sábado, junho 11, 2016

Somos o que queríamos ser quando éramos pequenos?


No post abaixo já mostrei um vídeo espectacular com Obama, uma coisa deliciosa de bom humor. Se ainda não viram, não deixem de ver. Bom, bom, bom.

Mas isso é a seguir. Agora a conversa é outra. Eu sei que, dado que foi o 10 de Junho, deveria ter mostrado imagens alusivas ao dia e aos festejos -- e até as tenho. Mas estou preguiçosa que só visto, não me apetece levantar-me deste lugar confortável em que me instalei para arrancar a máquina fotográfica das mãos do meu marido que anda aqui à minha volta a fotografar-me. De cada vez que considero fazê-lo, diz-me que me deixe estar sossegada, a escrever, e apanha-me de outro ângulo. Sempre estou para ver o que sai dali. 

Adiante.


O tema agora é outra coisa: o que somos hoje e o que queríamos ser.

Já escrevi sobre isso, não vou alongar-me: funcionária administrativa, depois cabeleireira. Já adolescente, psiquiatra. 

Não ando longe disso.
Trabalho numa empresa e o que faço não é bem o que me atraía -- carimbos, pastas com separadores, impressos -- mas, enfim, a realidade tem qualquer coisa a ver, devidamente adaptada aos tempos modernos. 
Cabeleireira ainda sou, embora para um grupo de clientes muito privados. Ainda hoje cortei o cabelo ao meu fotógrafo exclusivo. 
E psiquiatra não sou bem, talvez mais psicóloga, já que as pessoas me procuram para me contar o que lhes vai na alma e depois vêm dizer que a vida delas melhorou. Se não fosse, sem querer, poder violar a confiança dessas pessoas por não conseguir omitir completamente informação real, contava-vos alguns desses casos, um deles bem recente. Coisas do além. Muitas vezes, eu a deitar por fora de trabalho e entra-me alguém numa dessas. Como o gabinete tem paredes de vidro e se vê tudo, um colega meu, ainda um dia destes me perguntou se deteminada pessoa já lá tinha ido à consulta. De facto, tinha. A terapia tem-lhe feito tão bem que se reaproximou do marido e embarcam amanhã numa escapadinha romântica para uma das cidades europeias mais dadas ao amor. Só para que saibam. Por mail também tem funcionado. Gosto. Só que não posso dizer que isso seja profissão já que exerço pro bono.
Se fosse hoje que tivesse que escolher, acho que continuava a não saber bem. Provavelmente iria fazer testes vocacionais. 

Arquitectura é um fascínio, gostava muito de desenhar cidades, jardins surreais, edifícios nunca vistos. Editora também gostava de ser, de livros com belas encadernações, mas isso talvez como hobby. Se fosse muito rica, teria um espaço amplo aberto ao público, uma coisa de tipo loft, com vista sobre o rio, com obras de arte expostas para venda, música ao vivo, leituras em voz alta, tertúlias, bar com bebidas boas, tapas gostosas, bolinhos de ir ao céu. Digo que teria que ser muito rica porque acho que isto seria para perder dinheiro,
E tenho uma outra ideia em mente mas essa não vou dizer aqui porque tenho mesmo vontade de pô-la em prática e, meus Caros, como sabem, o segredo é a alma do negócio. É uma coisa completamente fora da minha actividade normal, numa área profissional que desconheço em absoluto mas que, a ser concretizada com competência, será sucesso garantido, realização pessoal garantida e dinheiro em caixa também garantido. Para além disso, tenho o apoio entusiástico do meu marido que, por vontade dele, eu me despedia já do meu actual trabalho, para mergulhar de cabeça nisto. Mas eu, nestas coisas, gosto de dar passos seguros. Agora uma coisa vos digo: se isto for adiante, vos garanto que ouvirão falar de mim.
Bom, mas não era para falar de mim que aqui estou porque não tem graça nenhuma.

Vi no Bored Panda uns papelinhos escritos por crianças nos quais eles exprimem o que querem ser quando crescerem -- e achei um piadão. São os que espalhei pelo texto.

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E, já agora, na continuação do post que se segue e para que ninguém fique a pensar que, naquele casal, só ele, o Barack, é que tem sentido de humor e presença em palco, deixem que partilhe um vídeo em que Michelle contracena com o mesmo Jimmy Fallon. Uma graça.


Evolução da Dança da Mãe

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Lá em cima, outro momento delicioso: Jimmy Fallon, Sia, Natalie Portman & The Roots interpretam "Iko Iko"

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E, caso ainda não tenham visto, desçam, por favor, até ao post que vem já a seguir.


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