No post abaixo falei de recordações, de coisas da casa, de costura, de Chanel. Às tantas, estou a ficar velha: gosto de desfiar memórias, ponho-me a escrever e as recordações vão saindo, gostosamente, dos esconderijos onde estão acomodadas. Gosto mesmo.
Mas, enfim, isso é a seguir. Aqui, agora, começo a sugerir presentes de Natal para alguns dos nossos pequenos amiguinhos.
Talvez seja por eu, este ano, andar armada em atinadinha, comprando os presentes logo no princípio de Dezembro, que me está a ocorrer começar também já com a sugestões para alguns dos nossos artistas de palmo e meio.
Ultimamente ando a poupar-me: vejo pouquíssima televisão e isso, parecendo que não, permite-me pensar que o mundo não está completamente perdido. É que, se me ponho a ver televisão, fico a tender para a depressão: lá fora só ameaças, guerras, confusões, cá dentro uma avalancha de anormalidades com as pafinhas todas histéricas e inconvenientes, com as televisões transbordantes de comentadores a metro, bolsando inanidades em catadupa (salvo raras e honrosas excepções).
Mas este domingo, estafada depois de um dia de arrebimba, pus-me a descansar enquanto a televisão palrava sozinha.
Um fiteiro, este Marques Mendes! Esbraceja, faz trejeitos, ri, sorri, debruça-se na bancada, ora se arma em catequista, ora em vizinha, e sempre com aquele ar argutozito, espertalhãozito.
E eu, vendo-o, só me ocorreu que ele ficaria melhor se o sentassem numa cadeirinha da papa. Tenho duas na varanda e não me parece que esteja aí, já a caminho, nenhuma nova criança. Por isso, se a SIC quiser, posso mandar uma destas minhas cadeirinhas. Ficaria mais compostinho. Talvez mais altinho, Marques Mendes se portasse melhor à mesa. Claro que continurei a vê-lo sem som pois assim só me rio, não me irrito com aquela conversa para tolos.
No outro dia, estava aqui a escrever e ouvi o meu marido todo incomodado com o Rangelito. Proferiu uns dois ou três palavrões que aqui não posso citar mas queria ele dizer que o outro só dizia patetices, arruaceiro, o catraio, mal educado, inconvenientezeco. E piolhoso. Olhei.
O meu marido dizia que ele ou não tinha lavado a cabeça ou estava com bicheza: de facto, o Rangelito coçava-se descontroladamente. Receei ver saltar algum parasita para dentro do copo.
O meu marido dizia que ele ou não tinha lavado a cabeça ou estava com bicheza: de facto, o Rangelito coçava-se descontroladamente. Receei ver saltar algum parasita para dentro do copo.
E lá estava a fotografia: o Rangelito tentando assassinar um piolho.
Por isso, lá está: sai um Quitoso para presente de Natal para o Rangelito.
Quanto ao outro pequenito, o Marco António Costa: vi-o há pouco. Aquele é outro que não atina. Chega a dar dó. Pedia que não estragassem o que eles tinham deixado. Podia dizer aquilo e a seguir desatar a rir-se para a gente perceber que tinha dito uma anedota. Mas não, dizia uma sandice daquela e continuava com ar de sofrimento.
Todos os indicadores a revelarem aquilo em que se especializaram ao longo de quatro anos -- massacraram os portugueses a troco de nada, só fizeram porcaria -- e o coitado, mostrando o seu défice cognitivo, ainda vem pedir que não estragam o que fizeram.
Não era mesmo de alguém lhe despejar um baldinho de água fria por aquela cabeça oca abaixo a ver se ele acorda da alucinação em que parece estar a viajar? Portanto, que lhe ofereçam baldinhos para, onde quer que ele esteja, haver sempre um à mão.
A ver se volto aqui, um dia destes, com mais sugestões. Se não fosse o adiantado da hora, estava já aqui capaz de deixar uma sugestão para outro dos artistinhas que invadem a nossa casa. Mas não perdem pela demora.
E, se me permitem, deixem que vos convide a descerem para entrarem num mundo muito feminino: o das modistas, da costura e das memórias desfiadas como fios de seda.
Todos os indicadores a revelarem aquilo em que se especializaram ao longo de quatro anos -- massacraram os portugueses a troco de nada, só fizeram porcaria -- e o coitado, mostrando o seu défice cognitivo, ainda vem pedir que não estragam o que fizeram.
Não era mesmo de alguém lhe despejar um baldinho de água fria por aquela cabeça oca abaixo a ver se ele acorda da alucinação em que parece estar a viajar? Portanto, que lhe ofereçam baldinhos para, onde quer que ele esteja, haver sempre um à mão.
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A ver se volto aqui, um dia destes, com mais sugestões. Se não fosse o adiantado da hora, estava já aqui capaz de deixar uma sugestão para outro dos artistinhas que invadem a nossa casa. Mas não perdem pela demora.
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E, se me permitem, deixem que vos convide a descerem para entrarem num mundo muito feminino: o das modistas, da costura e das memórias desfiadas como fios de seda.
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1 comentário:
Muito bem escolhidos os presentes, sim senhora.Parabéns.
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