sexta-feira, novembro 06, 2015

António Costa e Catarina Martins juntos no Governo? Isso ainda não sei. O que sei é que outono é a melhor altura para o amor. Também dizem que as histórias de amor curtas são as melhores - mas isso não é caso para que a união* deles seja uma mera rapidinha. Pelo menos 4 anos era bom que durasse.




Leio que o outono é, por excelência, a estação do amor - e o texto invoca razões científicas. Não tenho conhecimentos para validar o rigor do estudo mas acredito no que leio. Aliás, tenho a confessar que os meus filhos foram feitos no outono. O outono apela mesmo ao aconchego, ao mimo, a andar de mão dada, pede que se encontre na proximidade do outro o calor que escasseia no ar que nos envolve.

Diz o artigo que é no outono que:
  • há maior concentração de testosterona no corpo dos homens e das mulheres, talvez como reminiscência animal de outros tempos. O desejo é, pois, mais forte na altura em que a folhagem se aloura.
  • os homens mais se aproximam das mulheres. Habituados a vê-las com pouca roupa no verão, chegam ao outono, e vendo-as com mais roupa em cima, é como se tivessem vontade de as despir. (Capazes disso são eles - digo eu)
  • a cabeça pede para ver comédias românticas. Apetece ir ao cinema, pegar um filminho saboroso, que faça rir, que dê vontade de um chamego. Ou isso ou enroscar-se num sofá a ver um videozinho gostoso. Talvez por causa do frio, tudo é pretexto para os corpos se encostarem e para a alma ter vontade de se aquecer.
  • dá mais vontade de beber um chocolate quente (tal como um capuccino ou uma qualquer bebida quente). Ora, pegar numa chávena quente aquece as mãos, aquece o coração, torna as pessoas generosas. Ou seja, um chocolatinho quente e uma comediazinha romântica, especialmente se houver uma mantinha por cima, convida ao forró por baixo.


O Facebook confirma isto. Analisando a informação que as pessoas lá escrevem, concluem eles que a maior parte das mudanças de estado de solteiro para noivo, casado ou amancebado ocorre no outono. 
[Curiosamente, a maior parte das separações ocorre duas semanas antes das festas de natal e antes das férias de verão. A jornalista que assina o artigo interroga-se sobre o que levará a essas separações: respectivamente, poupar nos presentes e ficarem disponíveis para aventuras de verão? Ela não sabe e eu também não. 
Cá para mim é capaz de ser porque as festas de natal são um bocado assustadoras (metem família, cenas, por vezes, um bocado maçadoras, etc) e as férias grandes, havendo a perspectiva de proximidade total, pode assustar um bocado quando a coisa ainda está na fase da incerteza, aconselhando a uma aproximação prudente.]
Seja, como for, é no outono que agora estamos - pelo que vá, minha gente, vá de sentir as vibrações e viver o amor (ou procurá-lo, para quem o não tenha por perto)

...   ...   ...

Leio também que as histórias de amor curtas são geralmente intensas e ficam, para sempre, impressas a ouro na memória sendo, frequentemente, recordadas como sendo as melhores.

O artigo lembra, a propósito, a maravilhosa história de amor de As Pontes de Madison County.


O psicanalista Saverio Tomasella explica que isto se deve a que, no início de uma relação amorosa, é o paraíso: parece que se está perante a alma gémea, aquele ser que nos completa, pelo qual esperámos a vida inteira. Tudo é descoberta, tudo é empolgantemente bom. 

Se a história de amor dura pouco tempo, não se chega à fase de conhecer os defeitos do outro, não chega a haver tempo para a decepção.

Acresce que, no início, todas as expectativas são depositadas na nova relação, espera-se que esteja ali, materializado, o grande amor pelo qual se esperava. É uma altura na qual, geralmente, se aposta tudo, esquecendo a família, muitas vezes o trabalho, os amigos, tudo. Ou seja, é uma altura de intensidade única, de fogo, de paixão.

A jornalista pergunta ao psicanalista se é amor, isso. Ele diz que sim. Amor. Uma realidade amorosa. E que pode comportar um risco: se, ao longo do resto da vida, essa memória for idealizada e usada como termo de comparação, pode inviabilizar outros amores, por torná-los menos interessantes.

E pode esse amor fugaz vir a tornar-se um amor para sempre? Diz Saverio Tomasella que muitas vezes as pessoas temem decepcionar-se pelo que não voltam a procurar esse amor que foi breve e interrompido. Mas que outras há que correm esse risco pois acham que o perigo de decepção vale bem a vivência de um amor, sabem que não há relações ideais e que viver e amar implica sempre sofrer uma ou outra decepção.


Nunca é demais ouvir a voz de Meryl Streep falando de amor.

....

E, por agora, fico-me por aqui porque hoje não me apetece falar do Assis até porque acho que ele anda a ter um tempo de antena desproporcionado, absurdo. A sua importância e influência são praticamente nulas e só o facto de os Pàfs e comunicação social avençada andar à cata de quem diga mal do Costa é que justifica tamanha atenção. 

O que me apetecia falar era mesmo na perspectiva de virmos a ter Catarina Martins no Governo pois, como em Setembro aqui o disse, há uma química* muito positiva entre ela e António Costa. Acho que, tê-los juntos, poderia ser uma união virtuosa para o país. Por isso, faço votos para que a coisa se concretize. De cada vez que a ouço, fico com a sensação de que poderá vir a dar uma boa ministra. Acho que poderá trazer um élan poderoso a um governo socialista.


António Costa convidou Catarina Martins para o Governo?

Veremos. Para já o que sei é que há entre eles um 'brilhozinho nos olhos' que pode vir a ser bom para o País

Mas já é tarde e eu alonguei-me demais com os preliminares e, portanto, o tema António Costa e Catarina Martins não vai passar do que acabei de escrever, ou seja, de uma rapidinha. De um parágrafo rapidinho - quero eu dizer. Porque, no Governo ou em coligação ou em concertação ou no que for, espero que seja uma relação* frutuosa e longa.

Quanto ao acordo sobre o qual os papagaios-com-forma-de-gente repetem a toda a hora:
Onde é que está o acordo? Acordam ou não acordam? Se há acordo, porque é que não conhecemos o acordo? Bla bla bla e o acordo, bla bla bla e o acordo? 
o que tenho a dizer é que acho muito bem que António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa não caiam na tentação de atirar amendoins aos macacos.
Vá lá um ou outro para eles se entreterem - mas, por favor, coisa pouca, inofensiva. 
Ou seja, que saibam resguardar o acordo do destrambelhamento dessa gente esgalgada que inunda televisões e jornais, falando a metro e sem medir o que diz, é o que eu espero: iriam atirar-se a ele como gato a bofe, estraçalhando-o de toda a maneira possível e imaginária. O acordo nupcial deve ser dado a conhecer na altura da boda ou, vá lá, por altura dos banhos nupciais ou lá o que é (não percebo nada desses preceitos matrimoniais).
....

* Atenção! Atenção! 

O facto de eu, aqui no texto, relacionar amor de verdade, falar em rapidinhas, e usar a expressão relação ou química quando falo dos líderes do PS e do BE, apenas demonstra a minha falta de contenção verbal pois, obviamente, quando falo em António Costa e Catarina Martins, falo em relacionamento político. Que haja um bom entendimento pessoal é profícuo, só ajuda, mas o brilhozinho nos olhos de que falo é tão só a vontade que se lhes nota a ambos de se alinharem num projecto comum: o de porem cobro aos desmandos deste PSD desclassificado e deste CDS que por aí anda a reboque dos ouros, sem um pingo de coluna vertebral. 
[À Fernanda Tadeu e ao marido da Catarina (cujo nome desconheço) só desejo é que tenham a resiliência necessária para se aguentarem e prestarem todo o suporte de que os respectivos cônjuges necessitam face ao momento que vivemos].
....

A música lá em cima era de Erik Satie: Gymnopedie No.1

....

A seguir falo das Bond girls do novo 007, o Spectre. Falo, não: falam elas. 

...

2 comentários:

Luís Coelho disse...

Quando penso na "isenção" da comunicação social, vem-me sempre à memória um ditado: "Os cães ladram e a caravana passa"

Bmonteiro disse...

AC have a dream
Novembro, aniversário do dramático dia 25 na calçada da Ajuda, com meio país político a ver realizado o sonho do major Melo Antunes: o partido comunista a participar na normalização do regime, via António Costa – If…socorrendo-me de Kipling.
Se...