quinta-feira, julho 02, 2015

Porque é que Obama, os chineses ou qualquer um que mande, quando quer falar com alguém da Europa, em vez de ligar ao Juncker liga à Merkel? Vendo o vídeo é fácil perceber porquê.


Já tem mais de um mês mas as coisas vão passando e a gente acaba por se esquecer.




Mas Leitor atento lembrou-me, e eu, revendo a cena macaca que abaixo mostrarei, percebi bem porque é que alguém com um mínimo de sobriedade e a querer falar de coisas sérias, não se arrisca a dar com um Juncker no lindo estado que veremos e vai direito a quem, no meio da bagunça geral, ao menos ainda manda alguma coisa (se bem, se mal, não é disso que falo, falo apenas em mandar): a bardajona-mor (que, de resto, também parece que anda a reboque do insuportável Schäuble), Madame Merkel.




Ou seja, vendo bem as coisas, apenas por decoro, o Obama não liga directamente ao outro, ao padrinho do ex-Gaspar, àquele perante as flexíveis colunas vertebrais dos burrocratas europeus se vergam, o dito Wolfgang).

E do destravado do Juncker ninguém se lembra quando o assunto é sério, claro.




E é assim que os destinos dos países europeus estão a ser conduzidos, entre humores etílicos, chalaças, contas de algibeira, birras, chantagens, influências subterrâneas.




O vídeo abaixo constará um dia como o exemplo acabado do que eram os governantes nestes tempos de desgoverno, de descontrolo e despudor em que campeia a caça aos gregos, a desinformação, o estrangulamento de um país (-- e, do lado dos gregos, um certo desnorte, talvez uma certa imaturidade ou amadorismo perante uma situação tão dramática).

Mas, seja como for, a situação europeia é um tal marasmo, uma tal ausência de visão, uma tal submissão aos grandes interesses financeiros, que é mesmo necessário um qualquer abanão para ver se alguma fractura se dá, uma fractura que leve ao emergir de uma nova forma de governar a bem dos povos e não dos mercados -- e tentemos ser tolerantes na tentativa de compreensão pelo que se está a passar na Grécia, já que seria esperar de mais que um abanão saísse certinho como um bem ensaiado pas de deux. Não é uma coreografia que se perceba bem, volta e meia mais parece uma trapalhice? Pois.

Mas vamos ver no que dá, vamos pensar no País, vamos apoiar o povo grego (e não confundir esse apoio com o apoio incondicional a todos os tropeções dos seus governantes, que isso, de facto, face à situação, não será tão fácil assim).



Jean Paul Juncker dá espectáculo em Riga




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A Merkel e o Obama tal como os vemos nas imagens que usei para juntar ao texto são obra da artista israelita Amit Shimoni que gosta de transformar os homens e as mulheres políticas em hipsters. Muito justamente deu à série o nome de Hipstory.


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E por aqui me fico porque, a sério, voltei a chegar a casa muito tarde e estou cheia de sono.  A ver se um dia destes tiro a barriga de misérias e ponho o sono em dia, chego cedinho a casa e me sento aqui descansada da vida.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma quinta-feira muito feliz. 
Saúde, sorte e amor para todos.

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2 comentários:

Rosa Pinto disse...

Está na hora de uma séria reforma destes políticos.
Arranjarem-lhe outra atividade.
Abrir uma conta facebook, uma estratégia. Publicarem os seus estados, por exemplo,o Prof. Cavaco Silva: "Hoje sinto-me matemático, de quem de dezanove tira um fica dezoito". Ao fim de cinco minutos 235 likes. Outro exemplo: José Socrates: Não estivesse eu aqui e o PS ganharia. 50 likes. Merkel: Não tivesse eu sido democrática na juventude hoje nem lembrança do que é a democracia teria. 25 likes. E assim por aí fora....
Lugar ao jovens!Joven soltos, arrojados, com carácter, democratas, trabalhadores, empenhados, livres.

jose neves disse...

Comentários para quê? Então a triste figura do homenzinho precisa de explicação? O Yeltsin, se viu a cena, já está a preparar um lugar a seu lado para se esquentarem juntos.