Quando lhe perguntaram se é possível perder a fé (creio ter sido esta a pergunta), Edgar Silva nadou como um peixe na água. Gostei de o ouvir: que as pessoas conservam sempre a fé, que, mesmo quando parece não haver razões para ter esperança, as pessoas encontram sempre algum motivo para acreditar em qualquer coisa. Não tomei nota pelo que estou a falar de cor. O que sei é que gostei de o ouvir.
Penso que Edgar Silva tem carisma e que poderá vir a ser um bom líder para o PCP. Estou em crer que, em conjunto com a geração desempoeirada que tem vindo a implantar-se no partido, Edgar Silva pode continuar a travar a derrapagem comunista, talvez, até, em trazer-lhe uma nova dinâmica. Claro que terá que sacudir o pó de antanho que ainda o leva a ter dificuldade em romper publicamente com alguns dogmas. Contudo, isso não veio ao baile no debate.
Não terá sido brilhante, ainda não ganhou à vontade para meter o pé e forçar a abertura da porta pelo que não trouxe uma mensagem marcante mas, enfim, embora tendo tido uma intervenção mais para o cinzento, esteve razoável pois tem uma presença honesta, franca, simpática.
Numa escala de 0 a 10, para aí um 6.
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