronto. Calo-me que já se viu que isto, daqui, hoje não se aproveita nada.
Vou pregar para outra freguesia mas não sem antes ir beber um copo de leitinho (magro, claro).
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Já não me lembro com exactidão de qual o título original antes de o ter traduzido para Myanmar mas era qualquer coisa como 'post escrito com sono sobre um passeio ao anoitecer'

Todas as fotografias foram feitas há bocado, quando a noite tombou docemente sobre o rio.

Tirando isso, acho que não é mesmo mais nada. 

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma terça-feira muito feliz.

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4 comentários:

P. disse...

Lisboa, esta nossa capital, está cada vez mais encantadora. Ontem, quando passava pela Rua da Misericórdia, a horas do almoço, embora não me deixe tentar por refeições a essa hora, acabei por não resistir a entrar num novo restaurante que por ali há, para comer umas ostras e uns chocos. O que me espantou foi o preço: 2,3 Euros pelas ostras e 7,5 euros pelos chocos…em pleno Chiado e no centro de Lisboa, a transbordar de turistas. Um ambiente muito agradável, comida óptima, gente simpática. E o Chiado cheio de gente animada. E de turistas. Montes! Depois, ao apanhar um táxi, por curiosidade um tipo do Leste europeu, bom conhecer de Lisboa já e a falar um português muito bem, homem de uns 50 anos e coisa, lá me dizia estar muito satisfeito com tanto turista. Enquanto andava por ali a pé, já depois de sair da FNAC (sempre que ali vou, não resisto a ir à FNAC e Bertrand), um casal francês, mais os filhos, perguntou-se qualquer coisa, mas…começando por indagar se eu era francês (porque raio?). Lá lhes respondi que não, que era aqui da terra de Camões ( o Largo, ali perto, estava cheio de “camones” a apanhar ar, saias subidas, eles e elas da cor da lagosta, cheios de calor, mas felizes, que é o que importa) e ficaram muito contentes por alguém lhes responder e falar em francês. Pois…!
Num outro restaurante por ali perto, outro dia, estive a ler, enquanto comia um almoço leve, a revista “Turismo de LISBOA”, de Julho que eles disponibilizavam. Vale a pena ler o que ali se escreve sobre por capital e o que aqui se faz, se programa, como ela e as suas gentes se divertem e, acima de tudo – o que dizem de nós e desta magnífica capital, os turistas e as revistas da especialidade sobre turismo, lá por fora. Lisboa (e o Porto) está (aõ) definitivamente na moda! Ainda bem! Valha-nos isso, já que a dívida pública sobe (pouco, mas subiu), embora o desemprego (sazonal?) tenha descido. Não interessa agora, importa esse bom tempo, que, convenhamos, tem sido um Verão fantástico, que há muito não se via assim!
P.Rufino

Pôr do Sol disse...

Dietas! Ui que tema, as dietas custam para caramba.
Tenho um amigo que diz que a melhor dieta é a que começa amanhã.
Eu, há vinte anos que as colecciono, sinto que é meio caminho andado.

De vez enquando faço a unica que consigo e resulta na perda de 1 a 2 kilos:
- Na véspera destina-se o almoço e o jantar do marido. Escolhe-se um dia sem visitas, convivios e de preferencia que o marido esteja ocupado.
- Durante o dia come-se devagar uma maça e uma hora depois bebe-se um copo de agua.
- Repete-se até prefazer as sete maçãs e sete copos de agua.
Se começarmos às 8 da manhã com um copo de agua acabamos às 21 com uma maçã.

Como gosto muito de maçã reineta, faço sempre com estas ou, na falta, as de Alcobaça.

Se conseguir convencer o marido que tambem ele perderia aquele pneusinho ou um pouco da barriguinha tem a tarefa facilitada.

Boa noite e bons resultados.

Se conseguirmos deitarmo-nos cedo, o que para mim é o mais dificil, ajuda.

Um Jeito Manso disse...

Pois é, Pôr do Sol, mas a trabalhar, com reuniões, a ter que almoçar em restaurantes, etc, não é fácil. Mas a ver se nas férias me aventuro.

Obrigada!

E um dia feliz para si, Sol Nascente!

Um Jeito Manso disse...

P. Rufino, olá!

E não quer dizer onde se comem tais petiscos a preços tão convidativos?

Penso que muita gente agradeceria.

E um dia muito bom para s!