Entre brumas, nuvens e raios de sol, formou-se um glorioso arco-íris. A abóbada perfeita feita de luz, tingindo os montes, mergulhando nas águas serenas do rio.
Mais à frente, um colorido igualmente subtil e harmonioso me circundou. Onde vejo uma igreja, aí estou eu. entro, olho, sinto que um estranho sentimento de religiosidade que não tem a ver com dogmas ou preceitos se acerca de mim. Estar em paz, deixando que a beleza, a generosidade ou a tolerância dêem forma aos meus pensamentos ou actos, é para mim uma forma religiosa de estar na vida, sem que a religião tenha forma de um deus em particular. Mas a perfeição das coisas e o sentimento de pertença a um reino mágico onde todos são bem vindos traz-me uma serenidade boa.
E seja uma igreja, seja uma árvore nua tombando sobre as águas onde se espelham os montes banhados pela luz do poente, tudo isso me traz igual sensação de pertença, de paz, de felicidade.
E depois, mais à frente, é uma cabra, e depois vimos que é uma de muitas, atravessa a estrada, salta pelos montes, trepa pelas rochas, ágil e feliz. é um ser livre que vive num reino inclusivo e bom.
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